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MARAJOARA TEM RELAÇÃO ÍNTIMA COM O RIO

A todo momento, pequenas embarcações chegam no porto de Melgaço, a 14 horas de navio da capital paraense. Muitos ribeirinhos levam farinha para vender na cidade. Alguns não têm parentes lá e, com suas famílias, ficam no próprio barco. Manoel dos Santos, 40 anos, mora às margens do rio Acutipereira, em Portel. “São três horas de barco. Saímos quatro horas da madrugada e chegamos 7”, disse. Ele vende farinha. A produção é feita por ele e mais sete familiares. “Eu trouxe 30 fardos (sacas). Cada fardo custa R$ 60. A gente vende em Melgaço. Eu vo de oito em oito dias”, contou. 


Naquela manhã ensolarada, Manoel ficaria na cidade até uma da tarde, quando retornaria para casa. “Lá, é roça, pesca. Nasci em Melgaço. Mas, desde 2001, moro lá. É bom. Na zona rural, tem as dificuldades, mas é bacana. A dificuldade é o trabalho. Tem vezes que a pessoa não tem recurso. Tem também dificuldade de transporte, água, essas coisas. Se der problema de saúde, a gente vem para cá (Melgaço) ou Portel. Quando vem para cá é mais fácil ir para Breves (distante uma hora e meia de lancha), se o problema for grave. Daqui encaminham mais rápido do que Portel”, ponderou.

O agricultor e pintor Adanilton Neres Silva, 24 anos, sempre vende farinha em Melgaço. “Venho uma vez por mês. Às vezes, duas vezes. Moro em Anapu, rio Camuim, em Melgaço. Fica a oito horas de viagem”, contou. Ele também trabalha na produção de farinha. “Trouxemos 13 fardos (cada um com 30 quilos). Vou vender a R$ 55, R$ 60 no máximo. Chegamos na quarta (a entrevista foi feita na quinta, 21). Vamos embora na sexta”, disse. 

Ele fica no barco mesmo. Quando precisa tomar banho, vai na casa dos parentes. “Gosto de morar lá (Anapu). Tem tudo praticamente. O interior é lugar mais essencial. É farto, graças a Deus. Tranquilo também. Moramos em uma pequena vila. O colégio tem na outra unidade (comunidade). Problema de saúde tem que vir pra cidade. Ou Portel ou Melgaço. Nasci e me criei lá. É um rio tranquilo, farto, dá para sobreviver.”, contou Adanilton. Ele viajou com com a filha, Aila Vitória, que completou três anos em 19 de agosto, e a esposa, Patrícia. Bastam alguns minutos no trapiche de Melgaço, de onde se tem uma bonita visão da orla da cidade, sobretudo no amanhecer e ao entardecer, para observar o movimento frenético de embarcações. Em rabetas, muitas famílias trazem seus filhos pequenos para a cidade. Embora seja um item essencial de segurança, não se observa o uso de coletes salva-vidas em rabetas. Para os ribeirinhos, os igarapés, furos e rios são uma extensão de suas vidas. E, talvez por isso, eles acreditam que as águas já os protejam naturalmente.

PORTEL
Uma família inteira em um barco, praticamente uma casa sobre o rio, no porto de Portel, a 16 horas de navio de Belém, onde 14 pessoas, entre as quais oito crianças, deixaram sua comunidade, distante três horas de barco, às margens do rio Pacajazinho, para tentar resolver assuntos pessoais na sede do município. Eles pretendiam receber o Bolsa Família, fundamental para a sua manutenção. “Eu também queria fazer um ‘rolo’ (negócio) do meu barco em uma casa”, disse Maria Clara de Almeida Pantoja Valente. Ela afirmou que não quer mais morar no interior. No dia 21 de junho, uma quinta-feira, eles estavam no barco há três dias. 

Em certo momento da entrevista, uma criança brincava pelo lado de fora do barco, flertando com o perigo, sob risco de cair no rio. A criança se apoiava em um pneu do lado de fora do barco e nada sofreu, entrando, em seguida. Conviver com o rio faz parte da rotina das comunidades ribeirinhas, incluindo as crianças, que andam em barcos e portos como se estivessem brincando nas regiões onde moram com os pais. Mas a ida da família a Portel, pelo menos nesse primeiro momento, não foi bem sucedida. “A gente não conseguiu receber o Bolsa Família”, lamentou-se Ivonete Dias dos Santos, 28 anos. No oitavo mês de gestação, ela espera o sétimo filho. “Só vamos receber na outra segunda-feira”, completou. “Deu problema no cartão”, acrescentou o marido de Ivonete, o lavrador Benedito Moraes, 33 anos. 
A família (cunhado, nora, sogra, as crianças) dormia e fazia suas refeições no próprio barco e tomava banho no rio. Nessa hora, vão para a popa (a parte de trás) do barco, para ficar mais próximo do rio, de onde também é retirada a água para o consumo. “Não temos parentes aí pra terra”, disse Ivonete, mãe de seis filhos, o mais novo com dois anos. Recebe Bolsa Família para os seis. O programa do governo federal é fundamental para a família. Maria Clara disse que trabalha na roça, mas quer se mudar para a cidade e tentava negociar o barco por uma casa. Sobre sua idade, disse que não recordava. “Não sei. Não estou me alembrando (sic)”, despistou. “Tem na minha carteira aí”, completou. Nessa hora, alguém da família comentou: “Ela tem 60, parece”. “Não, 60 vou inteirar agora em 7 de setembro”, corrigiu.

Deslocamento à mercê das marés é o principal problema de logística
A distância é o principal obstáculo à equipe da Gerência Regional da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), em Breves, no Marajó. “Aqui você não tem acesso a carro. Tudo depende de lancha e barco. Isso aumenta muito o nosso custo operacional. Nossos veículos estão em ótimo estado. Recurso também veio em uma quantidade suficiente. O nosso problema é o deslocamento”, diz o gerente regional, Jamir Junior Macedo. “Pra gente, falar em três horas (de viagem) é próximo. Tem localidade que a gente atinge, durante a etapa de vacinação, que fica a seis horas de voadeira e 16 de barco, como, por exemplo, a região norte de Breves e a região de Anajás (aqui são cinco horas de voadeira)”, contou.

