INFORMATIVO

Praia do Crispim - Marapanim

A Praia de Crispim é uma belíssima e extensa praia do município de Marapanim, o qual encontra-se no litoral do estado do Pará.
Localizada em um ramal a 8 Km  do trevo que liga a cidade de Marapanim a vila de Marudanópolis, esta enorme margem de areias brancas é banhada pelo oceano Atlântico e tem cerca de 16 km, sendo bastante frequentada pela população da região norte nos finais de semanas e feriados.
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Este local possui uma infra-estrutura razoável, com pousadas, restaurantes e estrada asfaltada, e ainda fica próximo do porto de saída para algodoal, outra ilha do município vizinho muito procurada pelos veranistas e também ao longo de todo ano.
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Uma das primeiras praias do nordeste paraense banhada pelo oceano atlântico, possui barracas a beira da praia e os famosos guardas chuvas de palhas rústico e artesanal montadas pelos barraqueiros para receber visitantes. Tem ao seu lado outra praia bastante procurada, a de Marudá.
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Você chega a praia do Crispim por terra, de ônibus ou carro indo até o município de Marapanim, e de lá mais uns 12 Km na estrada de Marudá, chegando ao trevo a esquerda mais uns 5 Km.

VOCÊ É HONESTO? BELÉM É A 2ª CIDADE MAIS HONESTA DO MUNDO

Cidade aconchegante e hospitaleira de povo humilde e trabalhador, assim é conhecida a segunda cidade mais honesta do Brasil e do mundo. Mais uma vez Belém se desataca no cenário nacional e internacional, no ano passado a revista norte americana Reader’s Digest publicou uma pesquisa que dava destaque para as 16 cidades mais honestas do mundo e na ocasião foram incluídas mais 4 cidades brasileiras. 

No parâmetro nacional São Paulo aparece em primeiro lugar como a cidade mais honesta do Brasil, seguida de perto por Belém, já no parâmetro internacional a capital paraense surge na segunda posição no ranking. Para quem já é reconhecida por sua diversidade gastronômica, pelos pontos turísticos e pelo Carimbó patrimônio cultural imaterial brasileiro, ser a segunda cidade mais honesta do mundo é motivo de orgulho para o belenense. 

Cidade quente em todos os sentidos, principalmente em relação à temperatura. Apesar dos vários problemas que uma grande capital geralmente apresenta como a violência que vez ou outra toma conta dos noticiários, dos políticos falaciosos, do desemprego e mendigos nas ruas, mesmo assim Belém tem muita coisa boa para oferecer que acabam fazendo com que essas questões percam conotação.  

De acordo com a pesquisa publicada pela revista americana, se a capital paraense fosse incluída no ranking internacional, o nível de honestidade seria igual ao de Nova York, nos Estados Unidos, e ao de Budapeste, capital da Hungria. Belém ficaria à frente inclusive de cidades europeias como Londres e Madri. No teste realizado em ambas as cidades foram perdidas propositalmente 12 carteiras, cada uma com a documentação do suposto dono, e para a surpresa de todos, 8 das 12 carteiras foram devolvidas. 

Segundo a revista, no teste feito no Brasil foram utilizadas das 72 carteiras e 54% delas foram devolvidas. Revelando um percentual maior que a média mundial, de 49%. Foram escolhidas uma cidade de cada uma das cinco regiões brasileiras: Belém (PA), na região Norte; Salvador (BA), no Nordeste; Dourados (MT), no Centro-Oeste; e Bento Gonçalves (RS), na região Sul. 

A Folha Editada abordou algumas pessoas no principal cartão postal paraense, o Ver-o-peso, e por lá os feirantes e trabalhadores não parecem acreditar muito na honestidade dos belenenses, para a operadora de caixa Gabriela de Souza, 33 anos, muitos tiram proveito da falta de atenção das pessoas e acabam levando seus objetos pessoais, inclusive ela já teve seu celular furtado na parada de ônibus. "Tinha acabado de sair do trabalho e no meio das outras pessoas na hora de subir no ônibus senti puxarem minha bolsa, só depois vi que tinham levado meu celular", diz Gabriela. 

Cidade Carteiras Devolvidas (de um total de 12) Mesmo número de: 

1ª - São Paulo (SP) 9 Mumbai (Índia)
2ª - Belém (PA)   8 Nova York (EUA)
3ª - Salvador (BA) 7 Amsterdã (Holanda)
4ª - Bento Gonçalves (RS) 6 Berlim (Alemanha)
5ª - Dourados (MS) 5 Londres (Reino Unido)
6ª - Rio de Janeiro (RJ) 4 Zurique (Suíça)

Fonte: folhaeditada.blogspot.com.br

"FEITIÇO DO NORTE" BEBIDA PARAENSE FAZ TURISTAS ESQUECEREM CAIPIRINHA


É bastante comum se refrescar com uma saborosa água de coco em Belém, ainda mais admirando o pôr-do-sol de frente para o rio. Porém, numa cidade que possui uma incrível riqueza gastronômica e diversos frutos, o que não poderíamos deixar de encontrar é a variedade de suas bebidas. Nesse quesito, cada sabor adquiri o contraste da região amazônica.

Os sucos de frutas típicas que encantam os turistas, é um verdadeiro paraíso para quem não conhece. Para o paraense que já está acostumado com o cupuaçu, bacuri e o tapereba, isso é mais que normal. Mas não é que acaba de surgir uma nova bebida! Agora além das tradicionais bebidas alcoólicas, as famosas batidas de frutas regionais, foi criada a cachaça de jambu, novidade que já está hipnotizando os turistas em Belém.

