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A BELEZA DA AMAZÔNIA EM SUAS MAIS DIFERENTES FORMAS E PARA TODO TIPO DE TURISTA

Para os que buscam interação total com a natureza uma ótima opção é um cruzeiro pelos rios da Amazônia, onde o turista pode navegar pelos rios Negro que é o mais extenso rio de águas negras do mundo, Solimões que é a mais importante fonte de alimentos, transporte, pesquisas científicas e lazer no norte do país e Tapajós que nasce no Mato Grosso e deságua no rio Amazonas. Optar por esse roteiro é a certeza de ver o encontro entre os rios Negro e Solimões, uma visão única.

Para os que preferem terra firme, conhecer a cidade de Belém e seus atrativos históricos é uma ótima pedida, além de fazer compras, curtir a noite agitada de bares e restaurantes é possível visitar monumentos, parques e museus, como o Theatro da Paz, o Museu Paraense Emílio Goeldi e o mercado Ver-o-Peso, conhecido internacionalmente por sua arquitetura e diversidade de produtos.
Já na Fazenda Tradicional da Ilha do Marajó o visitante apreciará a culinária local que conta com muita carne de búfalo, peixes, frutas exóticas e especiarias que dão o toque final aos pratos típicos. Para os apreciadores de ecoturismo, muitas trilhas podem ser desbravadas no lombo dos búfalos, já que no Pará encontra-se o maior rebanho do país, outra atividade bastante significativa para a economia local.
As cachoeiras são ótimas opções para quem só quer relaxar. A Turismo Consciente tem roteiros exclusivos pela cidade de Presidente Figueiredo, considerado um paraíso devido suas dezenas de cachoeiras, igapós e rios proporciona ao visitante o turismo de aventura e/ou ecológico.
Além destes roteiros, hotéis de selva e interação com comunidades ribeirinhas também são parte dos roteiros oferecidos pela Turismo Consciente. Com todas estas opções, não há mais desculpas para não visitar uma das regiões mais ricas em biodiversidade e cultura sem abdicar do conforto que os grandes centros podem proporcionar e o mais importante, tendo contato com uma das principais florestas do mundo tomando consciência de sua importância para a sobrevivência do planeta.
Fonte: Bio Comunicação Assessoria de Imprensa

AMAZONIA E SEUS ENCANTOS

A Amazônia ou Amazónia é uma região natural da América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical - a Floresta Amazônica (também chamada de Floresta Equatorial da Amazônia ou Hileia Amazônica) - a qual possui 60% de sua cobertura em território brasileiro. A bacia hidrográfica da Amazônia possui muitos afluentes importantes tais como o rio Negro, Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o Amazonas, que passa por outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É considerado o rio mais volumoso do mundo.

No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), em 1966.

É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre do país.

Uma área de seis milhões de hectares no centro de sua bacia hidrográfica, incluindo o Parque Nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000 (com extensão em 2003), Patrimônio da Humanidade.

Duas coisas me impressionam quando se fala da floresta amazônica. Primeiro, a Amazônia brasileira hospeda boa parte da diversidade de flora e fauna do mundo. Segundo, como nós, brasileiros, não sabemos o que fazer com esse patrimônio. O desmatamento continua a taxas elevadas, mesmo que tenham registrado pequeno decréscimo nos últimos anos. A grande contribuição do Brasil para o aquecimento global vem da queima da floresta, emissora de CO2. O problema do desmatamento está vinculado ao tipo de desenvolvimento que se quer levar para essa região. É um vetor de desenvolvimento convencional, baseado numa agropecuária e extrativismo vegetal e mineral predatórios. Desenvolver pecuária bovina é sinônimo de desmatar. Plantar arroz, soja e outros produtos agrícolas é sinônimo de desmatar. Então, qual é a solução para o desenvolvimento da Amazônia? Deixar intacta a floresta e intacto nível de pobreza dos brasileiros residentes por lá? Claro que não. Desenvolvimento é talvez a coisa mais importante que existe na economia. Mas o desenvolvimento tem de ser em bases sustentáveis. Um desenvolvimento sustentável envolve que a atual geração aumente o seu bem-estar, deixando um estoque de capital natural (ou recuros naturais), pelo menos, da mesma magnitude que recebeu.

MOTIVOS PARA CONHECER A AMAZÔNIA PARAENSE

O Viageria, uma galeria com inspiração e informação sobre viagens e cultura geral mergulhou na amazônia paraense junto com O Brasil Com S, um projeto de pesquisa e curadoria para estimular o autoconhecimento do Brasil. Desembarcamos em agosto na região de Alter do Chão. No meio do ano, o nível das águas começa a baixar e as praias surgem nas margens dos rios e lagos. Veja alguns motivos que fazem da amazônia paraense um destino perfeito para as férias: 

