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UMA FLORESTA ENCANTADA EM ALTER DO CHÃO

No período de dezembro a junho, o inverno chega a nossa região, fazendo com que as nossas maravilhosas praias fiquem debaixo d'água; Praias como a de Alter do Chão que no período dos cinco dias do festival do Sairé, atrai mais de 10 mil pessoas de todos os lugares. 
Mas com a praia alagada, o que então temos para apreciarem Alter? Sol de menos, água de mais, aparecem novas formas da natureza revelar suas belezas. Esse é o caso da FLORESTA ENCANTADA do Caranazal, que fica a cerca de três quilômetros de Alter do Chão, às margens da rodovia Everaldo de Sousa Martins (que dá acesso ao balneário). 


O lugar denominado pelos antigos moradores de Cabeceira do Cuicuera há 10 anos foi identificado como atrativo turístico e recebeu o nome de Floresta Encantada. A visita ao local é feita na companhia dos moradores e catraieiros que também trabalham como guias e acompanham os turistas mostrando as belezas do lugar, enquanto narram suas histórias. 
A Floresta Encantada recebe, em média, mil visitas por ano, durante os meses de março a julho. Nesta época, os igarapés transbordam e se forma um igapó. O passeio é feito em canoas que duram cerca de uma hora. Visitar a Floresta é como fazer uma trilha, mas de canoa. A paisagem se confunde: as águas calmas criam um efeito espelhado e o visitante fica cercado pela vegetação. 
O silêncio e a tranqüilidade são marcantes. A cada pequena distância percorrida, ficamos encantados com a diversidade da fauna e da flora, e acompanhamos várias espécies de orquídeas que embelezam ainda mais a paisagem, e pássaros sobrevoam ao nosso redor, dentre eles podemos citar as garças e gaivotas, que são típicos de todas região inundada. Se tivermos sorte, podemos até flagrar a luta pela vida, como perseguição de peixes, a garça alcançando seu alimento, ou animais na beira do rio. 
E os poucos raios de sol que invadem a floresta, iluminam o caminho estreito, em uma proximidade com a natureza durante o passeio. O mais interessante é que existe em meio a floresta um restaurante que serve pratos maravilhosos, tudo muito regional. Uma ótima opção de turismo também, e nada melhor que uma saborosa refeição em meio a pura natureza, respirando o ar mais puro em total contato com paisagens exuberantes de acalmar qualquer pessoa, acostumado ou estressado com o dia a dia. 

(Por revistaviaamazonia.blogspot.com)

AS MÃES DO TURISMO

Se Santarém é o berço do turismo no Pará, nós mães devemos arrumar esse berço para que no futuro de nossos filhos a herança seja permanente. Assim como os filhos não gostam de ver suas mães comparadas a outra, também não devemos aceitar a alcunha de Caribe brasileiro, quantas vezes uma mãe tem que assistir ao mesmo desenho animado da Disney para fazer companhia ao filho? A mesma Disney que criou os piratas do caribe e desconhece que o maior ato de biopirataria da história mundial aconteceu nestas terras, encerrando mais um ciclo de esperança de riqueza para os filhos desta terra. Não queremos que o turismo seja apenas mais um ciclo econômico. Não queremos que o turismo seja o futuro da região, e sim um presente que deve ser conquistado. Marcado pelo tripé: estrutura, investimento e serviços ou seja, o poder público, a iniciativa privada e a comunidade. Para isso devemos dar condições ao nosso filho para que ele possa se desenvolver; o turismo assim como um filho, depende de nós até que se torne independente, e mesmo assim de vez em quando ainda precisa de cuidados. Com trabalho e perseverança iremos construir o necessário para o crescimento do turismo, que ainda engatinha em nossa região. Para caminhar com firmeza, ele precisa de educação para poder conviver e encantar outras culturas, precisa de saúde para bem viver e exercer seu ofício com dignidade, precisa de estrutura viária para exercer o direito de ir e vir e, acima de tudo, precisa de muito diálogo e carinho. Carinho por esta terra é o que não falta, que o digam as dezenas de pessoas que a cada ano adotam Santarém como mãe, e o diálogo é um exercício de convívio diário que nos obriga a evoluir. Alguns de nós ficaram tanto tempo sem voz que agora querem gritar para todo mundo ouvir, mas os gritos impedem o diálogo. Devemos nos portar de forma que nossas ações falem mais alto, tão alto que silenciosamente ensurdeçam aqueles que apostam na incompetência amazonida.

Na Santarém que queremos, mãe nenhuma terá filhos do conformismo, não culpamos a vida Sejamos agentes da transformação das novas gerações, que não estão preocupadas com o futuro, pois estão construindo o presente. Dizem que o dia das mães é o segundo natal para o comercio, mas se não houvesse uma mãe na história, o natal nem sequer existiria, nem o comércio, nem mesmo eu e você. Até a chegada do natal teremos muito trabalho, quase de parto, pois esperamos ansiosos o nascimento da minuta da Lei Municipal do Turismo. Ferramenta com a qual poderemos ajudar ainda mais quem trabalha para o futuro do turismo hoje, pois o presente é o único momento onde somos capazes de transformar o futuro, e torna-lo um verdadeiro presente para nossos filhos. 

Irene Belo Zampietro
Secretária de Turismo de Santarém 
Foto: santaremweb.wordpress.com

ILHA DO PILÃO' É RECANTO ECOLÓGICO PERTO DE SALINAS

As praias de Salinas, nordeste do Pará, são famosas pela badalação no mês de julho. Porém, nem todo mundo que procura o balneário nessa época do ano vem em busca de agito, e quem prefere tranquilidade e contato com a natureza pode encontrar alguns paraísos escondidos perto do balneário, como a Ilha do Pilão, localizada do município de São João de Pirabas, há 20 minutos de barco de Salinas.


