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BELÉM: VER-O-PESO, E DEPOIS VOLTAR

Por: Sérgio Botêlho

Quanto mais próximo você se encontra mais os odores de perfumes e sabores tomam conta do ar. Há um quê de mistério que emana da cidade de Belém, mistério que cresce à medida que o sujeito se aproxima do mercado Ver-o-Peso.

Os cheiros que tomam conta do ar resultam da mistura de perfumes, cachaças, frutas e alimentos típicos do Norte do país, expostos e consumidos em barracas plenas de gente paraense, e de visitantes de todas as partes do mundo.

Patchouli, piprioca e outros perfumes se misturam aos cheiros do açaí, do peixe moqueado, abundante no mercado, do tucupi (e de seus pratos), e de todas as cachaças da região, com marcas inusitadas e singulares.

E, ainda, da castanha do Pará, do cupuaçu, das pimentas, da chicória, da alfavaca, do jambu, do coentro, da bacaba. Parte desses componentes (chicória, alfavaca e jambu) é misturado com tucupi e goma, para formar outra delícia local: o tacacá. Todos esses aromas acabam se misturando no ar, empestando de alegria a atmosfera de Belém.


E atenção: não se pode ir ao Ver-o-Peso sem visitar o artesanato vindo da cidade de Abaetetuba, feito de uma tala extraída do miritizeiro, planta que cresce à margem dos roçados. Do produto são feitos brinquedos, cestas e produtos artesanais diversos.

O fruto do miritizeiro, o miriti, é alimento muito apreciado no Pará, geralmente servido com farinha d’água e açúcar. O miriti também é usado para a fabricação de bebidas como licor, e, até, vinho.

Nas barracas onde são servidos os alimentos regionais, impõem-se as vitaminosas, equipamentos feitos enormes liquidificadores que transformam o fruto do açaí no caldo que a gente conhece hoje em dia, no Brasil.

O açaí, então, é consumido largamente no Ver-o-Peso. É na verdade a peça de resistência da cozinha paraense, consumido com farinha Morena de Cheirode tapioca, grossa ou fina, branca ou amarela, conforme o gosto do freguês. Acompanhado de um peixe moqueado, é o prazer supremo.

O Ver-o-Peso tem na comercialização do peixe, do camarão, dos mariscos, do caranguejo uma das mais tradicionais fontes de negócios locais. O paraense é tradicional consumidor desses frutos de mar e rio.

O mercado, não por coincidência, fica na parte histórica de Belém, à beira do porto, onde atracam as embarcações que atravessam os rios da Amazônia, trocando, vendendo e comprando mercadorias.

Como pano de fundo, a extraordinária Baía do Guajará, encontro da foz do rio Guamá com a foz do rio Acará. Moldura de todos os anos para a procissão fluvial (segundo sábado de outubro) do Sírio de Nazaré (que acontece no dia seguinte).

O Ver-o-Peso tem fama mundial, uma vez que Belém do Grão Pará compôs, em sua história, tradicional roteiro cultural para empresas teatrais do mundo inteiro, com espetáculos internacionais de enorme sucesso.

Assim, acabou incluído entre as candidatos à inclusão em meio a uma das sete maravilhas do Brasil, entre as quais se encontra outro equipamento urbano extraordinário, também de Belém: o Teatro da Paz.

Por tudo isto, é impossível a alguém dizer que conhece o Brasil sem conhecer o Pará, o Sírio de Nazaré, o Teatro da Paz, e o Ver-o-Peso. E, junto a isso tudo, os cheiros da cidade de Belém, que nos faz sentir como que mergulhados num verdadeiro paraíso na Terra.

Fonte: http://www.paraondeir.tur.br/belem-ver-o-peso-e-depois-voltar/

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