 1 - O entardecer O entardecer é inesquecível todos os dias. Prepare-se para pintar o álbum da viagem de tons alaranjados. Mas experimente esquecer um pouco as fotos e ficar só contemplando. Vale a pena! Garoto brinca na canoa do pai em uma das margens do rio Arapiuns, na comunidade de Urucureá 
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2 - As pessoas Converse. As pessoas dali têm muito a ensinar sobre viver. Gente que sai para caçar a própria janta, que não dorme sem dar um mergulho no Tapajós, que cuida do barco como quem cuida de uma joia, que sonha ter telhas de barro em casa, que tem como quintal um pedaço da floresta, que cura doença com plantas, que não tem vontade nenhuma de ir embora dali. Nas comunidades ribeirinhas, como Urucureá, Anã, Jamaraquá, Maripá entre muitas outras é fácil encontrar gente simpática e rede pra dormir. E depois de aprender com eles uma boa posição para dormir na rede, você não vai mais querer saber de cama. Pelo menos até o fim da viagem! Mayra Fonseca, do O Brasil Com S conversa com dona Rosângela, moradora da reserva do Jari 
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3 - As praias A combinação do rio com a floresta cria praias exuberantes, que duram alguns meses por ano. Na região de Alter do Chão, as praias começam a surgir entre Julho e Agosto, tendo seu auge em outubro. Em janeiro, as chuvas voltam a cair com mais força e os rios começam a se encher novamente, transformando a paisagem. Na Ponta do Cururu, silêncio absoluto até que o ruído forte dos macacos Guariba ecoaram da floresta O jornal britânico "The Guardian" elegeu a praia de Alter como a mais bonita do Brasil e uma das mais bonitas do mundo, desbancando até Fernando de Noronha na lista. É pouco? Sim. Não é só a praia de Alter, chamada Praia do Amor que merece esse título. Várias praias dos rios Arapiuns, Amazonas e Tapajós, como a deserta Ponta do Cururu e a praia do Pindobal, merecem todos os títulos de praias mais bonitas do mundo. Praias da região de Alter: em agosto, a praia ainda é “curta” como nesta foto; em outubro, a faixa de areia é mais extensa 
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4 - A gastronomia paraense A gastronomia paraense tem sabores extremamente originais, como o Tucupi, líquido extraído da raiz da mandioca; o Jambu, uma planta que faz a língua tremer, conhecida por ser um elemento único e inigualável na gastronomia mundial; os azeites de palmeiras amazônicas, como patauá, pupunha e buriti; os saborosíssimos peixes dos rios amazônicos, como pirarucu e tucunaré e vários outros elementos. Com tantos ingredientes únicos, surgiram pratos típicos singulares, como Pato no Tucupi, Tacacá, Caruru, Maniçoba e o Vatapá paraense. 
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Charutinho frito de um lado, vatapá paraense com jambu, do outro Na foto da esquerda, Charutinhos fritos. Todo mês de Novembro tem o Festival do Charutinho em Ponta de Pedras, comunidade que tem uma praia linda, perto de Santarém e Alter do Chão. 

Na foto da direita, o vatapá da Portinha, um lugar perfeito para provar os sabores paraenses na capital do estado, Belém. É literalmente uma portinha, as pessoas se acomodam como podem para comer, na rua e na calçada. Uma ótima experiência gastronômica em que o conforto é coadjuvante. 

 Não é difícil chegar na região de Alter do Chão: em Santarém, cidade aonde está situado o aeroporto mais próximo, chegam voos de diversas cidades do Brasil. São só 45 minutos de carro até Alter (também é possível fazer o trajeto de ônibus público). A pequena cidade conta com uma estrutura de pousadas e restaurantes, e lá mesmo no píer da praça principal dá para negociar bons passeios com os barqueiros locais.

Fonte / Fotos: viagem.catracalivre.com.br

BALNEÁRIO ECOLÓGICO BICA


Balneário Ecológico Bica é um paraíso de água mineral, localizado as margens da Alça Viária, Km 33, rodovia que liga a região metropolitana a região das ilhas, baixo Tocantins e sul do Pará, a alguns quilômetros distante de Belém. São 5 piscinas de água mineral comprovada pela Indaiá (empresa paraense), com uma bela variedade de comidas Exóticas e típicas, lugar de natureza abundante propicio a recreação, banho em águas frias, um passeio gostoso que vale a pena, além da proximidade que em poucos minutos você chega. Conheça o paraíso de água mineral. um ambiente familiar ótimo para o lazer de sua família



RESERVA DE MAIANDEUA

Quando pensamos na região norte logo nos vêm à cabeça imagens de floresta e rios. Graças a isso, as praias do norte ainda não foram tomadas pelos turistas e preservam muitos de seus encantos naturais, desfrutados pelos nativos e estrangeiros, que exploram a região muito melhor que os demais brasileiros. Maiandeua é uma ilha no norte do Pará com praias paradisíacas, rios e um lago onde, segundo a lenda, mora uma princesa. A ilha dessa princesa guarda muitas surpresas aos turistas dispostos a caminhar, já que carros não são permitidos ali.
Partindo de Belém, o turista deve tomar um ônibus ou van até Marudá (PA) e, de lá, um barco que levará 40 minutos até Algodoal, a maior vila da ilha. Maiandeua é uma Área de Preservação Ambiental do Governo Federal (APA) e, por isso, os únicos meios de se locomover na região são a pé ou de carroça. Os cavalos podem ser a primeira visão que o turista terá ao desembarcar ali, além de uma longa praia com poucas casas.

Todos os passos na vila de Algodoal são em areia. Não há asfalto e é comum ver cachorros dormindo no meio da rua, menos no horário de pico, depois do pôr do sol. Como é muito caro construir na ilha, as pousadas apresentam uma estrutura bastante semelhante e simples. Foto (Daniel Ribeiro/UOL)
Porto de Algodoal, na ilha de Maiandeua, no fim da tarde

Na frente da vila de Algodoal fica a praia da Caixa D'água. Pouco depois do pôr do sol, barracas de bebidas e lanches são montadas na areia e os bares e pousadas de frente para o mar começam a tocar música em alto (muito alto) e bom som. Pelo menos durante a alta temporada, o reggae domina a região e não se ouve muito brega ou technomelody, ritmos populares no norte. O carimbó é popular, mas é preciso procurar. Os nativos saberão indicar onde o turista pode ouvir música local a cada dia.
A maior e mais preservada beleza da ilha é a praia da Princesa, que é deserta. O trecho anterior é conhecido como praia da Princesinha, onde os turistas passam o dia. Apesar de desabitada, ela é contornada por bares. Para chegar ali, o turista caminha de Algodoal até o fim da vila e, se a maré estiver alta, paga a um canoeiro para atravessar um canal.
Quando a maré está baixa dá para atravessá-lo com a água na altura do joelho. Outra maneira é ir de carroça, mas é caro e pouco confortável. Do canal o visitante ainda caminhará por mais 15 minutos até chegar aos bares, quando terá a árdua tarefa de escolher um deles para passar a tarde alternando mergulhos, drinques e petiscos.
praiademaruda.blogspot.com.br/
Dali em diante começa a praia da Princesa, vazia e tranquila. A faixa de areia é larga e, quando a maré baixa, piscinas naturais se formam ao longo de seus 14 quilômetros. Nas áreas mais isoladas ainda há ocorrência de desova de tartarugas e os peixes são abundantes no mar. É comum mergulhar ao lado de cardumes.