Para chegar lá, a viagem começa na vila de Cuiarana, um refugio de pescadores há 15 quilômetros do centro de Salinas. "É gostoso vc tá em contato com essa natureza linda, aquele verde lá na frente, esse mar aqui... é muito bom!" disse o aposentado Antônio Sanches.

O guia turístico Carlex Falcão veio passar as férias em Salinas há dois anos, se apaixonou pelo lugar e acabou ficando. Hoje, ele mostra os roteiros da região para visitantes. Logo nos primeiros minutos de passeio pelo rio Cuiarana, é possível perceber porque a região impressionou Falcão: as ilhas servem de berçário para os guarás, e as aves fazem questão de se exibir para os visitantes.
A ilha do Pilão fica em mar aberto. É quase deserta, com mais de 2 quilômetros de areia branca, ocupada apenas por algumas palafitas. O lugar pouco a pouco é descoberto pelos turistas, inclusive de fora do país. "O perfil do turísta que vem pra praia do Pilão são pessoas de fora, né? Santa Catarina, Rio Grande do Sul, pessoal da África do Sul vem por lazer, né? vem pescar... procurar assim um meio de tentar fugir do estresse", explica Falcão.
A aposentada Norma Queiroz aprovou o passeio. "É uma maravilha, quem chega aqui não quer outra vida, é um paraíso que Deuz nos deu!", conta.
O nome da Ilha do Pilão foi dado por conta de uma formação de calcário, que formou uma série de piscinas naturais. Algumas impressionam pela forma, outras pela profundidade, e há quem veja semelhança entre as piscinas da ilha e as crateras de um vulcão. Independente da interpretação, o cenário agrada amantes da natureza. "Quando você quer sair do stress da cidade, se refugia nos pilões, porque aqui você fica em contato com a mãe natureza, existe coisa mais bela?", explica a dona de casa Laura Coelho.
(É DO PARÁ)

ORIXIMINÁ: LUGARES EXÓTICOS PARA SE DESLUMBRAR


Localizada às margens do rio Trombetas, Oriximiná possui vários atrativos de veraneio como praias, lagos e cachoeiras. O município abriga também a Reserva Biológica do Trombetas e a Floresta Nacional de Saracá-Taqueira, onde é possível observar a fauna e flora amazônica.


- Praia do Caipuru: Durante a época de vazante dos rios Amazônicos, uma pequena faixa de areia se forma no Lago do Caipuru, comunicando-se com o rio Trombetas. Seu acesso é somente via fluvial em embarcações particulares ou fretadas.

- Cachoeira do Jurutarana: É uma queda d’agua de mais de 10 metros de altura. De todas as cachoeiras é a de mais fácil acesso, apenas 40 minutos do centro da cidade por via rodoviária.

- Cachoeira da Porteira: Também é bastante procurada por turistas, pois é ligada a um porto fluvial e possui pista de pouso. Localiza-se próximo a Reserva Biológica do Trombetas, perto da área de desova das tartarugas. Há também uma estrada de acesso às trilhas que levam aos igarapés no meio da floresta.

- Cachoeira do Chuvisco: Uma queda de 26 metros projetada de uma gruta no rio Erepecuru.

- Lago do Iripixi: Este lago possui águas cristalinas durante o verão e faixas de areias finas que formam uma pequena praia. Um ótimo local para praticar esportes náuticos e pesca esportiva.

COMO CHEGAR
- Via fluvial: Embarcações partindo do Terminal Hidroviário de Belém. A viagem dura em média 4 dias.
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POR QUE TURISMO? PARA QUEM?

Temos alguns municípios que exploram a atividade turística, não muitos e nem todos muito bem. Essa indústria da felicidade ainda é pouco entendida no Estado do Pará, ainda faltam os projetos de desenvolvimento dos setores produtivos, aliás, avançar nestes setores é caminhar em direção ao desenvolvimento mas, falta visão para essas potencialidades, na verdade, saídas para melhorar a gestão pública. É importante descobrir quais os resultados esperados, o que se pode ganhar em termos de criação de riquezas e divisão de renda, enfim, a geração de mais e mais empregos.


Por que turismo é uma boa pergunta. Muitos até saberão falar que é prá isso e aquilo, mas, não sabem fazer os avanços que outros conseguiram. Esse fenômeno econômico e social é capaz de provocar o crescimento e o desenvolvimento regional, trazer o progresso. Turismo é negócio e pode gerar mais dividendos que o negócio de exportação de petróleo, alimentação e o mercado de automóveis, é o melhor negócio do mundo para muitos países na geração de benefícios permanentes. Gosto de citar o termo "benefícios permanentes', pois, muitos se alegram com o voo de galinha de alguns projetos que prometem gerar muitos empregos num dado momento e, em outro, funcionam com pouco mais de uma centena e nada mais e, o pior, vai desenvolver cidades do sul do país.

Entre outros fatores é um excelente instrumento para a geração de empregos com custos baixos. Tem uma excelente característica, de gerar oportunidades para o primeiro emprego. Mas, precisa ser eficiente na gestão, quanto maior o nível de qualificação da mão de obra e do gestor, melhores serão os resultados. E digo mais, não é trabalho para amadores ou com  pouca experiência, isso se reflete na equipe de trabalho e na articulação com os parceiros.

