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Da argila à sala de estar

Com a qualidade dos produtos certificada, fica mais fácil para as empresas paraenses ganharem o mercado e conquistarem os consumidores mais exigentes. Foi o que aconteceu com a fábrica Cerâmica Vermelha Indústria e Comércio Ltda, localizada no município de Inhangapi, nordeste do Estado. Há um ano e meio, as peças de cerâmica, como tijolos e blocos estruturais, fabricados por lá passam semanalmente pelo controle de qualidade no Laboratório de Cerâmica Vermelha. ‘O laboratório veio nos apoiar de diversas formas para fazermos os ensaios de qualidade dos produtos exigidos pelos compradores e consumidores. Antes, nós tinhamos que enviar lotes de 20 blocos para o Estado do Piauí, que só depois emitia um laudo de qualidade, então, perdiamos tempo e dinheiro. Já com o laboratório aqui, as coisas ficaram mais fáceis e temos menos custo de logística’, explica Thiago Cavalcante, gerente da empresa. Há mais de 15 anos no mercado, a fábrica produz e comercializa os produtos para clientes e empresas de construção civil, tendo obtido duas certificações de qualidade exigidas pelo mercado. ‘Com isso estamos respaldados para mostrar para o cliente, por exemplo, que o meu tijolo oferece resistência para a obra dele. Isso porque o laboratório é totalmente imparcial nas análises e sem o Senai não teríamos como fazer isso’, completa.
reprodução - pesquisa google
 Para Thiago, a indústria da cerâmica no Pará também está vivendo um bom momento no setor da construção civil. Mesmo com esse cenário positivo, ele acredita que outras iniciativas poderiam alavancar ainda mais o setor. ‘No meu ponto de vista, o mercado de cerâmica no Pará sempre foi muito aquecido, mas falta uma maior visão industrial porque nós oferecemos excelentes produtos por aqui. As coisas precisam ganhar mais força nesse sentido. Precisamos destacar a qualidade dos nossos produtos por meio de um marketing educativo, por exemplo’, opina.

Com o objetivo de cumprir todas as condicionantes das práticas sustentáveis, visando reduzir os impactos ambientais e sociais da produção de cerâmica, as empresas paraenses foram orientadas a adotar a ‘Cartilha Ambiental – Cerâmica Vermelha’, lançada durante o Encontro Nacional em Belém. Mesmo antes das recomendações, a maioria das indústrias instaladas no Pará já adotava a ideia. ‘A prática sustentável na indústria é uma questão importante. Na empresa que administro, por exemplo, isso já faz parte da concepção da fábrica. Temos as licenças da Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) e do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) para retirar a argila de um terreno que fica a uma distância de 10 quilômetros da nossa fábrica. Além disso, em nossa linha de produção, nós reprocessamos toda a matéria-prima para evitar o disperdício. São práticas sustentáveis de muitas empresas’, explica Thiago.

Assinando 13 projetos de imóveis em Paragominas, nordeste paraense, o arquiteto paraense Lucas Camisão explicou ao ORM News que sempre utiliza tijolos e telhas feitos de cerâmica vermelha em suas criações. Segundo ele, além da boa qualidade do material, os produtos são mais econômicos para os clientes e trazem benefícios para as edificações.
orm
A utilização das telhas e tijolos desse tipo ajudam na acústica da residência e, principalmente, esses materiais têm uma função térmica no ambiente, entre outras vantagens. Porque a telha e o tijolo absorvem o calor e não deixam o ambiente ficar quente. Sempre ponho esse tipo de material em meus projetos porque também confere um charme único’, explica ele, ressaltando que 90% das casas do município de Paragominas utilizam as peças devido ao clima quente da região. ‘Sem esquecer que o material também facilita a execução das instalações hidro-sanitárias e elétricas no projeto, no caso de blocos especiais (aqueles que apresentam espaços pré-definidos para as instalações)’, finaliza.

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