Para quem já provou a cachaça de jambu, percebeu que o seu diferencial fica evidente, logo uma fumigação toma conta dos lábios, deixando eles dormentes. Essa característica garantiu o sucesso da bebida, criada em 2011, pelo empresário Leodoro Porto, que durante 19 anos se especializou em cachaças. Com a mistura de cachaça de alambique e do jambu, erva da Amazônia, o nordestino, de 44 anos, conseguiu juntar os ingredientes perfeitos para lançar em seu boteco "Meu Garoto", em Belém, a bebida que caiu no gosto de muitos turistas.



O sucesso da nova bebida já ultrapassou as fronteiras do Pará. Em São Paulo, a cachaça de jambu já está sendo comercializada em pequenos mercados. "A cachaça potencializa o efeito do jambu", diz Porto. Ele já havia feito cachaças de açai e de bacuri, frutas típicas da região. Mas nenhuma do boteco fez tanto sucesso como a de jambu, que ele estima ter duplicado seus lucros.

A produção da cachaça é artesanal, atualmente Porto produz cerca de cem litros por semana. Entretanto, seu objetivo é ampliar rapidamente seu negócio, que recebe cada vez mais consumidores em seu boteco. O empresário já registrou a patente da cachaça, e ao longo da produção pretende mecanizar parte de processo, como o engarrafamento das bebidas, sem alterar a produção original.

Mesmo que a bebida inovadora possa causar estranheza em seu primeiro gole, a atração é de se encher os olhos, ou melhor, de se encher o copo. De acordo com o chef do restaurante Remanso do Peixe, Thiago Castanho, é recomendado apreciar a cachaça com alguns petiscos quentes, crocantes e apimentados, isso devido a cachaça de jambu provocar dormência na boca. 


Fonte: folhaeditada.blogspot.com.br

RESERVA DE MAIANDEUA

Quando pensamos na região norte logo nos vêm à cabeça imagens de floresta e rios. Graças a isso, as praias do norte ainda não foram tomadas pelos turistas e preservam muitos de seus encantos naturais, desfrutados pelos nativos e estrangeiros, que exploram a região muito melhor que os demais brasileiros. Maiandeua é uma ilha no norte do Pará com praias paradisíacas, rios e um lago onde, segundo a lenda, mora uma princesa. A ilha dessa princesa guarda muitas surpresas aos turistas dispostos a caminhar, já que carros não são permitidos ali.
Partindo de Belém, o turista deve tomar um ônibus ou van até Marudá (PA) e, de lá, um barco que levará 40 minutos até Algodoal, a maior vila da ilha. Maiandeua é uma Área de Preservação Ambiental do Governo Federal (APA) e, por isso, os únicos meios de se locomover na região são a pé ou de carroça. Os cavalos podem ser a primeira visão que o turista terá ao desembarcar ali, além de uma longa praia com poucas casas.

Todos os passos na vila de Algodoal são em areia. Não há asfalto e é comum ver cachorros dormindo no meio da rua, menos no horário de pico, depois do pôr do sol. Como é muito caro construir na ilha, as pousadas apresentam uma estrutura bastante semelhante e simples. Foto (Daniel Ribeiro/UOL)
Porto de Algodoal, na ilha de Maiandeua, no fim da tarde

Na frente da vila de Algodoal fica a praia da Caixa D'água. Pouco depois do pôr do sol, barracas de bebidas e lanches são montadas na areia e os bares e pousadas de frente para o mar começam a tocar música em alto (muito alto) e bom som. Pelo menos durante a alta temporada, o reggae domina a região e não se ouve muito brega ou technomelody, ritmos populares no norte. O carimbó é popular, mas é preciso procurar. Os nativos saberão indicar onde o turista pode ouvir música local a cada dia.
A maior e mais preservada beleza da ilha é a praia da Princesa, que é deserta. O trecho anterior é conhecido como praia da Princesinha, onde os turistas passam o dia. Apesar de desabitada, ela é contornada por bares. Para chegar ali, o turista caminha de Algodoal até o fim da vila e, se a maré estiver alta, paga a um canoeiro para atravessar um canal.
Quando a maré está baixa dá para atravessá-lo com a água na altura do joelho. Outra maneira é ir de carroça, mas é caro e pouco confortável. Do canal o visitante ainda caminhará por mais 15 minutos até chegar aos bares, quando terá a árdua tarefa de escolher um deles para passar a tarde alternando mergulhos, drinques e petiscos.
praiademaruda.blogspot.com.br/
Dali em diante começa a praia da Princesa, vazia e tranquila. A faixa de areia é larga e, quando a maré baixa, piscinas naturais se formam ao longo de seus 14 quilômetros. Nas áreas mais isoladas ainda há ocorrência de desova de tartarugas e os peixes são abundantes no mar. É comum mergulhar ao lado de cardumes.

Saindo da praia da Princesa por uma trilha de dois quilômetros de areia fofa e dunas, o turista chega ao Lago da Princesa, de água escura e propícia para banho, também conhecido como lago de Coca-Cola. Uma lenda local conta que, nas noites de lua cheia, uma princesa aparece sobre as águas vestida de branco e aquele que ousar olhar em seus olhos é seduzido e levado para o fundo do lago. Ele fica entre dunas de areia, com vegetação em volta, e a temperatura agradável da água, assim como a paisagem exótica, atraem muitos banhistas que preferem a água doce. Na margem do lago, durante a alta temporada, há dois bares que servem refeições, mas na praia há mais variedade.(Daniel Ribeiro/UOL)
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Piscinas naturais se formam na Praia da Princesa quando a maré baixa.

Há opções boas e muito baratas para comer na ilha. Os restaurantes e mesmo as refeições são simples, mas muito saborosas. Os peixes mais populares são a pescada e o gó, mais salgado, além de camarão e siri. Os pratos típicos do norte, como vatapá, tacacá e maniçoba são muito oferecidos. Leve dinheiro em espécie, apenas alguns bares e restaurantes aceitam cartões de débito e crédito.
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Do outro lado da ilha fica a vila de Fortalezinha, com estrutura turística precária - apenas duas pousadas e praias de mangue. Só os turistas mais aventureiros se arriscam a chegar ali por uma trilha de 11 quilômetros pelo meio da ilha.