A regional da Adepará em Breves atua em nove municípios: Breves, Portel, Melgaço, Bagre, Curralinho, São Sebastião, Afuá, Chaves e Anajás. “Temos uma unidade estruturada em Afuá, com médico veterinário. Pra eu fazer supervisão no escritório de Afuá, eu vou para Belém, pego um avião para Macapá e vou para Afuá. Antes, tinha uma linha de monomotor, que fazia Belém-Afuá em uma hora. Mas aconteceram alguns acidentes e a linha parou, perdeu o contrato com a prefeitura”, contou Jamir. “Você está aqui em Breves. Para ir para Soure, não tem transporte, nenhuma linha. Você vai para Belém e pega uma lancha para o outro lado do Marajó, que é Soure. A logística aqui é muito difícil. Chaves é município nosso. O maior rebanho da regional fica em Chaves. Há ilhas em que você sai de barco e, para se deslocar, são 16 horas. E, para você entrar em outras comunidades mais no centro da ilha, tem que esperar a maré. Mais seis horas e, aí, você entra. Para sair, só de maré. Vamos fazer uma vacinação em Chaves? Então vamos ver a maré”, afirmou. Ao falar das distâncias, ele observou que muitos moradores de Afuá e Chaves, quando precisam de atendimento médico, por exemplo, vão para Macapá.

Nos casos de raiva humana em Melgaço, este ano, a Adepará atuou como apoio à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). “Quando existe um caso de raiva em bovinos, suínos e outros animais de produção, nós encabeçamos a ação. Realizamos a captura do morcego e coletamos amostra dos animais para encaminhar para o laboratório, para confirmar se é raiva. Realizamos a vacinação do rebanho. Como foram casos de raiva humana e, nessa localidade (rio Laguna, Vila Caruda), não tem animais de produção, por ser uma localidade muito remota e onde as pessoas têm renda muita baixa, entramos só com uma equipe de auxílio. Encaminhamos técnicos treinados e capacitados para realizar a captura de morcego nessa região”, explicou.

A equipe da Adepará foi para o rio Laguna desde o início dos casos de raiva humana, capturou 80 morcegos e saiu da região há mais de duas semanas. “Ficamos lá mais ou menos um mês. Quando a gente captura o morcego, a gente passa uma pasta, chamada vampiricida, na costa do morcego e solta ele. É como se fosse um veneno. Os morcegos têm o hábito de se lamber na colônia. Quando um morcego tratado com essa pasta volta para a sua colônia, os outros vão lamber e morrem. Não é vantagem a gente matar o capturado, porque só vai exterminar um. Esse morcego vai matar outros”, explicou. Jamir disse que os morcegos atacam pessoas de qualquer idade. No caso do rio Laguna, o principal alvo foram crianças. Uma explicação é que as crianças, por passarem o dia brincando, agitadas, tendem a ter o sono mais pesado. E não conseguem perceber a chegada do morcego. O ataque é noturno. Mas nem todos os morcegos estão doentes e, por isso, não transmitem a doença.

MATA
Uma provável explicação para os ataques no rio Laguna é que, lá, é mata, fechada. “Nós estamos invadindo o território deles. Algumas pessoas dizem que, lá, tem uma madeireira, que está realizando desmatamento e está mexendo no equilíbrio ambiental. Pode ter fundamento. O fato é que, por ser de mata, a população está em um ambiente dos morcegos”, disse. Fala-se que moram lá 2.500 pessoas. Mas esse número pode ser bem maior. De Melgaço para o rio Laguna, e em linha reta, são aproximadamente 70 km. Ou três horas de voadeira, uma embarcação rápida. . E, de barco, de seis a sete horas. A vila é bem carente. As casas não têm paredes e portas, o que favorece o ataque dos morcegos. “É bem complicada a realidade do local. A gente vê uma situação de pobreza mesmo”, explicou. 

Há poucos dias, a equipe da Adepará esteve em outra região de Melgaço, o rio Anapu.”Realizamos ações de captura de morcego lá. Essas ações já foram preventivas. E capturamos 48 morcegos”. Para o rio Laguna, em maio, e no ápice dos casos de raiva humana, a Adepará enviou seis técnicos. E, para o rio Anapu, dois.

Por: Dilson Pimentel (Redação Integrada ORM)

O LAGO DO CAIPURU EM ORIXIMINÁ

Encanto de belezas naturais e um ótimo lugar para a prática de pesca esportiva
flikr.com
Amarelinha, quentinha, crocante, com aquele sabor que só os paraenses, ou melhor, os oriximinaenses  podem falar e defender perfeitamente. Estou me referindo ao sabor da "farinha de mandioca brava", que é produzida pelos ribeirinhos do Lago Caipurú, que por sinal, é um dos símbolos deste lugar, além dos briguentos Tucunarés, que são apreciados pela pesca esportiva.

O Lago do Caiupuru fica localizado a alguns minutos de barco, lancha, ou de carro da sede do município de Oriximiná, no Oeste Paraense. A população que reside nesse lugar sobrevive economicamente da produção de farinha e criação de pequenos animais. 
Outra alternativa encontrada pelos moradores desse lugar, é o investimento no turismo. Com a criação do Projeto de Torneio de Pesca Esportiva (TOPE), muitos vem procurando se qualificar nesse ramo para atender a demanda do mercado que começou a surgir.
Segundo os moradores, a melhor época para visitar esse lugar e curtir uma boa pescaria é o na época do verão amazônico, que acontece entre os meses de agosto a novembro. Com água límpida, acompanhada das longas praias de areia branca adjacentes ao redor do verde florestal, espelham nas margens do Rio Trombetas, dando um visual espetacular ao paraíso instalado no meio da Floresta Amazônica.
O Rio Trombetas agasalha centenas de espécies de peixes, muito deles, ainda nem foram pesquisados, mas o que chama a atenção do praticante do esporte “pesque e solte”, é o famoso Tucunaré, uma espécie carnívora, quando é fisgado, trava uma longa briga com o pescador, fascinando o adepto deste tipo de esporte.

