Analisando os mitos e
lendas destes povos temos alguns temas que são recorrentes. Estes que citamos
aqui, são referentes aos descritos em obras sobre as tribos que habitam a
região do Parque do Xingu (nordeste do Mato Grosso, sul da Amazônia
brasileira).Podemos citar, por exemplo:-a existência de uma entidade criadora
(geralmente com forma humana e sexo masculino) - uma espécie de vida após a
morte-seres com poderes sobrenaturais - os animais, na verdade, tem uma
organização social semelhante a dos índios, com chefe tribal, língua própria,
etc... - o Sol e a Lua já viveram entre os índios, na forma humana, mas com
poderes sobrenaturais e eram filhos diretos da entidade criadora (ou Deus)-todos
os seres humanos, mesmo os não índios, foram criados pela mesma divindade-todos
os aspectos da vida humana, sejam seus conhecimentos ou suas regras gerais e
morais foram criados ou passados aos seres humanos pela entidade criadora ou
outras entidades sobrenaturais. Em alguns casos menos comuns, eram seres
humanos com profundos conhecimentos, verdadeiros sábios, mas esta condição,
percebe-se, os colocava em espécie de posição próxima à da entidade criadora.
RITOS SAGRADOS
Como dissemos, existe uma
imensa dificuldade em construir uma síntese a respeito das manifestações
religiosas dos índios brasileiros, devido a sua imensa pluralidade social e
diversidade cultural. Podemos citar que existem inúmeros momentos onde ocorre
uma certa ritualização de procedimentos. E, os momentos, em que os ritos têm
caráter puramente religioso, subjetivo ou transcendental. No entanto, existem
tantas semelhanças quanto diferenças entre todas as inúmeras manifestações de
tão variados povos. Para exemplificar, existem os momentos em que os homens
seguindo uma rotina pré-estabelecida irão coletar matéria-prima para confecção
de armas, na iminência de um conflito com uma tribo rival. Sob tal
circunstância, diferente da simples confecção de artefatos para caça
convencional, os homens tenderão a seguir uma práxis, com cantos, procedimentos
e concentração específica. Podemos dizer então, que houve uma ritualização.
E, existem os outros tipos de rituais que ocorrem em momentos bem demarcados da vida social e, em relação aos fenômenos da natureza, como os casamentos, os funerais, os cultos aos deuses zoomórficos e antropomórficos, guerras e para a manutenção da saúde, cura de moléstias onde são invocados deuses representados pelos mais diversos elementos constituintes da natureza (objetos astronômicos, animais, elementos como ar, água, fogo e terra, etc...).Um exemplo que merece ser destacado é a cerimônia conhecida como Kuarup (ou Quarup). Este ritual é realizado por uma das tribos de origem Tupi que habitam o Parque do Xingu.
E, existem os outros tipos de rituais que ocorrem em momentos bem demarcados da vida social e, em relação aos fenômenos da natureza, como os casamentos, os funerais, os cultos aos deuses zoomórficos e antropomórficos, guerras e para a manutenção da saúde, cura de moléstias onde são invocados deuses representados pelos mais diversos elementos constituintes da natureza (objetos astronômicos, animais, elementos como ar, água, fogo e terra, etc...).Um exemplo que merece ser destacado é a cerimônia conhecida como Kuarup (ou Quarup). Este ritual é realizado por uma das tribos de origem Tupi que habitam o Parque do Xingu.
Em
resumo, conforme descrito por Andrade e Silva (1999, p. 46) e por Villas Boas e
Villas Boas (1970, p. 57), conta a lenda, que este ritual foi instituído pelo
deus Mavutsinim com o objetivo de reviver os mortos. Eram usados troncos de
madeira representado os mortos que iriam se transformando em seres humanos ao
longo do ritual. Entretanto, por uma falha na observância de uma das
orientações de Mavutsinim, a magia foi quebrada no ritual e os troncos não
puderam ser transformados em pessoas.
A falha, no caso, foi de um índio que havia tido relações sexuais e resolveu espiar a cerimônia, apesar da proibição de Mavutsinim em contrário. Mavutsinim então, muito contrariado ordenou que daquele momento em diante, os mortos não voltariam mais à vida no Kuarup e que haveria somente a comemoração. Este ritual merece destaque tanto pela peculiaridade, quanto pela importância para as tribos que o realizam, mas também por ser mais um reflexo de uma das crenças mais arraigadas em provavelmente todas as tribos, a de que a morte, não é necessariamente o fim da vida. Também é interessante notar, como diversas outras tribos da mesma região, se não participam, no mínimo, comungam da mesma compreensão em torno do ritual.
Fontes: Brasilescola.uol.com.br / http://www.universitario.com.br/ http://www.suapesquisa.com/ http://www.terrabrasileira.com.br/ pt.wikipedia.org / http://www.museudoindio.org.br/ pt.scribd.com / pib.socioambiental.org/pt/c - http://www.sohistoria.com.br/
A falha, no caso, foi de um índio que havia tido relações sexuais e resolveu espiar a cerimônia, apesar da proibição de Mavutsinim em contrário. Mavutsinim então, muito contrariado ordenou que daquele momento em diante, os mortos não voltariam mais à vida no Kuarup e que haveria somente a comemoração. Este ritual merece destaque tanto pela peculiaridade, quanto pela importância para as tribos que o realizam, mas também por ser mais um reflexo de uma das crenças mais arraigadas em provavelmente todas as tribos, a de que a morte, não é necessariamente o fim da vida. Também é interessante notar, como diversas outras tribos da mesma região, se não participam, no mínimo, comungam da mesma compreensão em torno do ritual.
Fontes: Brasilescola.uol.com.br / http://www.universitario.com.br/ http://www.suapesquisa.com/ http://www.terrabrasileira.com.br/ pt.wikipedia.org / http://www.museudoindio.org.br/ pt.scribd.com / pib.socioambiental.org/pt/c - http://www.sohistoria.com.br/
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