Como chegar:
Apesar de pertencer à cidade de Maracanã (PA), o melhor acesso para Algodoal é a partir de Marudá (PA), a 182 km de Belém. Do terminal rodoviário de Belém saem ônibus regulares e vans, que custam mais caro, mas são mais rápidas, pois param em menos cidades. Do porto de Marudá saem barcos até às 17h. Chegando em Algodoal, o turista pode seguir de carroça ou a pé.

SAIBA POR QUE SANTARÉM COMEMORA ANIVERSÁRIO EM 22 DE JUNHO

O município de Santarém, no oeste do Pará, completa neste dia 22 de junho 355 anos. Apesar da data, mesmo sendo considerada como ‘oficial’, existem hipóteses, teses ou fatos que têm causado debates entre estudiosos e escritores do assunto. De acordo com novos estudos, a ocupação da região do Tapajós pode ser milenar e os povos que aqui viviam antes da presença europeia constituíam possivelmente uma sociedade complexa. O fato é que, atualmente, se comemora a fundação de Santarém, a partir da consolidação da colonização portuguesa.
Para saber quais as histórias, visão do presente e quais as perspectivas para o futuro o G1 Santarém entrevistou o especialista em História da Amazônia, Padre Sidney Canto.
Decreto que estabeleceu 22 de junho como a data de fundação de Santarém (Foto: Divulgação/ Baú Mocorongo)
Até 1981, o aniversário de Santarém era comemorado no dia 24 de outubro. A data marca a elevação para a categoria de cidade, que aconteceu no ano de 1848. Os gestores municipais consideravam que era o melhor momento para os festejos e as manifestações desta natureza, uma vez que não se tinha a comprovação de quando realmente Santarém havia sido fundada. “Algumas pessoas não eram contentes com esta data, por que parecia que antes desta data não tinha uma história para contar e na verdade tem uma história muito mais antiga do que o 22 de junho de 1661”, explica o Padre Sidney Canto.
Alguns historiadores, como Paulo Rodrigues dos Santos e o maestro Wilson Fonseca, discordavam deste posicionamento. Eles achavam que o marco da fundação da cidade, o que os historiadores hoje chamam de marco ocupacional da colonização seria a chegada do Padre João Felipe Bettendorff, que veio fixar residência entre os índios Tapajós, como parte da missão dos jesuítas na Amazônia. Saiba mais sobre a história de Santarém na reportagem da Série Nossa Identidade, exibida pelo Jornal Tapajós 2ª edição
Foi por meio de uma pesquisa feita pelo maestro Wilson Fonseca, que houve uma busca por documentos junto aos jesuítas e a Biblioteca do Vaticano. A conclusão deste trabalho deu origem as novas manifestações sobre a fundação da cidade. “Sabia-se o ano da chegada do Padre Bettendorf, mas não se sabia a data. O maestro Wilson Fonseca foi então atrás de documentos que confirmaram a data de 22 de junho, quando ocorreu a instalação da missão dos jesuítas na região do Tapajós. A historiografia, digamos assim, ocidental registra que a partir do Padre João Felipe Bettendorf se construiu o que hoje é o núcleo urbano de Santarém, no padrão da colonização portuguesa”.
Após a comprovação da data em que Bettendorff teria chegado na região do Tapajós, a Câmara Municipal de Santarém aprovou a lei n 9270 de 2 de julho de 1981, sancionada pelo então prefeito municipal, Antônio Guerreiro Guimarães. O documento pode ser encontrado na obra ‘Meu Baú Mocorongo’, de Wilson Fonseca.
A partir de então ficou definido que as comemorações referentes ao aniversário da cidade seriam no 22 de junho, havendo um calendário de comemorações tanto na sede quanto no interior do Município, passando a ser um feriado municipal, como acontece atualmente.
blog.jornalpequeno.com.br
Novas perspectivas
Sobre a vida dos que habitavam Santarém antes da colonização europeia, a arqueologia, a antropologia e a própria história estão reescrevendo esta história por meio das descobertas de novos artefatos, documentos ou qualquer outro vestígio que possa trazer alguma comprovação. Estes povos não deixaram grandes construções, o que se tem de maior expressão é a cerâmica.

Antes da chegada dos portugueses a foz do rio Tapajós já era habitada pelos índios, conhecidos como Tapajós. A arqueologia e até mesmo a antropologia estão revelando novas perspectivas a respeito e possibilitando reescrever a história da ocupação que existia. “Desde a expedição de Pedro Teixeira até a vinda de Bettendorff há um período de 119 anos que estão registrados em muitos documentos que ainda não foram descobertos e que podem ajudar esclarecer muitas coisas sobre a ocupação da região por esses povos antes da missão religiosa que deu origem ao núcleo, digamos assim, urbano colonial de Santarém”, conclui Canto.
Fonte: G1Pa