No Lago existem duas comunidades: o "Caipurú de Fora" que é a “Nossa Senhora do Rosário” e o Caipurú de dentro, onde está a Comunidade “São João”. Nessas comunidades, a Unidade Integrada de Defesa Ambiental (UNIDA) implantou o projeto “Educação Ambiental no Campo”, uma proposta que atualmente vem sendo trabalhada para preservar a área da localidade, com o apoio dos ribeirinhos que são peças fundamentais para o desenvolvimento sócio-ambiental.

Segundo Edivaldo Pereira, membro da UNIDA, foram feitos diagnóstico na localidade, capacitado parte dos ribeirinhos sobre as questões ambientais, e uma equipe técnica da Ong desenvolveu outro projeto de reflorestamento nas áreas ciliares do lago. Dessa forma, a Unida acredita que os ribeirinhos passarão a  adotar as práticas saudáveis de preservação e de convívio com o meio ambiente.

Para desenvolver este Projeto a UNIDA contou com a colaboração da empresa Mineração Rio do Norte (MRN), que dou 2.400 mudas  de espécies nativas para serem utilizadas nas áreas desflorestadas. O processo de plantio foi realizado através de mutirão. 

saletemarinho.blogspot

RESERVA DE MAIANDEUA

Quando pensamos na região norte logo nos vêm à cabeça imagens de floresta e rios. Graças a isso, as praias do norte ainda não foram tomadas pelos turistas e preservam muitos de seus encantos naturais, desfrutados pelos nativos e estrangeiros, que exploram a região muito melhor que os demais brasileiros. Maiandeua é uma ilha no norte do Pará com praias paradisíacas, rios e um lago onde, segundo a lenda, mora uma princesa. A ilha dessa princesa guarda muitas surpresas aos turistas dispostos a caminhar, já que carros não são permitidos ali.
Partindo de Belém, o turista deve tomar um ônibus ou van até Marudá (PA) e, de lá, um barco que levará 40 minutos até Algodoal, a maior vila da ilha. Maiandeua é uma Área de Preservação Ambiental do Governo Federal (APA) e, por isso, os únicos meios de se locomover na região são a pé ou de carroça. Os cavalos podem ser a primeira visão que o turista terá ao desembarcar ali, além de uma longa praia com poucas casas.

Todos os passos na vila de Algodoal são em areia. Não há asfalto e é comum ver cachorros dormindo no meio da rua, menos no horário de pico, depois do pôr do sol. Como é muito caro construir na ilha, as pousadas apresentam uma estrutura bastante semelhante e simples. Foto (Daniel Ribeiro/UOL)
Porto de Algodoal, na ilha de Maiandeua, no fim da tarde

Na frente da vila de Algodoal fica a praia da Caixa D'água. Pouco depois do pôr do sol, barracas de bebidas e lanches são montadas na areia e os bares e pousadas de frente para o mar começam a tocar música em alto (muito alto) e bom som. Pelo menos durante a alta temporada, o reggae domina a região e não se ouve muito brega ou technomelody, ritmos populares no norte. O carimbó é popular, mas é preciso procurar. Os nativos saberão indicar onde o turista pode ouvir música local a cada dia.
A maior e mais preservada beleza da ilha é a praia da Princesa, que é deserta. O trecho anterior é conhecido como praia da Princesinha, onde os turistas passam o dia. Apesar de desabitada, ela é contornada por bares. Para chegar ali, o turista caminha de Algodoal até o fim da vila e, se a maré estiver alta, paga a um canoeiro para atravessar um canal.
Quando a maré está baixa dá para atravessá-lo com a água na altura do joelho. Outra maneira é ir de carroça, mas é caro e pouco confortável. Do canal o visitante ainda caminhará por mais 15 minutos até chegar aos bares, quando terá a árdua tarefa de escolher um deles para passar a tarde alternando mergulhos, drinques e petiscos.
praiademaruda.blogspot.com.br/
Dali em diante começa a praia da Princesa, vazia e tranquila. A faixa de areia é larga e, quando a maré baixa, piscinas naturais se formam ao longo de seus 14 quilômetros. Nas áreas mais isoladas ainda há ocorrência de desova de tartarugas e os peixes são abundantes no mar. É comum mergulhar ao lado de cardumes.

Saindo da praia da Princesa por uma trilha de dois quilômetros de areia fofa e dunas, o turista chega ao Lago da Princesa, de água escura e propícia para banho, também conhecido como lago de Coca-Cola. Uma lenda local conta que, nas noites de lua cheia, uma princesa aparece sobre as águas vestida de branco e aquele que ousar olhar em seus olhos é seduzido e levado para o fundo do lago. Ele fica entre dunas de areia, com vegetação em volta, e a temperatura agradável da água, assim como a paisagem exótica, atraem muitos banhistas que preferem a água doce. Na margem do lago, durante a alta temporada, há dois bares que servem refeições, mas na praia há mais variedade.(Daniel Ribeiro/UOL)
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Piscinas naturais se formam na Praia da Princesa quando a maré baixa.

Há opções boas e muito baratas para comer na ilha. Os restaurantes e mesmo as refeições são simples, mas muito saborosas. Os peixes mais populares são a pescada e o gó, mais salgado, além de camarão e siri. Os pratos típicos do norte, como vatapá, tacacá e maniçoba são muito oferecidos. Leve dinheiro em espécie, apenas alguns bares e restaurantes aceitam cartões de débito e crédito.
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Do outro lado da ilha fica a vila de Fortalezinha, com estrutura turística precária - apenas duas pousadas e praias de mangue. Só os turistas mais aventureiros se arriscam a chegar ali por uma trilha de 11 quilômetros pelo meio da ilha.

Como chegar:
Apesar de pertencer à cidade de Maracanã (PA), o melhor acesso para Algodoal é a partir de Marudá (PA), a 182 km de Belém. Do terminal rodoviário de Belém saem ônibus regulares e vans, que custam mais caro, mas são mais rápidas, pois param em menos cidades. Do porto de Marudá saem barcos até às 17h. Chegando em Algodoal, o turista pode seguir de carroça ou a pé.