Inexiste na nossa região um município como referencial, uma pena pois, não conseguimos analisar em paralelo o que podemos potencializar, em termos comparativos podemos dizer que temos o bastante para uma grande revolução na economia regional, mas, ainda falta alianças entre prefeituras, governos estadual e federal, entidades empresariais, empresários e comunidades. Sem cooperação não se soma, nem se multiplica o mercado do turismo por falta de esforços conjuntos para enfrentamento do desemprego e melhor gestão pública.
O turismo valoriza a diversidade cultural e o orgulho de cada morador, cada pessoa conhecedora de seu papel se tornará um embaixador da felicidade turística, fará um grande trabalho de promoção das riquezas do lugar. Todos precisam conhecer a história de seu município, das suas belezas arquitetônicas e naturais e, compreender que incentivar o turismo é promover riquezas e empregos.
Não basta ter tudo o que o turismo precisa, como hotéis, restaurantes, aeroporto moderno, zoológico, praias e uma orla super bonita, lindo pôr do sol, para que apareçam os turistas. Sem divulgação e promoção dos pontos de atração turística, sem buscar satisfação plena do turista, somente ter o potencial não nos leva para lugar nenhum.

Temos que aprender a fazer parcerias, discutir estratégias para desenvolver o turismo em Marabá e região. Esse caminho precisa de uma estratégia conjunta, nem somente eu e nem somente você ou só vocês, todos juntos e irmanados. O turismo é bom para todos os setores, procure conhecer a força do turismo em um município que já aprendeu a explorá-lo com profissionalismo. 


Texto de Francisco Arnilson de Assis - (marabaturismo.blogspot.com.br)

LITORAL PARAENSE: EXPLORANDO A VILA DO ALGODOAL, NA ILHA DE MAIANDEUA

Por Tito Garcez

Após partir do porto de Marudá e navegar pela baía de Marapanim, desembarcamos no porto do Algodoal, que fica na vila de mesmo nome, na ilha de Maiandeua. Ao final da rampa de acesso, podem ser vistas muitas charretes - que lá são carroças com algumas modificações, as quais são o principal meio de locomoção do lugar. Caso o visitante resolva pernoitar, e tenha uma grande quantidade de bagagens, é aconselhável utilizá-las no trajeto até o meio de hospedagem, que geralmente gira em torno de 10 a 20 minutos de caminhada, sendo o trecho inicial percorrido na praia da Caixa d'Água, que fica em frente à vila. 
Em frente ao porto podem ser vistas, também, placas onde constam informações sobre a APA - Aérea de Proteção Ambiental na qual a ilha se encontra e, também, placas artesanais que contém, inclusive, uma tabela de preços para uso das charretes. Rua florida na vila do Algodoal, na ilha de Maiandeua, no Pará Rua florida na vila do Algodoal, na ilha de Maiandeua, no Pará - 

Placa e mapa da APA - Área de Preservação Ambiental Algodoal-Maiandeua, no Pará Placa e mapa da APA - Área de Preservação Ambiental Algodoal-Maiandeua A Vila do Algodoal é a principal da ilha, tanto por seu tamanho como por ser praticamente a única que possui meios de hospedagem. As outras, chamadas de Camboinha e Fortalezinha, abrigam principalmente pescadores. Da principal vila é possível chegar à Praia da Princesa - a mais famosa - e à Lagoa da Princesa, que são os atrativos mais visitados do lugar.

Todas as ruas da vila do Algodoal são de terra, o que ajuda a dar ao lugar a ideia de um local rústico. E nelas, a única preocupação que tem que ter é com as charretes, já que veículos motorizados são proibidos. A infraestrutura no geral também é simples. Além das casas de moradores que vivem da pesca, do turismo ou de serviços, podem ser encontradas algumas casas de veraneio e várias pousadas, sendo a maioria delas rústicas, ideais para quem busca simplicidade. A Pousada ABC possui alguns quartos simples e no seu terreno funcionam também um camping e um redário. As diárias nos quartos têm tarifas a partir de R$50,00. No camping, o valor é de R$10,00 por pessoa e no redário, R$20,00. 


Para quem busca um local tranquilo, a baixa temporada é uma ótima pedida, pois a ilha está mais vazia, sem muito agito e sem a azaração que fez com que ela fosse apelidada, pelos paraenses, com o título de "ilha da perdição". Quando fui, mesmo sendo um final de semana, estava longe de parecer um local voltado à azaração. A tranquilidade imperava, tanto de dia quanto à noite. Era possível, por exemplo, caminhar tarde da noite mesmo com as ruas vazias e mal iluminadas, e a sensação de segurança era notável. 

Talvez pelo fato de casos de violência só serem observados em épocas de maior movimento (e descontrole) como no Carnaval, a delegacia permanece fechada na maior parte do ano. 

As ruas tranquilas da vila são um convite a uma despretensiosa caminhada. É possível conhecer todas as ruas em questão de minutos e de cruzar com a mesma pessoas diversas vezes. Há, inclusive, quem não tenha aparelho celular por usar a justificativa de que é fácil encontrar alguém realizando uma pequena caminhada e perguntando a quem esteja no caminho. E quem o diz tem razão. Aliado a isso, está o fato de que na ilha existe uma deficiência na comunicação via telefonia móvel. Dentre as quatros principais operadoras nacionais, a Vivo é a que melhor funciona, mesmo assim, o sinal é instável. Portanto, é melhor não contar muito com isso. 

Um dos principais pontos de encontro dos moradores e dos turistas é a praça da vila, essa sim urbanizada, com algumas lanchonetes, bancos e floridos Flamboyants que não parecem ser comuns àquela região, mas que deixam o local ainda mais belo. E esse é um dos locais mais bem iluminados da vila. Por falar em iluminação, a energia elétrica é um tanto nova na localidade. Ela foi implementada há não mais que seis anos. Antes, tudo funcionava graças a geradores. Os locais disponíveis para alimentação são limitados, sobretudo na baixa temporada - tirando os feriados, a alta temporada ocorre principalmente no mês de julho, no chamado verão amazônico. 