CIDADE DE ABAETETUBA

Resumo Histórico:
O distrito de Beja é o berço da colonização do município de Abaetetuba, que foi povoado quase um século depois a partir de 1724. A freguesia de São Miguel de Beja surgiu de atividades religiosas desenvolvidas pelos frades capuchos de Santo Antônio que após fundarem o convento do uma em 1617 em Belém, passaram a percorrer as terras onde habitavam os índios remanescentes da tribo Motiguar e nesse território construíram uma aldeia, posteriormente denominada Samaúma. A partir dessa época a até os dias de hoje é impossível falar de Abaetetuba sem falar de Beja ou vice-versa.
blog.euvoupassar.com.br
O primeiro nome do atual município de Abaetetuba foi Povoado de Nossa Senhora da Conceição do Abaeté, nome dado pelo português Francisco de Azevedo Monteiro, homem que lançou as bases de povoado do lugar. Azevedo Monteiro era dono de uma sesmaria nas imediações do rio Jarumã desde o ano de 1712. A historia regional aponta que Azevedo Monteiro, em 8 de dezembro de 1724, fazendo viagem fluvial de reconhecimento foi surpreendido por violenta tempestade, sendo obrigado a desviar sua rota, indo parar as margens do rio Maratauira. Nesta região Azevedo Monteiro cumpriu uma promessa feita a Nossa Senhora da Conceição, durantes as agruras da tempestade enfrentada: Ergueu uma capela em homenagem a virgem, tomou posse da área e em seguida comunicou o fato ao governo sediado em Belém.
Abaetetuba prospera município do estado do Pará, localizado a margem direita da foz do rio Tocantins, em frente à baia de Marapatá. Seu nome é uma palavra indígena (nheengatu) que pode ser traduzida por “terra de homens fortes e valentes” (ou ilustres), em Tupi “aba” é homem, “ete” significa verdadeiro, “tuba” quer dizer lugar de abundância, a tradução ao pé da letra seria “lugar abundante de homens verdadeiros”.
A padroeira do município é Nossa Senhora da Conceição, cuja festa, o povo participa ativamente no período de 28 de novembro a 8 de dezembro.
Hoje o município de Abaetetuba é reconhecido em todo estado por seu aspecto cultural e artístico, que abrange a musica, literatura, teatro, danças folclóricas, artesanato destacando-se dentro deste o brinquedo de Miriti, tradicional em todas as comemorações do Círio de Nazaré em Belém e reconhecido internacionalmente como uma das mais expressivas manifestações do artesanato brasileiro. 
Fonte: abaetetuba.pa.gov.br

MUSEU DE ARTE SACRA

O Museu de Arte Sacra é composto pela Igreja de Santo Alexandre e pelo antigo palácio episcopal (originalmente Colégio de Santo Alexandre) na Cidade Velha ao lado do Feliz Luzitânea ou Forte do Castelo.

Os dois edifícios foram construídos para compor um conjunto, no qual a igreja era o centro irradiador, como foi exemplar da arquitetura jesuítica no Brasil.

A igreja teve o início da sua construção por volta de 1698 e inauguração a 21 de março de 1719 e é composta por nave única, transepto e oito capelas laterais.

A sacristia localiza-se no braço esquerdo da nave.

A decoração é caracterizada pela arte barroca, com forte acento tropical, destacando-se as peças produzidas pelos jesuítas e pelos índios.

Além da função litúrgica, a igreja também funciona como espaço cênico-musical para espetáculos teatrais e recitais, além de ser objeto museal, fazendo parte do roteiro de visitação do museu.
O acervo do Museu de Arte Sacra do Pará compõe-se por imaginárias datadas dos séculos 18 e 19 e objetos litúrgicos, somando cerca de 320 peças expostas no primeiro pavimento do palácio episcopal e no corpo da igreja.
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POLO TAPAJÓS

O Tapajós é uma das melhores opções de visita que o Pará possui, ideal para a prática do ecoturismo. Nessa parte oeste do Estado, dois grandes rios da região se encontram em frente a Santarém, causando um efeito curioso e quase inacreditável.
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De um lado, o Amazonas, um dos maiores rios do mundo com suas águas barrentas que cortam grande parte da floresta. Do outro, o Tapajós, com águas azuis, num tom quase esverdeado.

Os dois rios correm lado a lado, durante vários quilômetros, sem nunca se misturar. Isso se deve ao fato de as águas serem diferentes na densidade, temperatura e velocidade. A região do Tapajós é a maior de todas as regiões turísticas do Estado, concentrando quase toda a porção ocidental do território paraense

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Além de Santarém, outros municípios da região oeste possuem infra-estrutura e belezas naturais para receber turistas, como Alenquer, Monte Alegre, Óbidos e Oriximiná. A natureza é um convite ao esporte, ao descanso à beira de belas praias fluviais e à aventura, já que uma das características da região é a geografia selvagem que presenteia o visitante com diversas cachoeiras e formações rochosas, um cenário perfeito para a prática de esportes de aventura como rapel e escalada.

IGARAPÉ MAMAJÓ - BREVES MARAJÓ

Além de boa localização, Breves é cercada por rios. Só o caminho para se chegar ao igarapé mamanjó já é uma aventura, pois quando chove as ruas se tornam uma estrada para rally, pois fica escorregadia, nada que impeça completar o trajeto. Veja mais pontos turísticos da região:  Rio Parauhaú: extenso e navegável em todo o seu percurso. Escala quase obrigatória para as embarcações que navegam pelo rio Amazonas.
Rio Pracaxi: no estreito de Breves, destaca-se como rio de grande profundidade. A 30 minutos de voadeira (lancha motorizada) da sede do município.
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Estreito de Breves: formado por um conjunto de pequenos rios e ilhas, segundo a tradição popular, os navegadores, ao entrarem no estreito, na região de confluência das águas do Amazonas com o rio Pará, devem atirar às águas uma oferenda para as Divindades do fundo do rios para que estas permitam uma viagem segura.
Igarapé Grande: destaca-se por sua coloração escura e transparente pela vegetação de suas margens representadas por plantas aquáticas e palmeiras.
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Rio Mapuá: localizado a 12 horas de barco a partir da cidade, constitui-se em rio estreito cercado por matas virgens com águas escuras e frias que levam até a comunidade de Cumarú, vila onde se pode visitar o Casarão - construção grande (de dois andares) em madeira acapu, datada de 1945 - construção remanescente do período áureo da borracha em função da demanda do produto pelos aliados durante a 2ª Grande Guerra. Possui uma escola de nível básico, um pequeno comércio, energia a motor diesel, uma pequena igreja(capelinha) e recepção de televisão via antena parabólica. Possui um orelhão, que no momento não funciona por falta de manutenção da empresa concessionária.