SERRA DAS ANDORINHAS, UM PARAÍSO NATURAL PARAENSE

O cerrado e a floresta amazônica se encontram em São Geraldo do Araguaia, localizado a 680 km de Belém. O Parque Estadual Serra das Andorinhas fica numa área de 60 mil hectares, onde as chapadas e a vegetação rasteira típica do cerrado se misturam ás árvores frondosas da Amazônia. Cortando a floresta, o rio Araguaia e mais de quarenta cachoeiras. Os passeios são guiados por moradores locais.
A visita começa pelo igarapé Sucupira. Um braço de rio emoldurado pelos rochas que, de tão belas, parecem esculpidas. Depois, é hora de uma curta caminhada até o circuito das águas. Encontramos uma cachoeira de três quedas, a preferida das crianças, que se divertem nas piscinas naturais.

No caminho, o visitante se depara com a floresta que é fonte de estudos botânicos e arqueológicos: são mais de duzentas espécies de árvores e de plantas, e cinco mil gravuras rupestres em abrigos e cavernas.
Em São Geraldo, onde fica a serra, os visitantes podem se hospedar em pequenas pousadas ao longo do rio ou em hotéis da cidade.
De janeiro até maio, quando termina o período de chuvas na Amazônia, o ideal é visitar as cachoeiras. No restante do ano, o turista também aproveita as praias que emergem no Rio Araguaia.
blog do alderi

ARQUIPÉLAGO MARAJOARA

Longe da agitação urbana, com um clima ameno e ventilado, a Ilha de Marajó esconde mistérios que vão além da paisagem. Situada no extremo norte do Brasil entre as cidades de Belém e Macapá, a ilha é cercada pelas águas dos rios Amazonas, Tocantins e pelo oceano Atlântico, o que torna a viagem até a ilha uma extraordinária aventura. 
Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo e um dos santuários ecológicos mais preservados da Amazônia. Com paisagens exóticas, centenas de praias desertas, pântanos, igarapés e muitos búfalos em toda parte, a ilha faz parte de um arquipélago que compreende 2.500 ilhas e ilhotas espalhadas na foz do rio Amazonas. É um cenário perfeito para quem deseja desvendar um pedaço quase intacto da Amazônia. 
Das proximidades de Belém saem barcos e balsas rumo à ilha. Devido à enorme dimensão da ilha, de aproximadamente 50.000 km2, há muitas cidades além de pequenos vilarejos entre as matas, rios, campos, mangues e igarapés. O lado leste a ilha é coberta por savanas e o lado oeste pelas florestas.
sourenoticias
Salvaterra é o porto de chegada e Soure é considerada como capital por ser onde vive a maior parte da população e onde estão os melhores hotéis e restaurantes. Há outras cidades, como Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Muaná, São Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Breves, Gurupá, Santa Cruz do Arari, Anajás, Afuá e Chaves, cada uma com seu encanto.

O belo cenário natural da ilha serviu de inspiração para músicos, poetas e cineastas que se encantaram com suas paisagens. É impressionante a extensão de algumas praias, como a Praia do Pesqueiro em Soure que possui muitas dunas e coqueiros sendo a preferida por moradores e turistas. Na maré baixa a faixa de areia até o mar chega a 1 km.

A Praia do Goiabal é onde as garças solitárias pescam à beira-mar. Situada dentro da Fazenda São Jerônimo, o lugar é tão paradisíaco que ali foram gravadas cenas de uma novela. Passando pela Fazenda Araruna, depois de atravessar um rio chega-se à praia de Barra Velha. No caminho desfilam búfalos, garças e guarás.
panoramio
A Praia Grande em Salvaterra é uma das mais procuradas durante o verão. Cercada por coqueiros, uma atração do lugar é o farol. Há também as praias Agua Boa e Joanes, também conhecida como Monsarás, que atrai muitos turistas devido às ruínas de uma igreja construída pelos jesuítas no século 17.

Soure e Salvaterra são as cidades mais conhecidas por estarem mais próximas de Belém, mas a Ilha de Marajó oferece muito mais. A ilha é um local excelente para pescar e também é um lugar de muitas emoções para quem gosta de praticar esportes radicais.
O surf na pororoca atrai muitas pessoas para ver ou deslizar sobre as ondas que se formam quando o rio enfrenta o mar. Considerada como um dos maiores espetáculos da natureza, dizem que alguns minutos antes da Pororoca chegar há uma calmaria, um momento de silêncio. As aves se aquietam e até o vento parece parar de soprar.

Quando ela se aproxima com seu barulho ensurdecedor, os caboclos já sabem e rapidamente procuram um lugar seguro como enseadas ou mesmo os pontos mais profundos dos rios para aportar suas embarcações. Se a canoa estiver na "baixa-mar" onde a pororoca bate furiosa e barulhenta, destrói a canoa e leva tudo consigo junto com as árvores das margens do rio.
impressoesamazonicas.wordpress
Formando uma elevação súbita das águas junto à foz, o encontro das correntes contrárias como se fosse um obstáculo que impedisse seu percurso natural, fazem as águas correrem rio a dentro por quase 50 km subindo uma altura de 3 a 6 metros. Dependendo das condições do vento, formam-se ondas perfeitas.
Há várias explicações para o fenômeno, porém a principal consiste na mudança das fases da Lua Nova e da Lua Cheia, principalmente nos equinócios quando o Sol está alinhado ao Equador. O surdo ruído semelhante a um trovão e ouvido a quilômetros de distância, deu origem ao nome Pororoca definido pelos índios da região com a expressão onomatopaica: poroc-poroc...
O fenômeno natural, que conjuga beleza e violência no encontro das águas do mar e do rio, acontece nos estuários rasos de todos rios que desembocam no golfo amazônico, mas principalmente na foz do grandioso e imponente rio Amazonas. Dizem que as ondas mais fortes ocorrem entre setembro e março.
partiuadois.blogspot.com
Entre as ilhas Caviana e Mexiana, há relatos de ondas de até 8 metros de altura. A Ilha Mexiana na foz do rio Amazonas é deserta e um típico local para quem deseja se hospedar no meio da natureza. Ali fica o Marajó Park Resort, único hotel da ilha que oferece diversos passeios de ecoturismo, pesca esportiva e traslado de avião que sai de Belém.
Mexiana está próxima da pacata cidade de Chaves onde há extensas praias desertas. Este é um dos lugares mais lindos do litoral de Marajó. Com suas casas coloridas que se destacam em meio à paisagem, a cidade é um verdadeiro paraíso onde sopra uma brisa suave e onde a pororoca passa com grande força.
No litoral deserto e selvagem de Marajó também ocorre um fenômeno interessante. Durante seis meses, na invernada, as águas do Rio Amazonas invadem os rios formando as praias de água doce de cor amarelada. Mas durante seis meses é a vez do oceano Atlântico penetrar nos rios, formando as praias de água salgada que se torna salobra e esverdeada. Por isso o cenário da ilha nem sempre é o mesmo.
flickr.com
Em Marajó há somente duas estações: verão e inverno. No verão, de junho a dezembro, os campos secam surgindo uma paisagem que parece um deserto. Nessa época pode-se circular em vários pontos da ilha através de estradas, porém sob um calor inclemente. Essa é a época das grandes cavalgadas para apreciar os campos de Marajó.