Saindo da praia da Princesa por uma trilha de dois quilômetros de areia fofa e dunas, o turista chega ao Lago da Princesa, de água escura e propícia para banho, também conhecido como lago de Coca-Cola. Uma lenda local conta que, nas noites de lua cheia, uma princesa aparece sobre as águas vestida de branco e aquele que ousar olhar em seus olhos é seduzido e levado para o fundo do lago. Ele fica entre dunas de areia, com vegetação em volta, e a temperatura agradável da água, assim como a paisagem exótica, atraem muitos banhistas que preferem a água doce. Na margem do lago, durante a alta temporada, há dois bares que servem refeições, mas na praia há mais variedade.(Daniel Ribeiro/UOL)
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Piscinas naturais se formam na Praia da Princesa quando a maré baixa.

Há opções boas e muito baratas para comer na ilha. Os restaurantes e mesmo as refeições são simples, mas muito saborosas. Os peixes mais populares são a pescada e o gó, mais salgado, além de camarão e siri. Os pratos típicos do norte, como vatapá, tacacá e maniçoba são muito oferecidos. Leve dinheiro em espécie, apenas alguns bares e restaurantes aceitam cartões de débito e crédito.
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Do outro lado da ilha fica a vila de Fortalezinha, com estrutura turística precária - apenas duas pousadas e praias de mangue. Só os turistas mais aventureiros se arriscam a chegar ali por uma trilha de 11 quilômetros pelo meio da ilha.

Como chegar:
Apesar de pertencer à cidade de Maracanã (PA), o melhor acesso para Algodoal é a partir de Marudá (PA), a 182 km de Belém. Do terminal rodoviário de Belém saem ônibus regulares e vans, que custam mais caro, mas são mais rápidas, pois param em menos cidades. Do porto de Marudá saem barcos até às 17h. Chegando em Algodoal, o turista pode seguir de carroça ou a pé.

ILHAS DE BELÉM - COTIJUBA

Os primeiros habitantes da Ilha de Cotijuba foram os índios Tupinambás, que a batizaram com este nome. Em tupi, Cotijuba significa "trilha dourada", talvez uma alusão às muitas falésias que expõem a argila amarelada que compõe o solo da ilha. A integração da ilha à cidade de Belém se iniciou em 1784, com a comercialização do arroz cultivado no Engenho Fazendinha. Com a desativação do engenho, a ilha passou a ser habitada, também, por famílias caboclas que sobreviviam do extrativismo.

Em 1933, quando a criminalidade infanto-juvenil em Belém atingiu índices alarmantes por conta da estagnação econômica regional, após o declínio do Ciclo da Borracha, foi inaugurado, na ilha, o Educandário Nogueira de Faria, construído para abrigar menores infratores. Durante a ditadura militar, as instalações do educandário também abrigaram presos políticos. Em 1945, imigrantes japoneses chegaram à ilha, ensinaram técnicas agrícolas aos educandos e, em 1951, fundaram a Cooperativa Mista de Cotijuda Ltda, em parceria com os agricultores locais.
Em 1968, foi construída uma penitenciária na ilha e, por algum tempo, educandário e presídio coexistiram. Porém, logo o educandário foi extinto e a ilha se transformou em ilha-presídio, recolhendo condenados e presos políticos, adultos e menores, com um sistema penal violento e arbitrário. Os menores e os presidiários construíram o sistema viário que se mantém pouco modificado até os dias atuais. Em 1977, com a inauguração da Penitenciária Estadual de Fernando de Guilhon, em Americano, a Colônia Penal de Cotijuba foi, definitivamente, desativada.

O estigma de ilha-presídio povoou o imaginário da sociedade paraense, mantendo-a à distância. A Constituição Brasileira de 1988 transferiu Cotijuba ao domínio municipal de Belém, quando houve o despertamento do interesse de veranistas atraídos pela riqueza da sua biodiversidade e pela sua proximidade da capital paraense. Em 1990, através de Lei Municipal, a Ilha de Cotijuba foi transformada em Área de Proteção Ambiental, fato que obriga a preservação das suas ricas fauna e flora e proibe a circulação de veículos motorizados, exceto os de segurança e saúde. Segundo os moradores de Cotijuba, em 2005, faleceu o último "preso" da ilha e, com ele, foi enterrado todo o sofrimento que já existiu por ali. Hoje, Cotijuba é um patrimônio a ser visitado, preservado e valorizado pela humanidade. É uma ilha cheia de Amazônia e de Amazônidas.

Praias de Cotijuba

A Ilha de Cotijuba possui quinze quilômetros de litoral e suas praias são pouco exploradas. As praias que são banhadas pela Baía do Marajó (ficam de frente para a Ilha de Marajó) são as preferidas para banho. A mais famosa é a Praia do Vai-quem-quer, por ser a maior e ser pouco freqüentada. O Vai-quem-quer fica a 9 quilômetros do porto da ilha e possui infraestrutura simples, com pousadas rústicas e bares que servem comida caseira. A Praia do Farol, ideal para família com crianças, é a que possui a maior estrutura para hospedagem de turistas, com um total de oito pousadas e mais de oitenta suites (com ventilador, com ventilador e TV, com ar condicionado, TV e frigobar, etc). No Farol, há diferentes tipos de bares e restaurentes, com músicas também variadas: saudade, pagode, forró e bregga. Nos feriados prolongados, há programação nas pousadas e na praia com música ao vivo, baile de saudade, luau, etc.