MAGALHÃES BARATA: UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

Há 54 anos, em 29 de maio, em Belém, falecia Joaquim de Magalhães Cardoso Barata. Interventor do Pará desde novembro de 1930 tornou-se a evidência maior da liderança revolucionária desse período e embora estivesse ausente do estado durante o desfecho das lutas de outubro comandando o levante militar no Espírito Santo, foi um dos militares paraenses que se destacaram nas revoltas de 1922 e 1924. A força dessa liderança se evidencia no momento em que, vitoriosa a revolução, seus pares o indicaram para assumir o cargo de Interventor. Há uma versão que nega a unanimidade dos chefes revolucionários em apontar o nome de Barata, entretanto, sua escolha estaria na base do reconhecimento de seu valor militar, durante os levantes anteriores.
O sistema de Interventorias vigora após a vitória do movimento de 1930, refletindo um papel estratégico no mecanismo político-institucional implantado. Este novo estilo de articulação entre as forças políticas que pretendem combater as benesses oligárquicas do período anterior, se esforça na garantia da autonomia do poder federal frente às mudanças que este pretende realizar, na esfera econômica, nomeando, para a chefia dos governos estaduais, cidadãos que, “embora nativos dos Estados, e mesmo identificados em suas perspectivas ideológicas aos grupos dominantes, eram ao mesmo tempo 'marginais', isto é, destituídos de maiores raízes partidárias; indivíduos com escassa biografia política ou que, se possuíam alguma, a fizera até certo ponto fora das máquinas partidárias tradicionais nos estados” (cf. Campelo de Souza, 1976).
Paraense nascido em 2 de junho de 1888, no distrito de Val-de-Cans, Barata era filho de Antonio Marcelino Cardoso Barata e Gabrina de Magalhães Barata. Seu pai fora responsável pela instalação dos serviços de colonização agrícola e implantou o núcleo de Monte Alegre tornando-se aí um político ligado à facção de Lauro Sodré. Este, com a esposa Teodora, eram padrinhos de Barata. Interno no Colégio Progresso Paraense até 1900, o pai tirou-o dali por questões financeiras, retornando a Monte Alegre. No ano seguinte, voltou a Belém passando a freqüentar o externato da Profª. Maria Valmont. O avô materno de Barata era militar, carreira que o jovem queria seguir. Para viajar ao Rio de Janeiro onde cursaria a Escola Militar de Realengo, sua irmã teve que vender uma jóia de família. Em novembro de 1904, Barata tomou parte na campanha contra a vacina obrigatória, liderada, no Rio de Janeiro, pelo paraense, militar e então senador pelo Distrito Federal, o padrinho Lauro Sodré. Preso e excluído do Exército foi anistiado um ano depois pelo Congresso Nacional. Como aspirante a oficial, em 1911 retorna a Belém para servir no 47º Batalhão de Caçadores e, nessa condição, toma parte, em 1912, do incêndio das propriedades de Antonio Lemos. Recebera ordens para, à frente de um pelotão, garantir o prédio de "A Província do Pará", mas propositadamente demorou-se a chegar ao local do conflito, consumando-se o incêndio. Embora sem se assumir partidariamente, Magalhães Barata era laurista, facção que até 1916 ficara de fora do poder local. Nos levantes tenentistas de 1922 e 1924 combatera as oligarquias, comandando as revoltas de Manaus e do Baixo Amazonas. Em 1930, chegara clandestino a Belém para onde viera fomentar a revolução, entretanto, no dia 4 de setembro, é preso na capela do Hospício Juliano Moreira, sendo mandado para o Rio de Janeiro. A 2 de outubro, ele foge para Niterói, seguindo, no dia seguinte, para Vitória a fim de sublevar o 3º Batalhão dos Caçadores. Com o movimento sendo deflagrado em Belém, no dia 5 de outubro, somente no dia 24 o governador Eurico Valle, embora resistindo, entrega o poder aos revolucionários. Magalhães Barata só chega a Belém no dia 11 de novembro, então nomeado para a Interventoria Federal.
Getúlio Vargas e Magalhães Barata pequenos na altura, gigantes no porte Visita do presidente em Belém - Foto Internet

Umas das primeiras medidas tomadas pelo Interventor foi a revalidação do decreto da Junta Governativa Provisória para retornar ao patrimônio estadual os castanhais da zona do Tocantins, regulamentando os arrendamentos daquela área. Outras medidas: a cassação das concessões de terras aos Lobos e aos Guimarães, famílias que detinham grandes áreas urbanas de Belém as quais arrendavam constituindo-se em foreiros; extinção das concessões e privilégios de um grande número de indústrias; revogação de contratos com as fábricas de beneficiamento de borracha, considerados "lesivos à fortuna pública e prejudicial à fazenda estadual" (Coimbra, p.273); desmontagem das estruturas políticas organizadas nos anos anteriores pela oligarquia no poder; confisco do edifício onde ficava a sede do Partido Republicano Federal (PRF) e o órgão de imprensa desse partido, o "Correio do Pará"; redução em 25% dos aluguéis, na faixa entre 150$00 e 300$00, determinando a não alteração destes valores durante o prazo de um ano; proibição da venda de cachaça a retalho, determinando a venda somente pelos donos de engenhos para fins industriais e terapêuticos. Estas medidas visavam enfraquecer a situação de controle que a antiga elite exercia sobre a sociedade, conforme proposta das interventorias, desarticulando as velhas bases de poder. Esses atos do Interventor faziam convergir para a sua pessoa o prestígio popular, enquanto incompatibilizava-se com os proprietários, industriais, comerciantes que se consideravam prejudicados com as medidas adotadas por ele.
A trajetória política de Barata é extensa. Alguns pontos precisam constar aqui como sintese histórica. Em dezembro de 1931 criou o Partido Liberal, cindindo-se este em 1935 ao ser inviabilizada sua eleição para o governo do estado. Foi eleito senador em 1945, disputando novamente a eleição para o governo em 1950, perdendo para o candidato de uma coligação partidária (CDP), General Alexandre Zacharias de Assumpção. Em 1955 concorreu novamente ao cargo contra Epílogo de Campos, vencendo por uma diferença de 1.743 votos, mas para isso manteve uma batalha judicial acirrada. Em 1959, ao falecer, estava no exercício do executivo paraense pelo qual tanto lutou. (politicaecronicas.blogspot.com.br)