Para não dizer que o visitante não será atacado por nada, no período que mais chove, no chamado inverno amazônico, que vai de dezembro a abril, os chamados Carapanãs - ou muriçocas - fazem a festa. Portanto, repelentes são itens de necessidade básica, principalmente a partir do final de tarde. E, por precaução, é melhor tê-los à disposição em qualquer época do ano. 
Caso a pessoa deseje ter comodidade tanto no transporte até a ilha como na hospedagem nela, é aconselhável entrar em contato com a Algodoal Turismo, empresa que realiza traslados a partir de Belém e faz reservas em meios de hospedagem da ilha. Além do site, é possível entrar em contato através do e-mail atendimento@algodoalturismo.com.br e dos números +55 (91) 3352-0841 / 8201-3653.

Esta postagem teve como objetivo mostrar um pouco do local que serve como base para aqueles que visitam os principais atrativos. Sendo assim, nas próximas publicações serão mostradas algumas das atrações da ilha, portanto, não deixe de conferir os relatos sobre as situações e paisagens impressionantes que puderam ser vivenciadas e conhecidas. ;)

1ª VEZ NA AMAZÔNIA: BELÉM OU MANAUS?

Assim como em típicas lendas amazônicas, daquelas com histórias fantásticas contadas na beira do rio, a Amazônia sempre surpreende os viajantes que desembarcam naquelas terras distantes do Norte do Brasil.

Tem igarapés que confundem a mente com copas de árvores que se fundem no reflexo das águas; cachoeiras que caem sobre árvores centenárias; macacos que surgem do meio da floresta e invadem barcos simples com visitantes exaltados; botos que sempre aparecem quando chega um forasteiro novo; e tem até um cruzeiro literário que singra águas escuras que rasgam uma das maiores florestas do planeta.

E pode voltar quantas vezes for preciso, que nunca vai faltar atividade nova, em território amazônico.

Só para ter uma ideia de sua dimensão, esse bioma brasileiro ocupa não só o Amazonas (o destino que logo vem à cabeça quando o assunto é Amazônia) mas também o Pará, Amapá, Acre, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e e trechos do Maranhão 
BELÉM OU MANAUS?

Ambas capitais têm acesso fácil à floresta amazônica, embora Belém, no Pará, pareça ter atrações com melhor estrutura para receber visitantes.

Quem chega a essas cidades com sede de floresta pode se decepcionar em um primeiro momento. Caos no trânsito, vias sujas e insegurança nas ruas ainda são problemas nas duas cidades. 


Detalhe da Ponte Rio Negro, em Manaus (foto: Eduardo Vessoni)

Em Manaus, as poucas atrações são um convite para ficar poucos dias na capital do Amazonas. Por ali, a floresta amazônica fica do outro lado do rio Negro, a 10 km de distância.

Belém é, de longe, a versão melhor estruturada da Amazônia turística, onde os serviços funcionam e os preços não são abusivos (quem já pagou, e muito, por um buffet sofrível na hora do almoço, em Manaus, sabe do que estou falando).


Estação das Docas, uma das atrações mais visitadas da capital do Pará (foto: Eduardo Vessoni)

Gastronomia de autor que reúne regionalismo e cozinha internacional sem afetação; pequenos museus de acervo discreto e cenografia caprichada; rituais religiosos que conseguem unir todas as crenças; passeios fluviais sinceros que pouco se parecem às versões engana-turistas de outros destinos brasileiros da Amazônia, em que indígenas se fantasiam de índios para delírio da gringaiada; e uma floresta amazônica que fica bem ali na porta de casa.

Conclusão: Belém é a Amazônia melhor estruturada e que, muitas vezes, lembra grandes centros urbanos, quando o assunto são opções de turismo na região central. Já a caótica Manaus deve ser usada como ponto de partida para passeios floresta adentro.


OS CLÁSSICOS

Não tem como fugir. Quem visita a Amazônia pela primeira vez não pode deixa de conhecer os clássicos dessas duas cidades do Norte.

Centro econômico da região Norte, Manaus abriga construções erguidas durante o curto período do Ciclo da Borracha, como o Teatro Amazonas, cuja visita guiada a seu interior é uma experiência obrigatória; o Palacete Provincial, endereço de cinco museus; e o Palácio Rio Negro, construção em estilo eclético, erguida em 1903.

Como todo bom teatro clássico, o Teatro Amazonas, em Manaus, também é marcado por histórias de fantasmas, como a do pianista que morreu ali e, vez ou outra, volta para tocar alguma partitura(foto: Repórter do Futuro/Flickr-Creative Commons)

Entre as atrações naturais da cidade, a mais famosa é o Encontro das Águas, experiência que vale mais pelo fenômeno do que pela beleza cênica do local.

É no encontro dos rios Negro e Solimões que suas águas escuras e barrentas, respectivamente, correm paralelas sem se misturar, ao longo de mais de 6 km. Isso se deve às diferenças de temperatura e densidade daquelas águas.

A visita a bordo de barcos costuma ser combinada com navegações em igarapés e os passeios podem ser adquiridos em agências de turismo de Manaus.

Em Belém, não deixe de visitar o centro histórico, o setor mais antigo da cidade.


Theatro da Paz, em Belém, capital do Pará (foto: Eduardo Vessoni)

O Theatro da Paz, em Belém, também merece uma visita. O local foi inaugurado em 1878, cujo estilo neoclássico foi inspirado no Scalla, em Milão.

Outros clássicos são a Estação das Docas, um complexo de bares e restaurantes que funciona em antigos armazéns de ferro inglês, em uma área de 32 mil m², em pleno porto de Belém; e o Ver-o-Peso, mercado em funcionamento desde 1625. Tombado pelo IPHAN, o local possui boxes e barracas que comercializam carnes, em meio a estruturas de ferro, peixes frescos, além de ervas e frutas amazônicas. 
PRAIAS DE RIO

Neste quesito, Manaus conta com melhor estrutura, com faixas de areia bem perto do centro da cidade.