Caso o visitante queira mais tranqüilidade, a 15 minutos de caminhada do Farol estão as desertas praias do Amor e da Saudade. A Praia Funda é formada por uma linda enseada e é pouco freqüentada. Seu nome se deve ao fato de possuir um terreno íngreme, que torna a praia profunda a poucos passos da beira. As outras praias que ficam de frente para a Baía do Marajó são a Praia da Pedra Branca e Flexeira. As outras praias conhecidas da ilha são a do Cravo e do Cemitério.



PRAIA DO CACHIMBO É PARAÍSO DE SURFISTAS, EM MOSQUEIRO

A Ilha de Mosqueiro atrai milhares de turistas todos os anos durante o verão. O motivo? Além de ser vizinho da capital paraense, o balneário tem belas praias de água doce com aparência de mar devido ao agito das ondas. E é justamente pelo movimento constante das águas que a praia do Cachimbo se tornou um local de bastante procurado, especialmente pelos surfistas.
É o caso de Luciano, nascido e criado em Mosqueiro. Desde criança, ele frequentava as praias da ilha. Aos 15 anos, veio a paixão pelo surf, depois de ganhar a primeira prancha de um amigo. Com 12 troféus a tira colo, o mais recente é o de campeão paraense de surf. O local escolhido para treinar? A praia do Cachimbo.

Os anos na água trouxeram amizades. Surfistas amadores vêm de Belém só para curtir as ondas. O ponto de encontro é a casa de Luciano, no Farol. Com as pranchas no carro, o destino é a praia. O percurso é feito pela beira mar. Chegando no fim da linha para os carros, o caminho é feito a pé e bem curto.
O paraíso frequentado por poucos. Logo cedo, com a maré calma, o momento é ideal para a prática de “stand up padle”.
Oficialmente, a praia é registrada na prefeitura como Caruara, mas até 2004 não havia nenhuma identificação. Fabrício, morador da praia da Marahu e também surfista, conta que junto com um amigo foi o responsável pelo nome dado à praia do Cachimbo e, inclusive, pela confecção da placa de boas vindas.
Por enquanto, o paraíso é quase exclusivo dos surfistas. Mas, quando os veranistas conhecerem, será só questão de tempo para se renderem aos encantos do balneário.

Fonte: É do Pará

RUÍNAS DO ANTIGO PRESÍDIO DE COTIJUBA, ATRATIVO HISTÓRICO TURÍSTICO NO PARÁ !!!

Ruínas do Antigo Presídio de Cotijuba, Atrativo Histórico Turístico no Pará !!! "Em 1933, quando a criminalidade infanto-juvenil em Belém atingiu índices alarmantes por conta da estagnação econômica regional, após o declínio do Ciclo da Borracha, foi inaugurado na Ilha o Educandário Nogueira de Faria, construído para abrigar menores infratores". 

Durante a ditadura militar, as instalações do educandário também abrigaram presos políticos. Em 1945, imigrantes japoneses chegaram à ilha, ensinaram técnicas agrícolas aos educandos e, em 1951, fundaram a Cooperativa Mista de Cotijuba Ltda, em parceria com os agricultores locais. 

Em 1968, foi construída uma penitenciária na Ilha e, por algum tempo, educandário e presídio coexistiram. Porém, logo o educandário foi extinto e a ilha se transformou em ilha-presídio, recolhendo condenados e presos políticos, adultos e menores, com um sistema penal violento e arbitrário. Os menores e os presidiários construíram o sistema viário que se mantém pouco modificado até os dias atuais. Em 1977, com a inauguração da Penitenciária Estadual de Fernando de Guilhon, em Americano, a Colônia Penal de Cotijuba foi DESATIVADA para sempre!!! O estigma de ilha-presídio povoou o imaginário da sociedade paraense, mantendo a Ilha como amaldiçoada. A Constituição Brasileira de 1988, transferiu Cotijuba ao domínio municipal de Belém, quando houve o despertamento do interesse de veranistas atraídos pela riqueza da sua biodiversidade e pela sua proximidade da capital paraense.

Fonte: Via Amazônia

COTIJUBA

Ilha de Cotijuba possui quinze quilômetros de litoral e suas praias são pouco exploradas. As praias que são banhadas pela Baía do Marajó (ficam de frente para a Ilha de Marajó) são as preferidas para banho.
A mais famosa é a Praia do Vai-quem-quer, por ser a maior e ser pouco freqüentada. O Vai-quem-quer fica a 9 quilômetros do porto da ilha e possui infraestrutura simples, com pousadas rústicas e bares que servem comida caseira.
A Praia do Farol, ideal para família com crianças, é a que possui a maior estrutura para hospedagem de turistas, com um total de oito pousadas e mais de oitenta suites (com ventilador, com ventilador e TV, com ar condicionado, TV e frigobar, etc).
No Farol, há diferentes tipos de bares e restaurentes, com músicas também variadas: saudade, pagode, forró e bregga. Nos feriados prolongados, há programação nas pousadas e na praia com música ao vivo, baile de saudade, luau, etc.
Caso o visitante queira mais tranqüilidade, a 15 minutos de caminhada do Farol estão as desertas praias do Amor e da Saudade.
A Praia Funda é formada por uma linda enseada e é pouco freqüentada. Seu nome se deve ao fato de possuir um terreno íngreme, que torna a praia profunda a poucos passos da beira.
As outras praias que ficam de frente para a Baía do Marajó são a Praia da Pedra Branca e Flexeira.
As outras praias conhecidas da ilha são a do Cravo e do Cemitério.