(Texto originalmente publicado em "O Liberal"/PA em 31/05/2013) 

QUADRILHA SURGIU NA EUROPA E SE TRANSFORMOU NO BRASIL

A dança típica das festas juninas é tradição por todo o Brasil. Mas você sabia que a quadrilha não surgiu aqui: De acordo com historiadores, a festividade foi trazida pelos portugueses, no período colonial, e nessa época havia uma grande influência das culturas portuguesa, espanhola e francesa. E foi da França que veio essa dança.
“Os nobres franceses começaram a dançar quadrilha no século 18. E a dança era bem diferente há 400 anos. A quadrilha era dançada em formato de quatro pares, daí o nome ‘quadrille’, um de frente para o outro”, conta a pesquisadora Eleonora Leal.
Quando chegou ao Brasil, o jeito de dançar foi mudando com o passar dos anos. “O que nós dançávamos há um tempo, no século passado, era o que a gente chamava quadrilha junina, que tem a ver com agricultura, com a terra, colheita e é essa dança que chega aqui no Pará”, completa Eleonora.

Quadrilhas do Pará
A quadrilha Alegria Junina, que há 30 anos anima o bairro de São Brás, sempre inova, mas também mantêm traços da tradição.
“A gente mantém passos tradicionais: caminho da roça, dança dos namorados. A gente faz questão de manter”, conta o presidente da quadrilha, Dinosane Martins.
Para levar a quadrilha bonita para as festas de São João, os preparativos começam seis meses antes. No atelier que prepara os figurinos, o trabalho é intenso. “Antes, as roupas eram bem mais simples. Hoje é tudo mais luxuoso.”, conta a aposentada Adalgisa Lobato, que trabalha como costureira da quadrilha, que produz fantasias que custam até mais de R$ 600.
O investimento e o esforço dos quadrilheiros é para encantar o público e conquistar os jurados de concursos durante a quadra junina. A pequena Yasmin, aos dois anos, já sabe o que quer ser quando crescer. “Quero ser miss caipira”, diz.

A quadrilha Explosão Junina, de Val de Cans, é conhecida pelas coreografias diferentes, estilizadas. Eles inserem até passos de balé e danças indígenas. Nos 400 anos da capital, a quadrilha vai lembrar a Belém da Belle Époque.

LENDA AMAZÔNICA DA PIRIPIRIOCA


A tribo Manau vivia num lugar muito bonito da floresta amazônica e era era conhecida pela beleza das mulheres indígenas. Um dia um índio estranho estava pescando no lago próximo a tribo. Era Piripari que pescava pirás.


  Quando o bando de cunhãs da tribo Manau o avistou, elas se aproximaram para tentar conhecê-lo melhor. Uma delas falou:
 
 – De que terra vens, ó moço bonito? Tu és lindo feito a manhã.
 
 Piripari não as olhou, mas uma das índias botou a mão no ombro dele. Mal a mão tocou o moço, ficou toda perfumada. As cunhãs ficaram maravilhadas. – Moço, conta para nós qual é o teu segredo. Se não contares, o levaremos preso para nossa taba. Mas, ele apenas gritou:
 
 – Meu nome é Piripari! Ao gritar, ele pulou rapidamente no rio, e na linha de pescar levava três cunhãs.
 
 As outras moças pediam para ele não ir embora:
 
 – Piripari, não vás, somos amigas e te queremos bem. Elas esperaram por muito tempo que ele voltasse. Sentaram-se na praia e esperaram longamente pelo moço.
 
 No entanto, Piripari não voltou. Apenas o seu cheiro ficara no vento, um cheiro embriagador que envolvia toda a floresta.
 
 Lá longe, Piripari libertou as moças presas à linha de pesca. Ele disse a elas: – Não queiram pensar no meu amor. Ainda não é meu tempo de amar, não me esperem mais, cunhãs Manaus.
 
 Apaixonadas porém, as cunhãs permaneceram inconsoláveis na espera. Depois de muito tempo, vendo a tristeza das cunhãs, apareceu na tribo um jovem feiticeiro chamado Supi.
 
 Querendo ajudar as moças, ele disse:
 
 – Se o cabelo de vocês tocar Piripari, ele ficará preso. Quando a lua cheia vier, vão até a praia onde ele costuma estar e cada uma leve na mão um fio de cabelo para amarrá-lo.
 
 No dia marcado, as cunhãs foram para o rio. Ela viram Supi que estava pescando. Supi puxava a linha e tirou um peixe. Ele enterrou o peixe na areia. A lua subia bem alto. Elas viram que o peixe virava Piripiri.
 
 As cunhãs, devagarinho, com os fios de seus cabelos amarraram Piripari. Elas vibravam de contentes. Enquanto elas o amarravam ele olhava para o céu e cantava uma linda cantiga, mas ele não se mexia. Elas então queixaram-se a Supi: – Nós o prendemos, mas ele nem se deu conta.

 
 O feiticeiro tratou de tranquilizá-las:
 
 – Enquanto ele está cantando a alma dele passeia pelo céu, entre as estrelas. Não toquem no corpo dele, do contrário ele desperta e a alma ficará no céu. Logo que ele despertar, podem levá-lo para casa. No entanto, Piripari demorava a acordar.
 
 As cunhãs começaram a perder a paciência e diziam:
 
 – Acorda, Piripari. Puraê, uma das cunhãs, chegou a tocar no ombro num gesto muito impaciente. Neste momento, Piripari se calou e a lua tornou-se escura. Soprou forte um vento frio e as cunhãs caíram em sono profundo.
 
