INFORMATIVO

ARTESANATO PARAENSE: CAPIM DOURADO

Nas veredas do Jalapão, região leste do Tocantins, nasce uma das grandes riquezas do Estado. O Capim Dourado é a haste de uma pequena flor branca da família das sempre-vivas, que reluz no seu brilho do...urado os sonhos e esperanças de um povo há muitas gerações.

Neste universo à parte, feito de areias, montanhas e nascentes, são colhidos os molhos de capim para fazer as peças artesanais que têm mudado a vida de muitas famílias tocantinenses.

A espécie de capim em tom de ouro não existe em nenhuma outra parte do mundo. A técnica de transformar um emaranhado de fios em assessórios e peças ornamentais foi resgatada pelas mãos de artesãos descendentes de escravos, que aprenderam com os índios a forma de tecer o capim e dar-lhe formas especiais.

O grande sucesso entre os turistas fez com que o artesanato de capim dourado fosse bastante requisitado e desejado para consumo. O capim dourado só pode ser colhido entre 20 de setembro e 20 de novembro para que não entre em extinção. A colheita é regulamentada por lei que proíbe a saída do material "in natura" da região, somente em peças já produzidas pela comunidade local, visando assim a sustentabilidade ambiental, social e econômica do local.
Cerâmica paraense inspira trabalho de moda de universitários
Objeto de decoração que conta a história de civilizações anteriores, a cerâmica paraense, elemento tradicional da cultura de nosso estado, inspirou um trabalho acadêmico de graduandos do curso de Design de Produtos do Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (Iesam).
orm - polo joalheiro
As cerâmicas marajoara e tapajônica, estilos mais conhecidos, serviram de base para a coleção de moda criada pelos alunos e foram utilizadas como objeto de estudo da pesquisa.

A cerâmica marajoara utiliza-se de incisões e hachurado, técnica que cria efeitos de tons e sombras com linhas paralelas e próximas para contar a história dos povos que viviam às margens do rio Arari. Já a tapajônica é tridimensional e geralmente retrata a figura do homem e de animais.

Essas características da cerâmica paraense foram mostradas no trabalho dos alunos alunos Diego Lobato, Barbara Leão, Rebeca Pascoal e Thaís Bezerra. Com o tema “Pajureba – Traços e Formas”, os universitários desenvolveram uma coleção de alta costura com estampas que remetem aos traços marajoaras e tapajônicos.
Na sessão de fotos para o trabalho, os alunos utilizaram as instalações do Espaço São José Liberto para compor o cenário fotográfico: o Jardim da Liberdade e a Casa do Artesão. Uma das alunas da equipe, Barbara Leão, conta o porquê da escolha: “Chegamos a cogitar o Ver-o-Peso, mas no final escolhemos o São José Liberto, por ser mais seguro e pelo fato do espaço também apresentar peças de cerâmica, e queríamos relacionar com isso”.

Mesclando o regional com o sofisticado, o projeto interdisciplinar tem como objetivo explorar a história dos povos indígenas que criaram as cerâmicas para causar reflexão sobre a cultura paraense.

Trazendo o grafismo dos vasos, as quatro peças confeccionadas buscam retratar as formas femininas, além de valorizar o trabalho artesanal.

O artigo foi apresentado na última terça-feira, 19, na sede do Iesam.
Fontes: Ascom/Igama - A Comunicação do Silêncio, Museu Paraense Emílio Goeldi - Lilian Bayma de Amorim

Postar um comentário

 
Copyright © Portal Paramazonia .
Share on Blogger Template Free Download. Powered byBlogger