CARNAPIJÓ

 - A Vila do Carnapijó está distante 14 km por via rodoviária (PA-151) da cidade de Barcarena. O local é de propriedade particular, mas está aberto à visitação pública. A praia que circunda o local, em quase toda a sua extensão, é constituída de pedra e argila. O visitante vai encontrar árvores frutíferas como: mangueiras, coqueiros, taperebazeiros e açaizeiros. A praia é banhada pela baía do Marajó tendo em frente a Ilha das Onças. A vila do Carnapijó provoca grande deslumbramento. No local há um monumento com a imagem de Nossa Senhora do Tempo.
A Ilha de Itambioca, em Barcarena, também possui uma infinidade de praias pouco exploradas, que merecem um passeio especial. 

SOURE

Para quem gosta de aventura, Soure é o lugar perfeito. Para quem prefere a tranqüilidade, Soure também é ideal. Conhecida como a “Pérola do Marajó”, sua extensão territorial é de 3.051 quilômetros quadrados, e fica a 87 quilômetros de Belém. Isso significa cerca de trinta minutos de avião ou quatro horas de barco. Mas todo o esforço vale a pena quando se encontra praias de águas doces e salgadas, campos naturais e uma variedade infinita de fauna.

ARQUIPÉLAGO MARAJOARA

Longe da agitação urbana, com um clima ameno e ventilado, a Ilha de Marajó esconde mistérios que vão além da paisagem. Situada no extremo norte do Brasil entre as cidades de Belém e Macapá, a ilha é cercada pelas águas dos rios Amazonas, Tocantins e pelo oceano Atlântico, o que torna a viagem até a ilha uma extraordinária aventura. 
Marajó é a maior ilha fluviomarinha do mundo e um dos santuários ecológicos mais preservados da Amazônia. Com paisagens exóticas, centenas de praias desertas, pântanos, igarapés e muitos búfalos em toda parte, a ilha faz parte de um arquipélago que compreende 2.500 ilhas e ilhotas espalhadas na foz do rio Amazonas. É um cenário perfeito para quem deseja desvendar um pedaço quase intacto da Amazônia. 
Das proximidades de Belém saem barcos e balsas rumo à ilha. Devido à enorme dimensão da ilha, de aproximadamente 50.000 km2, há muitas cidades além de pequenos vilarejos entre as matas, rios, campos, mangues e igarapés. O lado leste a ilha é coberta por savanas e o lado oeste pelas florestas.
sourenoticias
Salvaterra é o porto de chegada e Soure é considerada como capital por ser onde vive a maior parte da população e onde estão os melhores hotéis e restaurantes. Há outras cidades, como Cachoeira do Arari, Ponta de Pedras, Muaná, São Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Breves, Gurupá, Santa Cruz do Arari, Anajás, Afuá e Chaves, cada uma com seu encanto.

O belo cenário natural da ilha serviu de inspiração para músicos, poetas e cineastas que se encantaram com suas paisagens. É impressionante a extensão de algumas praias, como a Praia do Pesqueiro em Soure que possui muitas dunas e coqueiros sendo a preferida por moradores e turistas. Na maré baixa a faixa de areia até o mar chega a 1 km.

A Praia do Goiabal é onde as garças solitárias pescam à beira-mar. Situada dentro da Fazenda São Jerônimo, o lugar é tão paradisíaco que ali foram gravadas cenas de uma novela. Passando pela Fazenda Araruna, depois de atravessar um rio chega-se à praia de Barra Velha. No caminho desfilam búfalos, garças e guarás.
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A Praia Grande em Salvaterra é uma das mais procuradas durante o verão. Cercada por coqueiros, uma atração do lugar é o farol. Há também as praias Agua Boa e Joanes, também conhecida como Monsarás, que atrai muitos turistas devido às ruínas de uma igreja construída pelos jesuítas no século 17.

Soure e Salvaterra são as cidades mais conhecidas por estarem mais próximas de Belém, mas a Ilha de Marajó oferece muito mais. A ilha é um local excelente para pescar e também é um lugar de muitas emoções para quem gosta de praticar esportes radicais.
O surf na pororoca atrai muitas pessoas para ver ou deslizar sobre as ondas que se formam quando o rio enfrenta o mar. Considerada como um dos maiores espetáculos da natureza, dizem que alguns minutos antes da Pororoca chegar há uma calmaria, um momento de silêncio. As aves se aquietam e até o vento parece parar de soprar.

