INFORMATIVO

AZULEJOS: A HISTÓRIA DE BELÉM NA PAREDE

O centro histórico arquitetônico de Belém é repleto de casas, casarões, igrejas e palacetes. Boa parte dessas construções ainda conservam os azulejos trazidos pelos colonizadores europeus e assim conseguem manter viva a lembrança de uma época em que as grandes construções eram repletas de detalhes. Símbolos de riqueza, os azulejos, que um dia representaram o status de diversas famílias, agora são resgatados e registrados na obra “Azulejaria em Belém do Pará - Inventário - Arquitetura civil e religiosa - Século XVII ao XX”, que será lançado hoje, às 18h30, no anexo da superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O evento contará com a participação da presidente do Iphan, Kátia Bogéa, e com as autoras Stella Brito, Thais Sanjad e Dora Alcântara, que ministrará uma palestra sobre a obra a partir das 16 horas.

Inspirado no inventário da azulejaria de Belém, o livro, publicado em comemoração aos 400 anos da capital, permite uma visão sobre a evolução dessas peças e revela os dados levantados por três gerações de servidores e profissionais do patrimônio cultural. No total a obra apresenta cerca de 270 azulejos diferentes. Em cada página o leitor poderá conferir, além da imagem, uma série de dados e informações sobre as peças.
Segundo a autora Stella Regina, a capital paraense se tornou protagonista da obra pela grande quantidade de azulejos que abriga. “Belém é uma das cidades do Brasil e do mundo com maior riqueza de azulejaria, desde o século XVII até a presente data. Este fato fez por merecer a atenção de estudos e pesquisas”, revela ela.
Para a obra foram analisadas diversas fachadas de mais de dez bairros de Belém. Stella explica que uma grande quantidade de imóveis foi visitada durante o processo de produção, porém apenas uma pequena quantidade de edificações azulejadas foram selecionadas para constarem no livro.
Entre as eleitas o destaque vai para os azulejos presentes na arquitetura religiosa, que estão entre as peças favoritas da autora. “Elas foram fundamentais por serem únicas no norte do Brasil e pela qualidade dos azulejos existentes”, conta Stella. Ela também destaca que o painel hagiográfico do colégio Santo Antônio e o painel de sua capela-mor são marcantes por serem os únicos desse período existentes em toda região Norte.
Além desses, Stella explica que alguns outros azulejos se perderam mas, ainda assim continuaram registrados para evitar que se apaguem na história. “O livro garante que todos possam ter acesso a esse grande numero de azulejos existentes nas fachadas e garante que eles tenham acesso a informações não descritas em nenhum livro ainda publicado”, explica.
Serviço:
Lançamento do livro “Azulejaria em Belém do Pará...”
Data: Hoje, às 18h30
Local: Superintendência  do Iphan, Av. José Malcher,  nº 563, Nazaré.

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