No inverno, de janeiro a maio, as águas cobrem os campos e tudo fica alagado. É a época das paisagens grandiosas onde tudo é colorido de vários tons de verde que mostra todo o esplendor da Amazônia. Nessa época o clima é mais ameno mas só se chega em alguns lugares usando barcos e canoas.
Devido a essa característica do clima da ilha, as casas situadas nas áreas sujeitas a alagamento são construídas sobre palafitas e ligadas por pontes. Na época da cheia dos rios, onde não há pontes só é possível circular usando barcos.
estradasecaminhos.blogspot
Há cidades e vilarejos que são totalmente flutuantes, tal como Afuá que é conhecida como Veneza Marajoara. Toda a cidade de Afuá é erguida a 1.20 metro do chão. As largas avenidas na verdade são pontes e protegem a cidade na época das cheias do rio que ocorrem a cada 4 anos. 

Devido à característica exótica da cidade, não há carros ou motos na cidade e só é permitida a circulação das bicicletas. Com isso foi criado o bicitaxi, que é feito com duas bicicletas acopladas. Novas versões foram aprimoradas surgindo até a bicilância - uma bicicleta ambulância. Mas esse exotismo só existe em Afuá.
Em uma viagem de barco pelos rios podem ser apreciados os encantos da região com suas trilhas misteriosas que convidam a um passeio inesquecível. A Baia de Marajó concentra uma intensa navegação de barcos grandes e pequenos que seguem para diversos locais da ilha. Um desses lugares Ponta das Pedras, que tem uma bela praia margeada por coqueiros e um calçadão com desenhos marajoaras.
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Bem próximo de Ponta das Pedras está Muaná, uma cidade que conserva uma autêntica essência cultural da amazônia. Perto da orla de Mauná está a Ilha da Pescada e outras duas ilhas paradisíacas e selvagens: a Ilha Palheta e a Ilha do Mandií. Na misteriosa Ilha da Palheta há um palacete e um engenho centenário onde os escravos do século 19 produziam açúcar, álcool e cachaça.

Durante o Festival do Camarão de Muaná os turistas lotam o Camaródromo para assistir as apresentações de várias bandas, mas principalmente para degustar o sabor único da culinária muanense, como o camarão no bafo e as muquecas de camarão ao som dos ritmos de Marajó.
Os ritmos de Marajó são contagiantes e uma das tradições da cultura marajoara é o Carimbó e o Lundu, uma dança autêntica da região cujos passos foram inspirados em manifestações de origem africana e indígena. Com um batuque vibrante, as moças com suas saias amplas e acompanhadas de seus pares promovem um espetáculo de dança chamando todos para a roda do Carimbó.
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Carimbó na língua indígena significa pau ôco, ou seja, um pau que produz som. A dança e o ritmo teve início com os antigos escravos da época colonial, que se divertiam nas fazendas buscando sons nos tambores e instrumentos feitos de material natural da floresta. Com o tempo foram sendo adicionados outros instrumentos ganhando influências do merengue.

Os passeios pelas inúmeras fazendas abertas aos turistas levam ao contato com a natureza. A riqueza da fauna nessa região é inacreditável e as encantadoras revoadas de pássaros constratam com a paisagem. As mais visitadas são: Fazenda Araruna, Fazenda Bom Jesus, Fazenda São Jerônimo, Fazenda Sanjo, Fazenda Camburupy. 

Nas fazendas há trilhas com pontes sobre os manguezais, passeios de canoa, passeios de búfalos, caminhadas, cavalgada na praia, percursos de charrete, banhos nos igarapés, focagem de jacarés e pesca de piranhas. O tipo de passeio é definido pela época dos campos secos ou pelas terras alagadas. 
Também pode-se hospedar em algumas fazendas. Com uma grande variedade de pássaros, é interessante observar os guarás, uma ave típica que tem as penas vermelhas por alimentar-se do crustáceo sarará que contém alto teor de de betacaroteno. Também pode-se ver as magníficas garças azuis que estão em extinção, encontrar macacos, jacarés, bichos-preguiça e é claro, búfalos.

CACHOEIRA EM CAPITÃO POÇO

O município de Ourém, no nordeste do Pará, possui mais de 12 igarapés em seu território e é uma dessas opções para fugir da badalação. A cachoeira fica nas propriedades de um famoso hotel e localiza-se à 200 quilômetros da capital paraense. O acesso é feito pela rodovia BR 316 até o quilômetro 142 onde se encontra com a PA-124, a direita. Daí seguindo até a cidade de Ourém, e de lá rumo a Capitão Poço. Há uns 14km dessa cidade fica a estrada de acesso ao local com 6 km. A estrutura do espaço conta com restaurante, hotel, bar e tobogãs, entre outras opções de lazer, tudo para garantir a diversão dos hóspedes. O acesso ao balneário, para quem não está hospedado no hotel, sai em torno de R$ 20 por pessoa.
hotelfazendacachoeira-pa.com.br