Quando ela se aproxima com seu barulho ensurdecedor, os caboclos já sabem e rapidamente procuram um lugar seguro como enseadas ou mesmo os pontos mais profundos dos rios para aportar suas embarcações. Se a canoa estiver na "baixa-mar" onde a pororoca bate furiosa e barulhenta, destrói a canoa e leva tudo consigo junto com as árvores das margens do rio.
impressoesamazonicas.wordpress
Formando uma elevação súbita das águas junto à foz, o encontro das correntes contrárias como se fosse um obstáculo que impedisse seu percurso natural, fazem as águas correrem rio a dentro por quase 50 km subindo uma altura de 3 a 6 metros. Dependendo das condições do vento, formam-se ondas perfeitas.
Há várias explicações para o fenômeno, porém a principal consiste na mudança das fases da Lua Nova e da Lua Cheia, principalmente nos equinócios quando o Sol está alinhado ao Equador. O surdo ruído semelhante a um trovão e ouvido a quilômetros de distância, deu origem ao nome Pororoca definido pelos índios da região com a expressão onomatopaica: poroc-poroc...
O fenômeno natural, que conjuga beleza e violência no encontro das águas do mar e do rio, acontece nos estuários rasos de todos rios que desembocam no golfo amazônico, mas principalmente na foz do grandioso e imponente rio Amazonas. Dizem que as ondas mais fortes ocorrem entre setembro e março.
partiuadois.blogspot.com
Entre as ilhas Caviana e Mexiana, há relatos de ondas de até 8 metros de altura. A Ilha Mexiana na foz do rio Amazonas é deserta e um típico local para quem deseja se hospedar no meio da natureza. Ali fica o Marajó Park Resort, único hotel da ilha que oferece diversos passeios de ecoturismo, pesca esportiva e traslado de avião que sai de Belém.
Mexiana está próxima da pacata cidade de Chaves onde há extensas praias desertas. Este é um dos lugares mais lindos do litoral de Marajó. Com suas casas coloridas que se destacam em meio à paisagem, a cidade é um verdadeiro paraíso onde sopra uma brisa suave e onde a pororoca passa com grande força.
No litoral deserto e selvagem de Marajó também ocorre um fenômeno interessante. Durante seis meses, na invernada, as águas do Rio Amazonas invadem os rios formando as praias de água doce de cor amarelada. Mas durante seis meses é a vez do oceano Atlântico penetrar nos rios, formando as praias de água salgada que se torna salobra e esverdeada. Por isso o cenário da ilha nem sempre é o mesmo.
flickr.com
Em Marajó há somente duas estações: verão e inverno. No verão, de junho a dezembro, os campos secam surgindo uma paisagem que parece um deserto. Nessa época pode-se circular em vários pontos da ilha através de estradas, porém sob um calor inclemente. Essa é a época das grandes cavalgadas para apreciar os campos de Marajó.

No inverno, de janeiro a maio, as águas cobrem os campos e tudo fica alagado. É a época das paisagens grandiosas onde tudo é colorido de vários tons de verde que mostra todo o esplendor da Amazônia. Nessa época o clima é mais ameno mas só se chega em alguns lugares usando barcos e canoas.
Devido a essa característica do clima da ilha, as casas situadas nas áreas sujeitas a alagamento são construídas sobre palafitas e ligadas por pontes. Na época da cheia dos rios, onde não há pontes só é possível circular usando barcos.
estradasecaminhos.blogspot
Há cidades e vilarejos que são totalmente flutuantes, tal como Afuá que é conhecida como Veneza Marajoara. Toda a cidade de Afuá é erguida a 1.20 metro do chão. As largas avenidas na verdade são pontes e protegem a cidade na época das cheias do rio que ocorrem a cada 4 anos. 

Devido à característica exótica da cidade, não há carros ou motos na cidade e só é permitida a circulação das bicicletas. Com isso foi criado o bicitaxi, que é feito com duas bicicletas acopladas. Novas versões foram aprimoradas surgindo até a bicilância - uma bicicleta ambulância. Mas esse exotismo só existe em Afuá.
Em uma viagem de barco pelos rios podem ser apreciados os encantos da região com suas trilhas misteriosas que convidam a um passeio inesquecível. A Baia de Marajó concentra uma intensa navegação de barcos grandes e pequenos que seguem para diversos locais da ilha. Um desses lugares Ponta das Pedras, que tem uma bela praia margeada por coqueiros e um calçadão com desenhos marajoaras.
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Bem próximo de Ponta das Pedras está Muaná, uma cidade que conserva uma autêntica essência cultural da amazônia. Perto da orla de Mauná está a Ilha da Pescada e outras duas ilhas paradisíacas e selvagens: a Ilha Palheta e a Ilha do Mandií. Na misteriosa Ilha da Palheta há um palacete e um engenho centenário onde os escravos do século 19 produziam açúcar, álcool e cachaça.

Durante o Festival do Camarão de Muaná os turistas lotam o Camaródromo para assistir as apresentações de várias bandas, mas principalmente para degustar o sabor único da culinária muanense, como o camarão no bafo e as muquecas de camarão ao som dos ritmos de Marajó.
Os ritmos de Marajó são contagiantes e uma das tradições da cultura marajoara é o Carimbó e o Lundu, uma dança autêntica da região cujos passos foram inspirados em manifestações de origem africana e indígena. Com um batuque vibrante, as moças com suas saias amplas e acompanhadas de seus pares promovem um espetáculo de dança chamando todos para a roda do Carimbó.
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Carimbó na língua indígena significa pau ôco, ou seja, um pau que produz som. A dança e o ritmo teve início com os antigos escravos da época colonial, que se divertiam nas fazendas buscando sons nos tambores e instrumentos feitos de material natural da floresta. Com o tempo foram sendo adicionados outros instrumentos ganhando influências do merengue.

Os passeios pelas inúmeras fazendas abertas aos turistas levam ao contato com a natureza. A riqueza da fauna nessa região é inacreditável e as encantadoras revoadas de pássaros constratam com a paisagem. As mais visitadas são: Fazenda Araruna, Fazenda Bom Jesus, Fazenda São Jerônimo, Fazenda Sanjo, Fazenda Camburupy. 

Nas fazendas há trilhas com pontes sobre os manguezais, passeios de canoa, passeios de búfalos, caminhadas, cavalgada na praia, percursos de charrete, banhos nos igarapés, focagem de jacarés e pesca de piranhas. O tipo de passeio é definido pela época dos campos secos ou pelas terras alagadas. 
Também pode-se hospedar em algumas fazendas. Com uma grande variedade de pássaros, é interessante observar os guarás, uma ave típica que tem as penas vermelhas por alimentar-se do crustáceo sarará que contém alto teor de de betacaroteno. Também pode-se ver as magníficas garças azuis que estão em extinção, encontrar macacos, jacarés, bichos-preguiça e é claro, búfalos.