Endereço preferido dos manauaras, em dias de maré baixa, as praias de rio são a melhor opção para quem quer fugir do calor sufocante da região.

Praia do Tupé (foto: Eduardo Vessoni)

A mais popular é a praia de Ponta Negra, complexo a 13 km do centro, equipado com quadras, bares e restaurantes. Outra opção é a Praia do Tupé, um banco de areia a 34 km de Manaus, em pleno rio Negro. Com acesso apenas por barco, essa é uma alternativa à lotada Ponta Negra.

Quem procura algo mais rústico, em Belém, conta com a Ilha de Cotijuba, a 45 minutos de barco e uma das poucas com praia, próximo à capital do Pará.

O destino, banhado pela Baía do Marajó, abriga faixas de areia ainda pouco exploradas, ao longo de seus 15 km de litoral.


Mais: http://viagemempauta.com.br/2016/11/10/1a-vez-na-amazonia-belem-ou-manaus/

MOTIVOS PARA CONHECER A AMAZÔNIA PARAENSE

O Viageria, uma galeria com inspiração e informação sobre viagens e cultura geral mergulhou na amazônia paraense junto com O Brasil Com S, um projeto de pesquisa e curadoria para estimular o autoconhecimento do Brasil. Desembarcamos em agosto na região de Alter do Chão. No meio do ano, o nível das águas começa a baixar e as praias surgem nas margens dos rios e lagos. Veja alguns motivos que fazem da amazônia paraense um destino perfeito para as férias: 

 1 - O entardecer O entardecer é inesquecível todos os dias. Prepare-se para pintar o álbum da viagem de tons alaranjados. Mas experimente esquecer um pouco as fotos e ficar só contemplando. Vale a pena! Garoto brinca na canoa do pai em uma das margens do rio Arapiuns, na comunidade de Urucureá 
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2 - As pessoas Converse. As pessoas dali têm muito a ensinar sobre viver. Gente que sai para caçar a própria janta, que não dorme sem dar um mergulho no Tapajós, que cuida do barco como quem cuida de uma joia, que sonha ter telhas de barro em casa, que tem como quintal um pedaço da floresta, que cura doença com plantas, que não tem vontade nenhuma de ir embora dali. Nas comunidades ribeirinhas, como Urucureá, Anã, Jamaraquá, Maripá entre muitas outras é fácil encontrar gente simpática e rede pra dormir. E depois de aprender com eles uma boa posição para dormir na rede, você não vai mais querer saber de cama. Pelo menos até o fim da viagem! Mayra Fonseca, do O Brasil Com S conversa com dona Rosângela, moradora da reserva do Jari 
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3 - As praias A combinação do rio com a floresta cria praias exuberantes, que duram alguns meses por ano. Na região de Alter do Chão, as praias começam a surgir entre Julho e Agosto, tendo seu auge em outubro. Em janeiro, as chuvas voltam a cair com mais força e os rios começam a se encher novamente, transformando a paisagem. Na Ponta do Cururu, silêncio absoluto até que o ruído forte dos macacos Guariba ecoaram da floresta O jornal britânico "The Guardian" elegeu a praia de Alter como a mais bonita do Brasil e uma das mais bonitas do mundo, desbancando até Fernando de Noronha na lista. É pouco? Sim. Não é só a praia de Alter, chamada Praia do Amor que merece esse título. Várias praias dos rios Arapiuns, Amazonas e Tapajós, como a deserta Ponta do Cururu e a praia do Pindobal, merecem todos os títulos de praias mais bonitas do mundo. Praias da região de Alter: em agosto, a praia ainda é “curta” como nesta foto; em outubro, a faixa de areia é mais extensa 
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4 - A gastronomia paraense A gastronomia paraense tem sabores extremamente originais, como o Tucupi, líquido extraído da raiz da mandioca; o Jambu, uma planta que faz a língua tremer, conhecida por ser um elemento único e inigualável na gastronomia mundial; os azeites de palmeiras amazônicas, como patauá, pupunha e buriti; os saborosíssimos peixes dos rios amazônicos, como pirarucu e tucunaré e vários outros elementos. Com tantos ingredientes únicos, surgiram pratos típicos singulares, como Pato no Tucupi, Tacacá, Caruru, Maniçoba e o Vatapá paraense. 
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Charutinho frito de um lado, vatapá paraense com jambu, do outro Na foto da esquerda, Charutinhos fritos. Todo mês de Novembro tem o Festival do Charutinho em Ponta de Pedras, comunidade que tem uma praia linda, perto de Santarém e Alter do Chão. 

Na foto da direita, o vatapá da Portinha, um lugar perfeito para provar os sabores paraenses na capital do estado, Belém. É literalmente uma portinha, as pessoas se acomodam como podem para comer, na rua e na calçada. Uma ótima experiência gastronômica em que o conforto é coadjuvante. 

 Não é difícil chegar na região de Alter do Chão: em Santarém, cidade aonde está situado o aeroporto mais próximo, chegam voos de diversas cidades do Brasil. São só 45 minutos de carro até Alter (também é possível fazer o trajeto de ônibus público). A pequena cidade conta com uma estrutura de pousadas e restaurantes, e lá mesmo no píer da praça principal dá para negociar bons passeios com os barqueiros locais.

