A dança típica das festas juninas é tradição por todo o Brasil. Mas você sabia que a quadrilha não surgiu aqui: De acordo com historiadores, a festividade foi trazida pelos portugueses, no período colonial, e nessa época havia uma grande influência das culturas portuguesa, espanhola e francesa. E foi da França que veio essa dança.
“Os nobres franceses começaram a dançar quadrilha no século 18. E a dança era bem diferente há 400 anos. A quadrilha era dançada em formato de quatro pares, daí o nome ‘quadrille’, um de frente para o outro”, conta a pesquisadora Eleonora Leal.
Quando chegou ao Brasil, o jeito de dançar foi mudando com o passar dos anos. “O que nós dançávamos há um tempo, no século passado, era o que a gente chamava quadrilha junina, que tem a ver com agricultura, com a terra, colheita e é essa dança que chega aqui no Pará”, completa Eleonora.
Quadrilhas do Pará
A quadrilha Alegria Junina, que há 30 anos anima o bairro de São Brás, sempre inova, mas também mantêm traços da tradição.
A quadrilha Alegria Junina, que há 30 anos anima o bairro de São Brás, sempre inova, mas também mantêm traços da tradição.
“A gente mantém passos tradicionais: caminho da roça, dança dos namorados. A gente faz questão de manter”, conta o presidente da quadrilha, Dinosane Martins.
Para levar a quadrilha bonita para as festas de São João, os preparativos começam seis meses antes. No atelier que prepara os figurinos, o trabalho é intenso. “Antes, as roupas eram bem mais simples. Hoje é tudo mais luxuoso.”, conta a aposentada Adalgisa Lobato, que trabalha como costureira da quadrilha, que produz fantasias que custam até mais de R$ 600.
O investimento e o esforço dos quadrilheiros é para encantar o público e conquistar os jurados de concursos durante a quadra junina. A pequena Yasmin, aos dois anos, já sabe o que quer ser quando crescer. “Quero ser miss caipira”, diz.
A quadrilha Explosão Junina, de Val de Cans, é conhecida pelas coreografias diferentes, estilizadas. Eles inserem até passos de balé e danças indígenas. Nos 400 anos da capital, a quadrilha vai lembrar a Belém da Belle Époque.
A quadrilha Explosão Junina, de Val de Cans, é conhecida pelas coreografias diferentes, estilizadas. Eles inserem até passos de balé e danças indígenas. Nos 400 anos da capital, a quadrilha vai lembrar a Belém da Belle Époque.
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