INFORMATIVO

A FABRICA PALMEIRA - BELEM/Pa

A década de 1930 simbolizou o ápice da industrialização na capital paraense. Centenas de trabalhadores foram empregados em fábricas de perfumaria, tecelagem e alimentos. Já em 1940, os principais produtos produzidos pelas indústrias no Pará eram: biscoitos, cordas, perfumes, frutas, pneus, sabão, entre outros e, a partir disso, mais empresas surgiram no final do século XIX e início do século XX. Entre essas companhias, vamos falar sobre a história da Fábrica Palmeira e como a empresa que sobreviveu a incêndios se tornou essencial para a história econômica de Belém.

A Fábrica Palmeira caracterizou a marca do desenvolvimento industrial de Belém. Foi fundada em 1892, era localizada na Av. Paes de Carvalho, próximo ao Largo de Santana, ao lado da igreja, que depois passou a se chamar Rua Manoel Barata, nos números de 6 a 12 e estava sob a direção da empresa Jorge Corrêa & Companhia, de origem portuguesa, que se instalou na cidade no início do século XX, e também era proprietária do local. 
Naquela época, os portugueses tinham grandes negócios na capital paraense. Eram imigrantes que saíam do seu país de origem com o objetivo de investir na Amazônia. A fábrica tinha cerca de 15.000 m² e era responsável pela produção de gêneros alimentícios, dando prioridade a produção de chocolates, biscoitos, doces finos, bombons, caramelo, torração e moagem de café, massas alimentícias, cereais e vários tipos de pães. O prédio tinha dois andares, sem contar uma espécie de sótão, chamado de "água furtada". 
Em 1924, um incêndio destruiu a fábrica inteira, mas foi reconstruída quatro anos depois, recebendo melhorias refinadas e elegantes, com veículos bem mais modernos. A produção da empresa era diferenciada, pois o grau de modernidade era enorme para a época. 46 tipos de chocolate eram produzidos diariamente, além dos 67 tipos de biscoitos, 128 de caramelos e 70 de massas alimentícias, além da grande variedade de doces finos. 
Imagem Uol
Por ser uma empresa moderna e de renome internacional, em 1941, a fábrica já possuía centenas de empregados -cerca de 250- entre eles estavam 121 homens, dos quais 40 eram portugueses, 1 italiano e 5 espanhóis, além das 129 mulheres. A divisão das seções era feita pela organização da fábrica em: bolachas, biscoitos, torrefação de café, chocolataria, confeitaria e padaria. No começo da década de 70, a fábrica fechou suas portas, não suportando os problemas financeiros e a concorrência com os produtos de outros estados. De acordo com o jornal A Província do Pará em 5 de novembro de 1976, o prédio começou a ser demolido. Após anos de abandono, o local foi desapropriado e transformado em uma área onde deveria ser um grande estacionamento, mas que acabou virando um espaço abandonado. O lugar sofreu intervenção urbanística e hoje ocupa um pequeno camelódromo.

Fontes bibliográficas: http://www.abphe.org.br/uploads/ABPHE%202017/17%20Ind%C3%BAstria%20paraense%20uma%20an%C3%A1lise%20da%20trajet%C3%B3ria%20da%20F%C3%A1brica%20Perseveran%C3%A7a,%20Perfumaria%20Phebo%20e%20F%C3%A1brica%20Palmeira.pdf http://professoraedilzafontes.blogspot.com.br/2009/12/fabrica-palmeira.html https://blogdogersonnogueira.com/2012/09/01/o-passado-e-uma-parada-35/

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