 Quando elas acordaram, no mesmo local onde haviam deixado o corpo de Piripari estava uma pequena planta, uma plantinha apenas, mas de um perfume encantador. Neste instante, Supi se aproximou:
 
 – Me escutem, cunhãs Manaus. Quem quiser cheiro de encanto, use no banho esta planta que desde hoje passará a se chamar piripirioca, a planta que nasceu de piripiri.
 
 E Puraê, a cunhã mais desobediente, de castigo, caiu nos braços de um sapo cururu gigante. As outras cunhãs, entristecidas voltaram para a taba.
 
 Nunca mais Piripari foi visto à beira do rio ou cantando uma cantiga voz de estrela misteriosa.
 
 Até hoje as caboclas da Amazônia usam a planta cheirosa para conquistar outros moços.

A priprioca ou piripirioca (Cyperus articulatus L.), é uma espécie ciperácea, aromática e medicinal, que ocorre natural na Amazônia.


Fonte: noamazonaseassim.com.br / Foto: ahduvido.com.br

PARQUE DA RESIDÊNCIA: HISTÓRIA, CULTURA E LAZER

Em uma fantástica viagem oferecida a quarenta e dois alunos, do curso de Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), teve-se o privilegio de conhecer melhor a histórica capital do Pará, Belém. Esta cidade, que já foi conhecida como a "Francesinha do Norte", ainda é merecedora do título pela ostentação de suntuosos casarões centenários - retratos do período de comercialização da borracha, um exemplo disso é o complexo de lazer Parque da Residência. A antiga residência oficial dos governadores paraenses é um ícone de luxo e beleza localizado no centro da cidade, na Avenida Magalhães Barata. O Parque é a revitalização da identidade local, deixada como herança pelos antepassados e revisto pelos contemporâneos. Este local foi também o palco de uma grandiosa palestra aos alunos que estavam em visita técnica à capital paraense, fora oferecida uma bela recepção, proporcionada pelo arquiteto e também secretario de cultura Paulo Chaves Fernandes. O arquiteto por sua vez foi o responsável pela restauração deste e de inúmeros outros patrimônios históricos de Belém.


O início e os primeiros anos da Residência

No início do século passado, foi erguido, em terreno localizado na antiga Avenida Independência, o Palacete Residencial em estilo eclético - recursos do neoclássico misturados a outros elementos estilísticos e decorativos. Consta, em jornais da época, que o palacete foi alugado ao Estado para ser utilizado como residência dos governadores Enéas Martins e Lauro Sodré, mas oficialmente, em 1933, o primeiro inquilino a morar foi o interventor federal Magalhães Barata, quando o terreno foi adquirido pelo Estado para ser a Residência Oficial do Governador do Pará. No palacete foram hospedadas, em várias oportunidades, personalidades do mundo oficial, dentre elas Eurico Gaspar Dutra, ministro da guerra e depois presidente da Republica, nos dias 24 e 25 de setembro de 1943; O marechal Arthur da Costa e Silva, ministro do Exercito em campanha para presidente e depois o chefe do Governo; E o presidente Humberto de Alencar Castelo Branco e sua comitiva, composta de vários ministros de Estado. (SECULT/PA; 2000).

“O local foi erguido na virada do século XIX para o XX. Transpirava-se a Belle Époque, período áureo da borracha na Amazônia. O palacete foi construído pela família Pombo para fins residenciais.” (MAGALHÃES; 2007).

“O último governador do Estado a morar todo o mandato no palacete foi Jader Fontenelle Barbalho – 1982 a 1986. Seguido por Hélio Mota Gueiros, que lá residiu parte do governo – entre 1986 e 1990 – mudando-se para a granja do Icuí, em Ananindeua.” (MAGALHÃES; 2007).
Tombamento

“O palacete é tombado como patrimônio histórico do Estado e tem o estilo eclético – recurso do neoclássico misturado a outros elementos estilísticos e decorativos. Na parte interna, ele conta com lustres europeus, acabamento em madeira da Amazônia, o piso é em parques (taco) e o teto é elaborado em detalhes também de madeira. Desde a sua revitalização, ocorrida em 1998, no palacete está sediada a Secretaria Executiva de Cultura (SECULT) e a administração dom Parque da Residência.” (MAGALHÃES; 2007).

O conjunto histórico sobreviveu até 1981 quando foi tombado pelo 
Estado e desativado como residência oficial do governador, em 1992. Em 1995, o núcleo de arquitetos da SECULT, coordenado pelo secretário da Cultura, o arquiteto Paulo Chaves Fernandes, iniciou a elaboração do projeto de restauro e revitalização daquele patrimônio, patrocinado pelo Governo do Pará, através da Secult, em parceria com o Ministério da Cultura/Mecenato, Embratel, Banco Real e Agropalma, que passou a ser denominado Parque da Residência, inaugurado oficialmente em 1998.

No projeto, o palacete recebeu minuciosa restauração. Foram recuperadas as linhas arquitetônicas originais, assim como as peças de sua decoração que conseguiram resistir ao tempo: lustres de cristal, mobiliário e etc. Também foi revitalizado o busto "Clair de Lune", peça de petit bronze, que estava relegada à condição de ferro velho no depósito do palacete residencial. A peça foi restaurada por Fernando Luiz Pessoa e está exposta no interior do palacete. O brasão das armas do Estado também embeleza a fachada do Parque. Hoje o palacete abriga a sede da Secretaria Executiva de Cultura (Secult), responsável pela administração do local.

Imagens do lustre e da parte interna não foram possíveis de serem extraídas do local, devido a motivos de segurança e por questões de preservação dos objetos, os estudantes não foram autorizados a fotografar a parte interior do palacete.