Fonte / Fotos: viagem.catracalivre.com.br

PARQUE DA RESIDÊNCIA: ANTIGA RESIDÊNCIA DOS GOVERNADORES

A antiga residência oficial dos governadores paraenses é um exemplo das belezas arquitetônicas encontradas na cidade das magueiras. Erguido no início do século passado, e instalado em terreno localizado na antiga avenida Independência, o palacete residencial é em estilo eclético - recursos do neoclássico misturados a outros elementos estilísticos e decorativos.
Uma curiosidade é o fato de que o palacete foi alugado ao Estado para ser utilizado como residência dos governadores Enéas Martins e Lauro Sodré. Mas, oficialmente, em 1933, o primeiro inquilino a morar foi o interventor federal Magalhães Barata, quando o terreno foi adquirido pelo Estado para ser a Residência Oficial do Governador do Pará.

Com o passar dos anos, foram acrescidos à residência alguns elementos como o extenso gradil pertencente ao antigo reservatório Paes de Carvalho, um trabalho em 'art nouveau' da firma inglesa Walter Macfarlane; e o pavilhão Frederico Rhossard (homenagem ao jornalista e poeta paraense), de procedência européia, e que fazia parte do conjunto da Praça da República.
O conjunto histórico sobreviveu até 1981 quando foi tombado pelo Estado e desativado como residência oficial do governador, em 1992. Em 1995, o núcleo de arquitetos da Secult, coordenado pelo secretário de Cultura, arquiteto Paulo Chaves Fernandes, iniciou a elaboração do projeto de restauro e revitalização daquele patrimônio. Foi patrocinado pelo Governo do Pará, via Secult, em parceria com o Ministério da Cultura/Mecenato, Embratel, Banco Real e Agropalma, e passou a ser denominado Parque da Residência. A inauguração ocorreu em 1998.


No projeto, o palacete recebeu minuciosa restauração. Foram recuperadas as linhas arquitetônicas originais, assim como as peças de sua decoração que conseguiram resistir ao tempo: lustres de cristal, mobiliário, entre outros. Também foi revitalizado o busto "Clair de Lune", peça de petit bronze, que estava relegada à condição de ferro velho no depósito do palacete residencial. A peça foi restaurada por Fernando Luiz Pessoa e está exposta no interior do palacete. O brasão das armas do Estado também embeleza a fachada do Parque. Hoje o palacete abriga a sede da Secretaria Executiva de Cultura (Secult), responsável pela administração do local.
Para o jardim foram criados vários ambientes, a começar pelo orquidário, logo na entrada pela avenida Magalhães Barata. Feito em parceria com a Associação dos Orquidófilos e a antiga Faculdade de Ciências Agrárias do Pará (Fcap), atual Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), o orquidário expõe espécies existentes na flora pan-amazônica, cultivadas no viveiro criado na UFRA, especialmente para atender o Parque.
Ao lado do orquidário, o pavilhão Frederico Rhossard é utilizado para lançamento de livros, apresentação de bandas de música e outros eventos do gênero. Em seguida, encontra-se um espaço com fonte e chafariz, flanqueado por bancos, a Praça das Águas. Sentado ao banco, uma surpresa: a estátua de Ruy Barata, um dosilustres representantes da poesia e literatura paraenses. A criação e execução foi do artista plástico e arquiteto Luiz Fernando Pessoa, dando ao lugar o nome de Canto do Paranatinga, uma referência a um dos sobrenomes do poeta.
Seguindo o rumo da Alameda das Icamiabas, que corta o parque em toda a sua extensão, mostrando detalhes de desenhos indígenas, chegamos ao Restô do Parque, que funciona para almoço, com buffet a quilo internacional, e jantar, com cardápio à la carte, com destaque a pratos típicos da região.
Mais adiante, outra praça, desta vez a Praça do Trem, onde está localizado um velho vagão da finada Estrada de Ferro Belém-Bragança. Foi restaurado e virou a Sorveteria Vagão onde são servidos os especialíssimos sabores da Amazônia ­ frutas como cupuaçu, murici, graviola e bacuri.
Na diagonal do vagão está o anfiteatro para apresentações ao ar livre. E, no final da alameda, a Estação Gasômetro, antiga estrutura de ferro inglesa, que pertenceu à Companhia de Gás do Pará. Agora, é um teatro com capacidade para 400 pessoas, onde são apresentados espetáculos de música e artes cênicas. Nas laterais do teatro, o público tem acesso à lojinha de artesanato e produtos culturais, tais como livros e revistas, ao Café da Luz e à Subestação dos Frios.
Nas proximidades da loja mais uma das relíquias que compõem a história dos paraenses: o antigo cadillac oficial do governo do Estado, adquirido pelo governador Magalhães Barata, na década de 50, sendo o único modelo daquele ano existente no Brasil.
Além de representar um belo e agradável local para passeios, o Parque da Residência é parte integrante do resgate da memória cultural paraense. Vale a pena conferir.
Serviço - O Parque da Residência fica na Av. Magalhães Barata, 830 (entrada principal), entre as Travessas 3 de Maio e Castelo Branco. Há também outra entrada pela Trav. 3 de Maio. Fone: (91) 3219-1221. Funciona de terça a domingo, sempre das 9 às 23 horas. Entrada franca.

O Restô do Parque funciona das 11h45min às 15h30, para o almoço e quando não há eventos, das 20 horas às 11h30, para o jantar. Fone: (91) 3229-8000. A Sorveteria Vagão funciona das 9 às 23 horas. A Butique Empório das Artes funciona das 9 às 18 horas. Fone:(91) 3219-1211.

Texto: souparaense.com

SÃO FÉLIX DO XINGU É ÓTIMA OPÇÃO DE LAZER NAS FÉRIAS


Considerado um dos locais mais belos da região sudeste do Pará, a praia do Porco, banhada pelos encontros dos rios Fresco e Xingu, no município de São Felix do Xingu, fica distante cerca de 1.147 km da capital do estado, Belém. Todos os anos, durante o mês de julho, o balneário reuni mais de 50 mil veranistas. Gente de localidades vizinhas, de estados próximos e até de outros países. 