SERRA DAS ANDORINHAS

No decorrer dos levantamentos formou-se a ideia de articular alguma forma de preservar tão importante área. O primeiro passo foi solicitar o tombamento da Serra das Andorinhas pela Secretaria do Estado de Cultura, o que aconteceu em 22 de setembro de 1989. Neste mesmo ano mantivemos contato com o IDESP (Instituto de Desenvolvimento Econômico-Social do Pará) onde apresenta¬mos nossos levantamentos para motivar este instituto a iniciar oficialmente as discussões para a criação do Parque Estadual da Serra das Andorinhas. Em 1995 esta discussão passou a ser feita pela SECTAM (Secre¬taria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Pará). A criação do Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas e a Área de Proteção Ambiental de São Geraldo do Araguaia ocorreram em 25/07/1996.





O cerrado e a floresta amazônica se encontram em São Geraldo do Araguaia, localizado a 680 km de Belém, no sudeste paraense.

O Parque Estadual Serra das Andorinhas fica numa área de 60 mil hectares, onde as chapadas e a vegetação rasteira típica do cerrado se misturam ás árvores frondosas da Amazônia.

Cortando a floresta, o rio Araguaia e mais de quarenta cachoeiras. Os passeios são guiados por moradores locais.

A visita começa pelo igarapé Sucupira. Um braço de rio emoldurado pelos rochas que, de tão belas, parecem esculpidas. Depois, é hora de uma curta caminhada até o circuito das águas.

Encontramos uma cachoeira de três quedas, a preferida das crianças, que se divertem nas piscinas naturais.

No caminho, o visitante de depara com a floresta que é fonte de estudos botânicos e arqueológicos: são mais de duzentas espécies de árvores e de plantas, e cinco mil gravuras rupestres em abrigos e cavernas.

Em São Geraldo, os visitantes podem se hospedar em pequenas pousadas ao longo do rio ou em hotéis da cidade.

De janeiro até maio, quando termina o período de chuvas na Amazônia, o ideal é visitar as cachoeiras. No restante do ano, o turista também aproveita as praias que emergem no Rio Araguaia.

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A Serra das Andorinhas é representada pela formação Morro do Campo. Esta formação encontra-se exposta na área, são rochas quartizíticas com dezenas de metros que apresentam variações petrográficas locais que modificam seus aspectos textuais e mineralógicos permitindo classifica-las como quartzo-mica-xisto, ortoquartzitos maciços, muscovita-quartzitos foliados, de espessura diversas, verificadas ao longo dos extensos paredões que delimitam as serras. Em toda a área observa-se a ocor¬rência de veio de quartzo leitoso e às vezes de bolsões de cristal de rocha. As elevações das serras têm quotas máximas em torno de 600m, apresentam-se sob a forma de cristas e topos aplainados com direção geral NNW. No topo da área de platôs são encontradas estruturas uniformes tidas como formas individuais da dissecação do relevo. O conjunto rochoso apresenta inúmeros abrigos e cavernas que, associados às estruturas uniformes (como portais, janelas, galerias, torres…), dão um aspecto labiríntico à área. (Kern et all, 1992).

A maioria das cavernas da superfície terrestre foi formada principalmente pela ação da água, esse processo resulta no alargamento progressivo das passagens até a formação de uma caverna. A ampliação gradual dessas aberturas dá origem a galerias, salões e abismos, os quais unidos num estágio mais adiantado, funcionam como sistemas coletores das águas descendentes e mesmo da drenagem de superfície. As galerias e vazios servem de coletores e condutores de rios e córregos que passam a compor uma complexa drenagem subterrânea. Estes cursos d’água subterrâneos por sua vez, irão ocasionar um entalhamento da rocha em diversos planos, criando novas galerias laterais ou inferiores e alargando-as em salões.

Todos os agentes de tais aberturas naturais podem ser classificados como agentes geológicos, normalmente, a formação de uma caverna leva alguns milhares de anos. Na área de abrangência do levantamento espeleológico, a rocha encaixante de todas as cavidades da Serra é o quartzito. (Maurity et.all, 1999). Diferenciarmos as atividades espeleológicas por nós desenvolvidas em duas ações principais: a prospecção sistemática e a documentação das cavidades
Prospecção Sistemática/caminhamentos

 Os caminhamentos diários são feitos com grupos de três pessoas caminhando em linhas paralelas em distâncias de 15-20m um do outro, tendo mais atenção nas áreas com drenagens, bordas de platôs, desníveis, afloramentos rochosos e vegetação distinta dos arredores. Os caminhamentos são feitos com uso de GPS Garmin V e são plotados em mapa ao final de cada dia de trabalho, no entanto, entre 1989 e 1998 o grupo não dispunha de GPS, as cavidades foram plotadas nos mapas por aproximação em graus. Os grupos mantêm comunicação visual e também através de apitos ou rádios. Nos terrenos de maior declividade ou com vários níveis de paredões paralelos, o grupo faz duas ou até seis linhas paralelas para que possam ter plena convicção de ter feito uma boa varredura. Ao se encontrar uma cavidade natural por pequena que seja, a mesma é examinada atentamente para estabelecermos se será documentada ou não, levando em consideração os seguintes critérios:

1. Cavidade de qualquer proporção com material arqueológico superficial ou probabilidade de ser sítio arqueológico.

2. Cavidade com boca de no mínimo 10m de largura, mesmo que tenha pequena profundidade.

3. Cavidade com profundidade mínima de 5m e pelo menos 1m de altura do teto.
Na realização dos trabalhos de campo todos os integrantes da equipe usam macacões de mangas compridas, capacetes com iluminadores a baterias, luvas, perneiras e máscaras.