PRINCESA DO SALGADO, O PARAÍSO DO ATLÂNTICO

Na região em que os rios e praias de água doce são atração turística, Salinas é a entrada da "Amazônia Atlântica", um mix de mangue com a beleza natural das praias oceânicas. Banhada pelas águas do Atlântico, Salinópolis, ou simplesmente Salinas, é um município do litoral paraense que possui praias de areia branca e fina que chamam a atenção por sua grandiosa extensão e paisagem paradisíaca. Distante 220 km de Belém, a cidade é um dos destinos mais procurados no verão. Diferente de outras praias, Salinas possui uma particularidade: os motoristas têm a comodidade de circular e estacionar o carro na praia, palco de diversão durante o dia e a noite.
O município de Salinópolis pertence à mesorregião Nordeste Paraense e à microrregião Salgado. É frequentada por quem procura belezas naturais e o conforto de uma localidade com infra-estrutura turística. A cidade tem várias atrações, como as praias desertas na Vila de Cuiarana, o Lago da Coca-Cola, a Orla do Maçarico, a fonte de água mineral de Caraná, igarapés e dunas de areia. Recentemente, o município vive a expectativa pela descoberta de petróleo no litoral. Com população aproximada de 40 mil habitantes, a cidade recebe mais de 280 mil veranistas durante o mês de julho.
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"O turismo é muito forte no período no verão e do final do ano, mas a principal atividade durante o resto do ano é a pesca. Para turistas, tem pacotes vendidos por operadoras de turismo, mas a grande maioria dos veranistas que vão para salinas alugam um carro para chegar", explica o Secretário de Turismo de Salinas.
A Ilha do Atalaia é uma das mais conhecidas pelas suas praias. A praia de Atalaia é a mais movimentada de Salinas, conta com hotéis de primeira classe de frente para a praia, bares e restaurantes para todos os gostos. Dependendo da época do ano, as ondas do mar chegam a 2 metros de altura, sendo aproveitadas para o surf. A praia é o ponto de encontro dos visitantes.
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No local, os pessoas podem ainda se aventurar nas dunas de areia branca com vegetação típica do litoral e conhecer o lago da Coca-Cola, que se forma entre as dunas. O lago de água doce e escura é geralmente utilizado pelos visitantes para tirar o sal do mar e se refrescar depois de caminhar nas dunas sob o sol forte.
Vizinha ao Atalaia está o Farol Velho, onde os visitantes podem encontrar a mesma beleza da praia, só que com mais tranqüilidade. No local, ficam localizadas as mansões de veranistas que visitam com freqüência o município.
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Nas praias do Atalaia e do Farol Velho, que juntas somam 20 quilômetros de extensão, os visitantes entram com os carros na areia. Cada um pode estacionar onde quiser, os próprios motoristas organizam o trânsito. A única preocupação é com a maré, que sobe muito rápido e ocupa toda a areia, obrigado os carros a deixarem a praia.
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Na praia do Maçarico não é permitida a entrada de carros. O lugar leva o nome por causa dos seus primeiros freqüentadores, os pássaros da espécie. É um dos pontos mais freqüentados durante a noite por causa da orla, que reserva um pouco da cultura regional, além de um complexo de bares e restaurantes. Na orla do Maçarico os visitantes encontram um calçadão ornamentado, utilizado pelos visitantes para a prática de esportes e caminhadas. Em julho, o local é palco para a realização de shows e atividades de verão.
A praia das Corvinas fica localizada no final da orla do Maçarico e leva o nome do peixe típico da região. Existe uma ponte que dá acesso à praia. Chegando lá, mais um espetáculo da natureza: o encontro das águas dos rios Urindeua e Maramuipy. Para a administradora Vera Arruda, a praia é a “antessala do paraíso”: “Sempre que estou em Salinas vou a praia da Corvina para correr de manhã cedo. Tem um clima gostoso, um silêncio, a gente respira ar puro. É uma das praias mais bonitas do Brasil, costumo dizer que é a ante-sala do paraíso”, afirma Vera.
Quem prefere um lugar mais isolado, a vila de pescadores de Cuiarana é o indicado. Lá os visitantes podem encontrar as praias do Cruzeiro e do Amor. A praia pouco movimentada chega a ficar deserta em algumas épocas do ano. Nas altas temporadas, barracas de vendas de frutos do mar e bebidas abrem para oferecer maior conforto aos visitantes. A paisagem encontrada em Cuiarana é exuberante.
Mais tranqüilidade ainda pode ser encontrada na praia Maria Baixinha, acessível através de barco a partir da vila de Cuiarana. No local podem ser vista vegetação virgem, mar aberto e sem ondas.

PÉROLA DO TAPAJÓS

Santarém apresenta vocação natural para o eco turismo, o turismo de base comunitária, o turismo histórico e cultural, o turismo gastronômico, o turismo religioso e o turismo de aventura. Também apresenta grande potencial para desenvolver outros segmentos como o turismo de eventos e negócios.
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Considerada oficialmente pelo Ministério do Turismo como uma cidade turística desde 1998, Santarém tem bons indicadores e qualidades para desenvolver os diversos segmentos do turismo destacando-se:

As belezas naturais: mais de 100 quilômetros de praias de água doce que mais se parecem com o mar, cachoeiras, sítios arqueológicos, fauna, florestas, lagos, igarapés, trilhas, ilhas, o espetáculo encontro dos rios Amazonas e Tapajós em frente a cidade, unidade de conservação e etc;
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O patrimônio histórico, as edificações seculares, a cerâmica tapajônica, as peças arqueológicas da cultura tapajônica dos povos tapaius;
Os eventos culturais, como a festa do Sairé em Alter do Chão (quando acontece a disputa dos botos), o Círio de Nossa Senhora da Conceição, as festas religiosas, o teatro, a música, a poesia, a literatura, o folclore e etc;

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A inclusão de Santarém no seleto grupo dos 65 destino indutores do turismo no Brasil;

Ser escolhido o município referência em eco turismo pelo Ministério do Turismo;

Ser selecionada em 2008 pela Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios entre as 25 melhores cidades para empreender;

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A escolha de Alter do Chão como uma das melhores praias do Brasil e a melhor praia de água doce do mundo em 2009, pelo jornal inglês The Guardian;

O destaque da praia de Alter do Chão durante o Salão do Turismo na cidade de São Paulo em 2010;

O destaque na mídia nacional como detentora do maior reservatório de água subterrânea do planeta, o Aquífero Alter do Chão;
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A reportagem na National Geographic em 2010 sobre as civilizações pré-coloniais na Amazônia que considera Santarém a cidade arqueológica mais antiga do Brasil;

Em 2009 Santarém foi incluída no Plano das Cidades Históricas do Brasil pelo Ministério da Cultura e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional;

É rota dos turistas internacionais que chegam em navios transatlânticos na Amazônia;

É a sede do futuro Centre de Referências e Tradições Turísticas e Culturais do Tapajós;

A culinária local que fez Santarém ser incluída no seleto Programa Caminhos do Sabor que tem a finalidade de agregar valor turístico através da gastronomia;
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A oferta de infra-estrutura turística é representada pelos hotéis com boas condições de recepção e hospedagem, pousadas, aeroporto internacional, restaurantes, porto com calado para receber navios transatlânticos, agências de viagem, sistemas de segurança pública, setor de comunicações, agências bancárias, lojas de artesanato, serviços de transporte, serviços e equipamentos de lazer.