Imagem: À direita: O secretário de Cultura do estado do Pará, o Arquiteto Paulo Chaves Fernandes, ao seu lado a professora Drª Patrícia Orfila e o arquiteto Marcel Campos à esquerda ao lado de Amarílis Tupiassu.

(Foto: Fernanda Alencar, 2013).


Elementos da Paisagem

Para o jardim foram criados vários ambientes a começar pelo orquidário, logo na entrada, pela Avenida Magalhães Barata. O orquidário expõe espécies existentes na flora pan-amazônica, cultivadas no viveiro criado na UFRA, especialmente para atender o Parque. Ao lado do orquidário, o pavilhão Frederico Rhossard é utilizado para lançamento de livros, apresentação de bandas de música e outros eventos do gênero. Em seguida, encontra-se um espaço com fonte e chafariz, flanqueado por bancos, a Praça das Águas. Sentado ao banco, uma surpresa: a estátua de Ruy Barata, pensativo, criação e execução do artista plástico e arquiteto Luiz Fernando Pessoa, dando ao lugar o nome de Canto do Paranatinga. (SECULT/PA; 2000).
Grande parte da área apresenta cobertura vegetal significativa, representada por arvores de grande porte, com altura em alcançando em geral 20 metros, com espécies variadas, entre as quais, mangueira, seringueira, jambeiros, cupuaçuzeiro, dentre outras espécies. (SECULT/PA; 2000).
A disposição de todos os elementos, tanto as definições quanto a vegetação, definiram uma compartimentação paisagística da área, que foi determinante e condicionante do tratamento que foi conferido à mesma. O projeto foi concebido, dotando-se cada um dos comprimentos com tratamentos diferenciados, adequando as condições paisagísticas específicas. (SECULT/PA; 2000).

Imagem: Alunos da Universidade Federal do Tocantins admirando a estátua do cantor e compositor Ruy Barata, confeccionada com fibra de vidro e preenchida com concreto.

(foto: Patrícia Castro 2013)
“No Parque da Residência, encontramos também o Gasebo, isto é, o Restô do Parque, construído em 1980, em madeira e vidro e que funciona como restaurante climatizado; a alameda Beija-flor, onde há exemplares da flora amazônica, como orquídeas e réplicas de estátuas que ornam o Theatro da Paz e que dá acesso à rua 3 de Maio. Tem também a praça do Trem, local onde se encontra uma sorveteria e o vagão pertencente ao trem da extinta estrada de ferro Belém-Bragança (EFB) – inaugurada em 1884 e que deveria ir até o Maranhão, no Nordeste do país, mas sequer chegou a Bragança, nordeste do Pará.” (MAGALHÃES; 2007).

Sorveteria Vagão

Seguindo em direção à Alameda das Icamiabas, que corta o parque em toda a sua extensão, mostrando detalhes de desenhos indígenas (Marajoaras), chegamos ao Restô do Parque, que funciona para almoço, com Buffet a quilo internacional, e jantar, com cardápio a la carte, com destaque a pratos típicos da região. Mais adiante, outra praça, desta vez a Praça do Trem, onde está localizado um velho vagão da finada Estrada de Ferro Belém-Bragança, que restaurado virou a Sorveteria Vagão onde são servidos sorvetes com os especialíssimos sabores da Amazônia frutas como cupuaçu, murici, graviola, bacuri, etc.

O Teatro: Estação Gasômetro.

Imagem: Estação Gasômetro

(Foto: Fernanda Alencar, 2013).

Encontramos o anfiteatro para apresentações ao ar livre. E também, a Estação Gasômetro, antiga estrutura de ferro, que pertenceu à Companhia de Gás do Pará, agora, é um teatro com capacidade para 400 pessoas, onde são apresentados espetáculos de música e artes cênicas. No teatro, o público tem acesso à lojinha de artesanato e produtos culturais, tais como livros e revistas. Nas proximidades da loja mais uma das relíquias que compõe a história dos paraenses, o antigo cadillac oficial do governo do Estado, adquirido pelo governador Magalhães Barata, na década de 50, sendo o único modelo daquele ano existente no Brasil. Sem duvidas um trabalho de restauração grandioso que enche os olhos de quem vê.

A estrutura original do galpão, que pertencia ao antigo gasômetro de Belém foi remontada no fundo das áreas antiga residência dos governadores, após a demolição de uma garagem ali existente. As peças sofreram jateamento de areia, foram substituídas as partes faltantes de acordo com o modelo original e receberam tratamento antiferruginoso e pintura com esmalte sintético, cor verde colonial, referencia 100/0674. (SECULT/PA; 2000).

Imagem: Cadillac oficial do governo do Estado.

(Foto: Fernanda Alencar, 2013).
Em 1956, Magalhães barata, na época de governador do Estado, adquiriu um automóvel Cadillac, ano 1950. O veiculo do tipo conversível era usado apenas dois dias do ano – 5 e 7 de setembro nos desfiles escolar E militar, respectivamente – ou durante a visita de autoridades nacionais ou estrangeiras.

Dirigir o Cadillac durante as solenidades oficiais era o desejo de todos os motoristas da década de 60 e 70 que trabalhavam no governo do estado. Segundo Orlando Calvinho, um desses motoristas, “a responsabilidade de conduzir uma alteridade nesse automóvel era a mesma em outro veiculo, mais a importância do carro e sua beleza, transformavam todas as viagens em momentos inesquecíveis”. (SECULT/PA; 2000). 


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

MAGALHÃES. Cleide. Parque da Residência. Ex- recanto dos governadores, agora da população. Diário do Pará. Brasil. Belém/PA, 2007.

SECULT/PA. Pará. Secretaria de Cultura do estado. Parque da Residência e Estação Gasômetro.Parque da Residência - Série Restauro, V.2. Brasil. Belém/PA, 2000. 


1- Acadêmico do curso de Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Federal do Tocantins, no período vigente 2013/2.
Fonte: http://percorrendobelem.blogspot.com.br/
  
 
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