Com águas claras e areias límpidas, o rio Xingu, onde fica a praia do Porco, é uma ótima opção para os turistas que apreciam uma boa pescaria e a prática de esportes náuticos, como, por exemplo, a canoagem.

Como se não bastasse a beleza única da praia, nos arredores existe ainda cerca de 15 belas ilhas que podem ser visitadas por veranistas que curtem acampar. Entre as ilhas mais conhecidas estão a do Remansinho, Xadá, Maçonaria e a dos Guidos. Algumas distantes apenas 5 minutos de barco da cidade. As mais afastadas levam em torno de 30 minutos para chegar. As belezas paradisíaca das ilhas são um belo atrativo aos olhares dos visitantes mais atentos.

Como chegar?

Partindo da capital Belém, o acesso ao município de São Félix do Xingu é pela rodovia estadual PA–150, seguindo até Marabá e Xinguara. De lá, o percurso continua por outra rodovia: a PA-279, até o município de São Félix do Xingu. A rodovia está em boas condições de trafegabilidade. O percurso pode ser feito também por via área. Chegando ao município, o turista conta com estacionamento público, cedido pela prefeitura. Da cidade, os turistas podem seguir para as praias mais próximas de barco ou voadeira.


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MOSQUEIRO OFERECE ROTAS ALTERNATIVAS DE LAZER PARA O VERÃO

A ilha de Mosqueiro é uma das opções mais procuradas pelos paraenses que querem fugir de Belém durante o mês de veraneio. Com belas praias e baixo custo, devido à proximidade da capital, cerca de 300 mil visitantes devem passar pela bucólica durante o mês de julho, de acordo com a Agência Distrital de Mosqueiro. Mas, para quem quer desfrutar da ilha e, ainda assim, fugir da agitação e curtir o sossego há rotas alternativas que são um verdadeiro paraíso.
 
Localizada a 70 km da capital paraense, Mosqueiro possui uma área de aproximadamente 212 quilômetros quadrados e 15 praias de água doce. Para quem procura por descanso, duas praias estão entre as opções: Baía do Sol, considerada um local pacato por quem frequenta ou vive ali, e mais adiante está a praia do São Francisco, considerada um ambiente familiar.
Mosqueiro também conta com excelentes igarapés. Uma das opções é o Balneário Igaracoco, próximo da Praia São Francisco. O local é um ponto frequentado por quem procura água natural represada para banho, e foge da agitação, como afirma a microempreendedora, Patrícia Santos, de 31 anos. “Venho aqui sempre que posso, porque quando a gente traz criança, a atenção é redobrada. Eu considero o balneário um excelente local para curtir sem se preocupar. Aqui a gente toma banho em água geladinha, pega um solzinho, come bem, e ainda curte uma música ambiente”, conta Patrícia.
Para quem pretende “cair na estrada”, neste sábado, 16, em direção à ilha de Mosqueiro, uma das opções de transporte até o local é o ônibus urbano, que parte do terminal rodoviário de Belém - na Av. Almirante Barroso, entre Av. Gov. José Malcher e Tv. da Praça Araújo Martins, em São Brás – até o terminal rodoviário da ilha. Para atender a grande demanda da população, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) também reforçou a frota de ônibus até o local com 22 veículos extras. A tarifa cobrada é de R$ 4,35 e a meia-passagem custa R$ 2,15, sendo aceitas todas as gratuidades previstas em lei.
Já para aqueles que optarem por fazer o trajeto de carro, a ilha conta com algumas opções de pit-stop para aproveitar durante o caminho. Uma boa opção pode ser a compra do tradicional camarão fresco à beira da estrada – que na companhia de um açaí, é a pedida perfeita. Um dos mais antigos vendedores do local é José Mario Salomão, de 52 anos, seu ponto de venda fica logo após a ponte (sentido Belém - Mosqueiro).
“Aqui tem tudo no gostinho do freguês. Tem camarão fresco, siri, mariscos, peixe, tudo o que o cliente pedir, a gente tem ou indica pro amigo ao lado”, afirmou o vendedor, que há mais de 20 anos trabalha no local. “A gente sempre espera o movimento de clientes aumentar aos finais de semana, mesmo sendo Julho tem gente que só consegue uma folga nesses dias. E eu tô aqui, pronto para abastecer o isopor dos veranistas de comida boa”.
E quem quiser chegar à ilha já com os ingredientes para fazer aquele prato típico especial, ainda no caminho para Mosqueiro encontrará pontos de venda de tucupi. A vendedora Rute Gonçalves, de 35 anos, diz que independente do período do ano, o espaço sempre tem uma circulação muito grande de pessoas, por isso, ela consegue manter as despesas da casa com o que ganha da venda de bebidas, queijos, salgados e do tucupi.
“Eu fiz um curso pelo Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano), e desde então, abri meus olhos para os negócios. Vi que este local, onde já vivo há mais de 15 anos, seria muito bom para tirar meu sustento, foi então que eu resolvi tentar, e deu certo”, afirma Rute.
O engenheiro Vandernailen Magalhães, de 67 anos, é um freguês assíduo dos produtos vendidos por Rute, ele reside em Belém, mas toda semana faz o trajeto para Mosqueiro a trabalho. “Toda vez que passo por aqui, eu preciso parar e garantir meu caldo de pimenta”, relata o engenheiro, que ainda ressalta que “a gente confia tanto nessas pessoas que estão aqui diariamente trabalhando, que criamos até vínculos de amizade”.
Texto: Karla Pereira
Foto: Eliza Forte 
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS Belém/Pa)

ILHAS DE BELÉM - COTIJUBA

Os primeiros habitantes da Ilha de Cotijuba foram os índios Tupinambás, que a batizaram com este nome. Em tupi, Cotijuba significa "trilha dourada", talvez uma alusão às muitas falésias que expõem a argila amarelada que compõe o solo da ilha. A integração da ilha à cidade de Belém se iniciou em 1784, com a comercialização do arroz cultivado no Engenho Fazendinha. Com a desativação do engenho, a ilha passou a ser habitada, também, por famílias caboclas que sobreviviam do extrativismo.

