INFORMATIVO

TECNOMELODY

Inspiradora de casais apaixonados e também de festas animadíssimas, a música tem sido ultimamente pivô de brigas entre Estados. O melody, estilo paraense, tem lotado casas de shows pelo Brasil, programas de rádio e TV. Mas, no Pará, o estilo existe há mais de 20 anos e conta com uma grande quantidade de bandas e artistas que respiram música desde muito cedo. Entre elas as bandas TecnoShow, R-15, Bruno & Trio, Ravelly, Jurandy & Banda, Fruto Sensual, Eletro Batidão, Xeiro Verde e Viviane Batidão e mais incontáveis circulando pelos camelódromos do Ver-o-Peso, tocando em rádios diversas, comunitárias ou não. Além das aparelhagens Rubi, Tupinambá, Super Pop e Mega Príncipe. Cada um com sua gama de fãs e seguidores sempre presentes onde quer que estejam.

Juntas elas participam de shows de TecnoMelody pelo Brasil. Esses shows deram origem a um DVD do gênero do Pará com lançamento nacional pela Som Livre, com bandas e aparelhagens, o que só vem a reforçar que o ritmo é paraense, embora alguns músicos baianos reivindicaram a autoria. Tamanho é o sucesso no Pará, que mais de 50 bandas surgiram na Bahia, Pernambuco e em São Paulo para tentar fazer igual, do mesmo jeitinho paraense.
artistas paraenses - imagens da internet
 É justamente por isso que a reconhecida gravadora nacional Som Livre há quase um ano voltou atenções para este verdadeiro mercado consumidor original do Pará e agora resolve lançar o ritmo nacionalmente. Com todo o movimento tecnomelody no Brasil que está tomando conta da cabeça dos brasileiros, como novidade de ritmo, dança, tecnologia dos equipamentos sonoros, iluminação e o talento nato dos paraenses, enraizado na diferenciação musical (carimbó, siriá, brega, o calypso e ao mais recente tecnomelody). Conheça as bandas e artistas paraenses que fazem parte do movimento tecnomelody Brasil.


Pioneiros do ritmo
Gaby Amarantos - Vocalista da banda TecnoShow, uma das pioneiras do Movimento Tecnomelody do Pará, considera este movimento de artistas, de classe musical, de muita luta, pois ela já está neste cenário há dez anos, quando ninguém queria fazer melody por aqui e hoje em dia acompanha uma disputa sem precedentes do estilo por uma banda recentemente surgida em Salvador que deram as caras declarando-se donos do melody, falando que o ritmo é da Bahia.
artistas paraenses - imagens da internet
O que todo paraense sabe que não condiz com a realidade. 'Eu falo a verdade, não tenho medo de ameaças, eu acredito muito que isso é só para intimidar porque eles sabem que a hora em que nos manifestássemos iríamos atrair os olhos da imprensa. Semana passada fui entrevistada pela MTV nacional, por rádios da Bahia, mesmo, eles ligam pedindo para contar a história, então alguns já têm consciência de que o ritmo é nosso. Temos viajado muito, até a imprensa internacional tem me procurado para falar sobre o assunto. Porque quando se fala nesse tema, o tecnomelody, falam na Gaby, da TecnoShow. Nos tornamos referência. Estou sendo a brigona da história, lutando com unhas e dentes para defender o que é nosso. Acho muito importante atribuir a vitória dessa luta ao povo paraense porque o povo se manifestou, o povo foi para Internet, o povo ligou para produção. Quero, inclusive, convocar este mesmo povo para mostrar para o Brasil a verdadeira vibração desse ritmo, que é o novo sucesso do país'.


Eletro Batidão - A banda Eletro Batidão é composta por Denise Lima, 21, após a saída da banda Halley, uniu forças com Elton Leal, DJ Wesley e Abdo para produzirem o CD de lançamento, gravaram ainda o DVD Cangalha (casa de shows de Belém), com a participação da Viviane Batidão e banda Açaí Pimenta, num show bastante agitado, que mostrou que esta banda realmente veio para sacudir a bandeira do movimento TecnoMelody no Brasil.

Com agenda certa de eventos para todo o ano de 2013 em Recife, cidade onde moram e fazem shows toda semana em lugares como o Clube Boa Viagem e o Porto de Galinhas, voltaram para Belém unicamente para a gravação do DVD da Som Livre, na Cidade Folia.

"As pessoas falam que nós somos novos no movimento, mas já passamos por várias bandas como Os Brothers, Os Canibais, Carimbolada; fiz participação com o Edilson Moreno, além da banda Desejo Proibido que, inclusive, o vocalista que era da banda Desejo Proibido, agora é da Eletro Batidão', disse Denise.

Como o nosso ritmo eletromelody é algo que inspira modernidade, o nome da banda Eletro Batidão deu-se justamente por isso: batidas eletrônicas com influência do estilo calypso, batidas do funk, bumbo, reggaeton - estilo musical que varia do reggae jamaicano com hip hop de Miami, Los Angeles e Nova York.

Para as festas de fim de ano eles já estão preparando os shows em Recife para dividirem o palco com Aviões do Forró e Vitor e Léo, por exemplo.

Quero Mais - Tudo começou há dez anos quando Dudu Marques e Markinhos, junto com dois primos, tocavam em um pequeno bar da cidade em troca de um prato de sopa. Mas não demorou muito para que a banda, que não tinha nome, ganhasse espaço e logo fizesse shows, sucesso e história ao lado de grandes nomes como Gabi Amarantos, DJ Maluquinho, Milton Belo (banda Sayonara), Simone Braga e Keila Lima. Surgiu assim a banda Quero Mais!

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Quem nunca cantou a música 'São amores'? Febre total em muitas festas na capital e interiores, pedidos constantes nas rádios e vibração certa do grande público, assim como em 2002 com a música 'Planeta Tecno'.

O conjunto da obra fez com que esta banda ganhasse cada vez mais o reconhecimento do movimento tecnomelody com presença garantida na gravação do DVD oficial neste sábado, na Cidade Folia.

Markinho Show, vocalista da banda, fala sempre com muita alegria sobre a Quero Mais!: 'Sempre adotei um sistema na banda de liberdade de expressão: amor, simplicidade e humildade são pontos essenciais que constroem parcerias de longos anos, e que fazem da Quero Mais! um sucesso'.

Quero Mais!, também chamada por uns de Escola da Noite, foi uma das primeiras bandas de tecnomelody do Brasil, e tem o mesmo tempo de estrada que a banda Calypso e vem desde os tempos do Toni Brasil (considerado o precursor do tecnomelody e estudioso do ritmo) quando ainda era o tecnobrega que regia o movimento.

Há cinco anos a banda fixou residência na capital paulista, lá eles tentaram de todas as formas alcançar sucesso nacional. Entretanto, sem apoio algum e trabalhando no vermelho, retornaram a Belém para recomeçar. A experiência valeu muito a pena, fizeram grandes amigos, estreitaram contatos com produtores de TV, de shows, mais músicos para interagir e trocar idéias, donos de casas noturnas que deixaram portas abertas para um futuro retorno e possível sucesso nacional.


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