A cumbia, estilo musical que transcendeu todas as fronteiras e que deu tantas satisfações à nação colombiana dentro e fora de seu território, é madre de muitos ritmos que hoje em dia se conhece, e dos que se podia pensar nada tem a ver com ela: porros, chalupas, bullerengues, chandés, paseos, sones, puyas entre dezenas mais.
As bandas de Belém costumam gravar o ritmo da cumbia com elementos e letras regionais. Bandas como Sayonara, Banda Calypso, Xeiro Verde e cantores solos tocam em seus shows esse ritmo que é muito dançante e escutados das rádios do Pará todo.
A cumbia é uma dança e ritmo com conteúdos de três vertentes culturais distintas, a saber: negra, branca (espanhola), e indígena, sendo fruto da larga e intensa miscigenação dada entre estas culturas durante a conquista e colonização das terras americanas. A presença destes elementos culturais se pode apreciar assim:
Presença de movimentos sensuais, marcadamente galantes, sedutores, característicos dos ritmos de origem africana. A vestiduras têm claros rasgos espanhóis, muito parecidas às do atual flamenco: Largas polleras, encajes, lantejolas, candongas, entre outros. E os mesmos tocados de flores e a maquiagem intensa nas mulheres. As vestimentas dos homens, por outro lado, são muito parecidas às usadas no círculo das festas de San Fermín em Pamplona: camisa e calça brancas, um pañolón vermelho anudado ao joelho e sombreiro.
Na instrumentação estão os tambores de claro origem africano, as maracas, o guache e os pitos (milho e gaitas) de origem indígena, mientras que os cantos e canções são aporte da poesia espanhola, adaptadas logo.
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