Documentação das cavidades

A documentação de cada cavidade constitui-se em registrar todas as informações possíveis em ficha apropriada, cujo conteúdo apresentamos a seguir:
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CECAV (Centro de Estudos de Cavernas/ IBAMA) no registro no SBE (Sociedade Brasileira de espeleologia), número de registro do GEM, Tipo de cavidade, Gruta, Abrigo acidental, Abrigo sob rocha, Dolina, Fenda; Município, Local, Estado, Coordenadas, Nome e Sigla do documento cartográfico, acesso, fonte de referência, altitude, água mais próxima, fotografia, croqui, ressurgência, unidade Geomorfológica, desenvolvimento, desnível, rocha encaixante, espeleotemas/descrição e localização, vestígios arqueológicos, solo, fauna da cavidade/vertebrados, colônias de morcegos, guano, entomofauna, fauna do entorno da cavidade, flora do entorno da cavidade, conservação, fósseis, descrição da cavidade, uso do solo do entorno, uso do ambiente endógeno e intervenções realizadas, relevância, equipe, Responsável pelo Cadastro, local, dia, mês e ano do preenchimento da ficha e quem a preencheu.

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Quanto ao desenvolvimento, as maiores cavidades da área são: Caverna Serra das Andorinhas com 1.010m, localizada na região SW do Parque, em seguida está a Caverna Catedral na região NW do Parque com 415m. Na seqüência está a Caverna das Araras no extremo norte do Parque com 292m, em seguida vem a Caverna Nobilior na região E do Parque com 261m. A cavidade seguinte é a Caverna Cheiro com 167m, localizada nas nascentes do igarapé Gameleirinha na região NE. Ainda há a Caverna Remanso dos Botos com 125m, localizada no extremo sul do Parque, há também a Caverna Mogno com 116,8m situada no oeste do parque, a Caverna Cachoeira com 116m nas nascentes do Igarapé Gameleirinha.
Finalmente, a Caverna Doida com 100m de desenvolvimento, localizada na região leste do Parque. A grande maioria das cavidades tem pequeno desenvolvimento, com média entre 8 e 20 metros.
Desde 1987 a Casa da Cultura de Marabá vem realizando estudos na serra das Andorinhas em várias áreas do conhecimento, tanto que foram estes estudos que propiciaram a criação do Parque Estadual do Martírios/Andorinhas e APA de São Geraldo do Araguaia em 22 de setembro de 1996.

No início dos estudos, o acesso às áreas era bastante difícil e a única maneira de realizá-los era ficando acampado, o que foi feito no período de 1987 a 1992, pelo projeto Martírios do Araguaia. O trabalho foi coordenado pela Casa da Cultura de Marabá e atuou com voluntários de várias instituições como a USP, UNB, UFPA e do Museu Emílio Goeldi, além de técnicos da Casa da Cultura e do GEM (Grupo Espeleológico de Marabá).

Como naquele tempo não dispúnhamos de GPS, as cavidades geológicas e os sítios arqueológicos eram plotados nos mapas de maneira aproximada, podendo haver erros de localização com centenas de metros! Devido a este problema e também porque na época a documentação das cavidades era bastante simplificada resolvemos colocar em prática o projeto de Recadastramento de Cavidades Espeleológicas no Parque Estadual da Serra dos Martírios/Andorinhas e a área de Preservação Ambiental de São Geraldo do Araguaia-PA, que consta em retornar à todas as cavidades (cavernas, grutas, abrigos e fendas) para
redocumentá-las através de preenchimento de ficha com dados específicos sobre cada cavidade e plotação com GPS de última geração, colocação de placa metálica com a identificação da caverna para que o acesso e encontro destas cavidades seja mais fácil , mesmo porque com a imprecisão dos métodos anteriores, muitas cavidades só estão sendo encontradas porque os relatórios daquele tempo foram preservados e parte delas, só encontramos porque ainda estão em nossa memória.

Desde o início dos trabalhos percebemos o enorme potencial espeleológico da Serra das Andorinhas e hoje com o recadastramento, fica evidente que o potencial é muito maior do que pensávamos! O projeto coordenado pela Casa da Cultura tem a participação de técnicos do NEM (Noé von Atzingen; Bruno dos Santos Scherer; Maria de Jesus Almeida; Clóvis Iarossi; Evaldo Lemos; Michael Franklin Rodrigues e Pablo Vinícius).
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A partir de fevereiro de 2011 realizamos 4 etapas de campo. Trabalhamos nas seguintes áreas: Santa Cruz, Brejo dos Padres, Igarapé Paraíso, Pedra Armada, Agulhas de Pedra, Casa de Pedra e Pedral Igarapé. O projeto prevê que até o final do ano, tenhamos recadastrado todas as cavidades geológicas da Serra das Andorinhas e todas estejam devidamente cadastradas no banco de dados do SBE (Sociedade Brasileira de espeleologia) e do CECAV (Centro de Estudos de Cavernas/ IBAMA).

Nos estudos anteriores tínhamos documentado 550 cavidades geológicas no Parque e APA de São Geraldo do Araguaia. No decorrer do recadastramento descobrimos e documentamos mais de 79 novas cavidades. Com as novas descobertas a quantidade de cavidades na área chega a ser 643! Nesta fase do projeto o interesse maior é o recadastramento das antigas cavidades, e mesmo assim, sempre nos deparamos com outras novas em nossos caminhamentos. Acreditamos que ao final do recadastramento teremos mais de 800 cavernas na Serra das Andorinhas!

Fator muito importante é que cerca de 10% das cavernas estudadas foi moradia de populações pré-históricas, nelas são encontradas gravuras, pinturas rupestres, fragmentos cerâmicos e líticos, o que aumenta ainda mais o valor dos estudos espeleológicos na área.

(agencia para / wikipedia)
 
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