Ponha no mesmo tacho um sem número de tradições culinárias, das mais variadas partes do planeta. Primeiro, a local, a nativa: a culinária indígena. Ela deve predominar na receita como um todo, mas nem por isso deve ofuscar os outros tantos sabores. Depois, em partes eqüitativas, derrame muito de culinária africana e da européia. Misture bem. Acrescente então generosas pitadas de cozinhas tão influentes quanto as anteriores: a japonesa e a árabe. Elas servirão para infundir na receita um sabor um tanto exótico. E não se esqueça de um detalhe importantíssimo: um bom tempero nordestino, que é para "esquentar" um pouco o prato. Leve ao fogo e... Pronto! Está formada a culinária Amazonense.
Simples? Nada disso. Levou anos, séculos, talvez milhares de anos para se criar, se consolidar e, enfim, ganhar o mundo. Hoje, a culinária amazonense - leia-se aquela praticada em todos os estados da chamada Amazônia Legal - responde por um dos principais carros-chefe da culinária brasileira e leva nosso nome às mesas mais distantes do mundo. Os turistas não visitam aquele paraíso ecológico apenas para conhecer suas florestas e ver seus bichos. Não. Eles vêm muito para sentir e digerir o sabor inconfundível de seus pratos. E depois, voltam "n" vezes, sempre com gostinho de quero mais.
A base dessa culinária mágica é o peixe. Não é para menos: eles podem ser encontrados em abundância naquela que é a maior bacia fluvial do planeta. Nomes como Pirarucu, Tucunaré, Tambaqui, Surubim são velhos conhecidos nas mesas amazônicas. Mas nelas podemos encontrar também outras tantas iguarias, marcas registradas. A mandioca, por exemplo. Com esse tubérculo altamente versátil - conhecido em outros locais como aipim, macaxeira ou uaipi - se preparam inúmeras e maravilhosas receitas. E não podemos nos esquecer das frutas... E que frutas! Açaí, piqui e guaraná, pupunha, murici e cupuaçu e milhares de outras com as quais elaboram doces, tortas, sorvetes geléias, bombons, ou que simplesmente podem ser degustadas ao natural.
Postar um comentário