Além do desenvolvimento do turismo, Santarém vive momentos de expectativas no contexto socioeconômico, cultural e político: o movimento em torno da criação do Estado do Tapajós, pois é cidade que está cogitada para ser a capital, também a construção do centro de referências e tradições turísticas e culturais do tapajós, a implantação da Zona de Livre Comércio e de um Distrito Industrial, o asfaltamento da BR-163, a instalação da ZPE etc.

o shopping Rio Tapajós Center, sendo o terceiro maior shopping do norte, atraindo vários visitantes do Pará e da Amazônia. (amut.org.br)

SERRA DAS ANDORINHAS

No decorrer dos levantamentos formou-se a ideia de articular alguma forma de preservar tão importante área. O primeiro passo foi solicitar o tombamento da Serra das Andorinhas pela Secretaria do Estado de Cultura, o que aconteceu em 22 de setembro de 1989. Neste mesmo ano mantivemos contato com o IDESP (Instituto de Desenvolvimento Econômico-Social do Pará) onde apresenta¬mos nossos levantamentos para motivar este instituto a iniciar oficialmente as discussões para a criação do Parque Estadual da Serra das Andorinhas. Em 1995 esta discussão passou a ser feita pela SECTAM (Secre¬taria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Pará). A criação do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas e a Área de Proteção Ambiental de São Geraldo do Araguaia ocorreram em 25/07/1996.





O cerrado e a floresta amazônica se encontram em São Geraldo do Araguaia, localizado a 680 km de Belém, no sudeste paraense.

O Parque Estadual Serra das Andorinhas fica numa área de 60 mil hectares, onde as chapadas e a vegetação rasteira típica do cerrado se misturam ás árvores frondosas da Amazônia.

Cortando a floresta, o rio Araguaia e mais de quarenta cachoeiras. Os passeios são guiados por moradores locais.

A visita começa pelo igarapé Sucupira. Um braço de rio emoldurado pelos rochas que, de tão belas, parecem esculpidas. Depois, é hora de uma curta caminhada até o circuito das águas.

Encontramos uma cachoeira de três quedas, a preferida das crianças, que se divertem nas piscinas naturais.

No caminho, o visitante de depara com a floresta que é fonte de estudos botânicos e arqueológicos: são mais de duzentas espécies de árvores e de plantas, e cinco mil gravuras rupestres em abrigos e cavernas.

Em São Geraldo, os visitantes podem se hospedar em pequenas pousadas ao longo do rio ou em hotéis da cidade.

De janeiro até maio, quando termina o período de chuvas na Amazônia, o ideal é visitar as cachoeiras. No restante do ano, o turista também aproveita as praias que emergem no Rio Araguaia.

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A Serra das Andorinhas é representada pela formação Morro do Campo. Esta formação encontra-se exposta na área, são rochas quartizíticas com dezenas de metros que apresentam variações petrográficas locais que modificam seus aspectos textuais e mineralógicos permitindo classifica-las como quartzo-mica-xisto, ortoquartzitos maciços, muscovita-quartzitos foliados, de espessura diversas, verificadas ao longo dos extensos paredões que delimitam as serras. Em toda a área observa-se a ocor¬rência de veio de quartzo leitoso e às vezes de bolsões de cristal de rocha. As elevações das serras têm quotas máximas em torno de 600m, apresentam-se sob a forma de cristas e topos aplainados com direção geral NNW. No topo da área de platôs são encontradas estruturas uniformes tidas como formas individuais da dissecação do relevo. O conjunto rochoso apresenta inúmeros abrigos e cavernas que, associados às estruturas uniformes (como portais, janelas, galerias, torres…), dão um aspecto labiríntico à área. (Kern et all, 1992).

A maioria das cavernas da superfície terrestre foi formada principalmente pela ação da água, esse processo resulta no alargamento progressivo das passagens até a formação de uma caverna. A ampliação gradual dessas aberturas dá origem a galerias, salões e abismos, os quais unidos num estágio mais adiantado, funcionam como sistemas coletores das águas descendentes e mesmo da drenagem de superfície. As galerias e vazios servem de coletores e condutores de rios e córregos que passam a compor uma complexa drenagem subterrânea. Estes cursos d’água subterrâneos por sua vez, irão ocasionar um entalhamento da rocha em diversos planos, criando novas galerias laterais ou inferiores e alargando-as em salões.

Todos os agentes de tais aberturas naturais podem ser classificados como agentes geológicos, normalmente, a formação de uma caverna leva alguns milhares de anos. Na área de abrangência do levantamento espeleológico, a rocha encaixante de todas as cavidades da Serra é o quartzito. (Maurity et.all, 1999). Diferenciarmos as atividades espeleológicas por nós desenvolvidas em duas ações principais: a prospecção sistemática e a documentação das cavidades
Prospecção Sistemática/caminhamentos

 Os caminhamentos diários são feitos com grupos de três pessoas caminhando em linhas paralelas em distâncias de 15-20m um do outro, tendo mais atenção nas áreas com drenagens, bordas de platôs, desníveis, afloramentos rochosos e vegetação distinta dos arredores. Os caminhamentos são feitos com uso de GPS Garmin V e são plotados em mapa ao final de cada dia de trabalho, no entanto, entre 1989 e 1998 o grupo não dispunha de GPS, as cavidades foram plotadas nos mapas por aproximação em graus. Os grupos mantêm comunicação visual e também através de apitos ou rádios. Nos terrenos de maior declividade ou com vários níveis de paredões paralelos, o grupo faz duas ou até seis linhas paralelas para que possam ter plena convicção de ter feito uma boa varredura. Ao se encontrar uma cavidade natural por pequena que seja, a mesma é examinada atentamente para estabelecermos se será documentada ou não, levando em consideração os seguintes critérios:

1. Cavidade de qualquer proporção com material arqueológico superficial ou probabilidade de ser sítio arqueológico.

2. Cavidade com boca de no mínimo 10m de largura, mesmo que tenha pequena profundidade.

3. Cavidade com profundidade mínima de 5m e pelo menos 1m de altura do teto.
Na realização dos trabalhos de campo todos os integrantes da equipe usam macacões de mangas compridas, capacetes com iluminadores a baterias, luvas, perneiras e máscaras.