Em 1933, quando a criminalidade infanto-juvenil em Belém atingiu índices alarmantes por conta da estagnação econômica regional, após o declínio do Ciclo da Borracha, foi inaugurado, na ilha, o Educandário Nogueira de Faria, construído para abrigar menores infratores. Durante a ditadura militar, as instalações do educandário também abrigaram presos políticos. Em 1945, imigrantes japoneses chegaram à ilha, ensinaram técnicas agrícolas aos educandos e, em 1951, fundaram a Cooperativa Mista de Cotijuda Ltda, em parceria com os agricultores locais.
Em 1968, foi construída uma penitenciária na ilha e, por algum tempo, educandário e presídio coexistiram. Porém, logo o educandário foi extinto e a ilha se transformou em ilha-presídio, recolhendo condenados e presos políticos, adultos e menores, com um sistema penal violento e arbitrário. Os menores e os presidiários construíram o sistema viário que se mantém pouco modificado até os dias atuais. Em 1977, com a inauguração da Penitenciária Estadual de Fernando de Guilhon, em Americano, a Colônia Penal de Cotijuba foi, definitivamente, desativada.

O estigma de ilha-presídio povoou o imaginário da sociedade paraense, mantendo-a à distância. A Constituição Brasileira de 1988 transferiu Cotijuba ao domínio municipal de Belém, quando houve o despertamento do interesse de veranistas atraídos pela riqueza da sua biodiversidade e pela sua proximidade da capital paraense. Em 1990, através de Lei Municipal, a Ilha de Cotijuba foi transformada em Área de Proteção Ambiental, fato que obriga a preservação das suas ricas fauna e flora e proibe a circulação de veículos motorizados, exceto os de segurança e saúde. Segundo os moradores de Cotijuba, em 2005, faleceu o último "preso" da ilha e, com ele, foi enterrado todo o sofrimento que já existiu por ali. Hoje, Cotijuba é um patrimônio a ser visitado, preservado e valorizado pela humanidade. É uma ilha cheia de Amazônia e de Amazônidas.

Praias de Cotijuba

A Ilha de Cotijuba possui quinze quilômetros de litoral e suas praias são pouco exploradas. As praias que são banhadas pela Baía do Marajó (ficam de frente para a Ilha de Marajó) são as preferidas para banho. A mais famosa é a Praia do Vai-quem-quer, por ser a maior e ser pouco freqüentada. O Vai-quem-quer fica a 9 quilômetros do porto da ilha e possui infraestrutura simples, com pousadas rústicas e bares que servem comida caseira. A Praia do Farol, ideal para família com crianças, é a que possui a maior estrutura para hospedagem de turistas, com um total de oito pousadas e mais de oitenta suites (com ventilador, com ventilador e TV, com ar condicionado, TV e frigobar, etc). No Farol, há diferentes tipos de bares e restaurentes, com músicas também variadas: saudade, pagode, forró e bregga. Nos feriados prolongados, há programação nas pousadas e na praia com música ao vivo, baile de saudade, luau, etc.


Caso o visitante queira mais tranqüilidade, a 15 minutos de caminhada do Farol estão as desertas praias do Amor e da Saudade. A Praia Funda é formada por uma linda enseada e é pouco freqüentada. Seu nome se deve ao fato de possuir um terreno íngreme, que torna a praia profunda a poucos passos da beira. As outras praias que ficam de frente para a Baía do Marajó são a Praia da Pedra Branca e Flexeira. As outras praias conhecidas da ilha são a do Cravo e do Cemitério.



PRAIA DO CACHIMBO É PARAÍSO DE SURFISTAS, EM MOSQUEIRO

A Ilha de Mosqueiro atrai milhares de turistas todos os anos durante o verão. O motivo? Além de ser vizinho da capital paraense, o balneário tem belas praias de água doce com aparência de mar devido ao agito das ondas. E é justamente pelo movimento constante das águas que a praia do Cachimbo se tornou um local de bastante procurado, especialmente pelos surfistas.
É o caso de Luciano, nascido e criado em Mosqueiro. Desde criança, ele frequentava as praias da ilha. Aos 15 anos, veio a paixão pelo surf, depois de ganhar a primeira prancha de um amigo. Com 12 troféus a tira colo, o mais recente é o de campeão paraense de surf. O local escolhido para treinar? A praia do Cachimbo.

Os anos na água trouxeram amizades. Surfistas amadores vêm de Belém só para curtir as ondas. O ponto de encontro é a casa de Luciano, no Farol. Com as pranchas no carro, o destino é a praia. O percurso é feito pela beira mar. Chegando no fim da linha para os carros, o caminho é feito a pé e bem curto.
O paraíso frequentado por poucos. Logo cedo, com a maré calma, o momento é ideal para a prática de “stand up padle”.
Oficialmente, a praia é registrada na prefeitura como Caruara, mas até 2004 não havia nenhuma identificação. Fabrício, morador da praia da Marahu e também surfista, conta que junto com um amigo foi o responsável pelo nome dado à praia do Cachimbo e, inclusive, pela confecção da placa de boas vindas.
Por enquanto, o paraíso é quase exclusivo dos surfistas. Mas, quando os veranistas conhecerem, será só questão de tempo para se renderem aos encantos do balneário.

Fonte: É do Pará
 
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