Documentação das cavidades

A documentação de cada cavidade constitui-se em registrar todas as informações possíveis em ficha apropriada, cujo conteúdo apresentamos a seguir:
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CECAV (Centro de Estudos de Cavernas/ IBAMA) no registro no SBE (Sociedade Brasileira de espeleologia), número de registro do GEM, Tipo de cavidade, Gruta, Abrigo acidental, Abrigo sob rocha, Dolina, Fenda; Município, Local, Estado, Coordenadas, Nome e Sigla do documento cartográfico, acesso, fonte de referência, altitude, água mais próxima, fotografia, croqui, ressurgência, unidade Geomorfológica, desenvolvimento, desnível, rocha encaixante, espeleotemas/descrição e localização, vestígios arqueológicos, solo, fauna da cavidade/vertebrados, colônias de morcegos, guano, entomofauna, fauna do entorno da cavidade, flora do entorno da cavidade, conservação, fósseis, descrição da cavidade, uso do solo do entorno, uso do ambiente endógeno e intervenções realizadas, relevância, equipe, Responsável pelo Cadastro, local, dia, mês e ano do preenchimento da ficha e quem a preencheu.

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Quanto ao desenvolvimento, as maiores cavidades da área são: Caverna Serra das Andorinhas com 1.010m, localizada na região SW do Parque, em seguida está a Caverna Catedral na região NW do Parque com 415m. Na seqüência está a Caverna das Araras no extremo norte do Parque com 292m, em seguida vem a Caverna Nobilior na região E do Parque com 261m. A cavidade seguinte é a Caverna Cheiro com 167m, localizada nas nascentes do igarapé Gameleirinha na região NE. Ainda há a Caverna Remanso dos Botos com 125m, localizada no extremo sul do Parque, há também a Caverna Mogno com 116,8m situada no oeste do parque, a Caverna Cachoeira com 116m nas nascentes do Igarapé Gameleirinha.
Finalmente, a Caverna Doida com 100m de desenvolvimento, localizada na região leste do Parque. A grande maioria das cavidades tem pequeno desenvolvimento, com média entre 8 e 20 metros.
Desde 1987 a Casa da Cultura de Marabá vem realizando estudos na serra das Andorinhas em várias áreas do conhecimento, tanto que foram estes estudos que propiciaram a criação do Parque Estadual do Martírios/Andorinhas e APA de São Geraldo do Araguaia em 22 de setembro de 1996.

No início dos estudos, o acesso às áreas era bastante difícil e a única maneira de realizá-los era ficando acampado, o que foi feito no período de 1987 a 1992, pelo projeto Martírios do Araguaia. O trabalho foi coordenado pela Casa da Cultura de Marabá e atuou com voluntários de várias instituições como a USP, UNB, UFPA e do Museu Emílio Goeldi, além de técnicos da Casa da Cultura e do GEM (Grupo Espeleológico de Marabá).

Como naquele tempo não dispúnhamos de GPS, as cavidades geológicas e os sítios arqueológicos eram plotados nos mapas de maneira aproximada, podendo haver erros de localização com centenas de metros! Devido a este problema e também porque na época a documentação das cavidades era bastante simplificada resolvemos colocar em prática o projeto de Recadastramento de Cavidades Espeleológicas no Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas e a área de Preservação Ambiental de São Geraldo do Araguaia-PA, que consta em retornar à todas as cavidades (cavernas, grutas, abrigos e fendas) para
redocumentá-las através de preenchimento de ficha com dados específicos sobre cada cavidade e plotação com GPS de última geração, colocação de placa metálica com a identificação da caverna para que o acesso e encontro destas cavidades seja mais fácil , mesmo porque com a imprecisão dos métodos anteriores, muitas cavidades só estão sendo encontradas porque os relatórios daquele tempo foram preservados e parte delas, só encontramos porque ainda estão em nossa memória.

Desde o início dos trabalhos percebemos o enorme potencial espeleológico da Serra das Andorinhas e hoje com o recadastramento, fica evidente que o potencial é muito maior do que pensávamos! O projeto coordenado pela Casa da Cultura tem a participação de técnicos do NEM (Noé von Atzingen; Bruno dos Santos Scherer; Maria de Jesus Almeida; Clóvis Iarossi; Evaldo Lemos; Michael Franklin Rodrigues e Pablo Vinícius).
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A partir de fevereiro de 2011 realizamos 4 etapas de campo. Trabalhamos nas seguintes áreas: Santa Cruz, Brejo dos Padres, Igarapé Paraíso, Pedra Armada, Agulhas de Pedra, Casa de Pedra e Pedral Igarapé. O projeto prevê que até o final do ano, tenhamos recadastrado todas as cavidades geológicas da Serra das Andorinhas e todas estejam devidamente cadastradas no banco de dados do SBE (Sociedade Brasileira de espeleologia) e do CECAV (Centro de Estudos de Cavernas/ IBAMA).

Nos estudos anteriores tínhamos documentado 550 cavidades geológicas no Parque e APA de São Geraldo do Araguaia. No decorrer do recadastramento descobrimos e documentamos mais de 79 novas cavidades. Com as novas descobertas a quantidade de cavidades na área chega a ser 643! Nesta fase do projeto o interesse maior é o recadastramento das antigas cavidades, e mesmo assim, sempre nos deparamos com outras novas em nossos caminhamentos. Acreditamos que ao final do recadastramento teremos mais de 800 cavernas na Serra das Andorinhas!

Fator muito importante é que cerca de 10% das cavernas estudadas foi moradia de populações pré-históricas, nelas são encontradas gravuras, pinturas rupestres, fragmentos cerâmicos e líticos, o que aumenta ainda mais o valor dos estudos espeleológicos na área.

(agencia para / wikipedia)
 
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