Curiosidades e belezas das Igrejas atraem turistas no município de Vigia !!!
"A Igreja de Pedra e da Madre de Deus, possuem em comum o fato de que serviram de esconderijo para revoltosos Cabanos. Contam que um túnel, feito na época, ligaria os dois templos religiosos e ajudaria na hora da fuga. Os mais afoitos falam que na Igreja da Madre de Deus, pessoas teriam sido até empaladas em suas paredes, na época de sua construção".
O município de Vigia, distante 93 km da capital, Belém, foi criado em 6 de janeiro de 1616.Os primitivos habitantes da região foram os índios Tupinambá, que Viviam na aldeia Uruitá. Neste local, os portugueses construíram um posto para fiscalizar as embarcações que abasteciam Belém. Esta é a origem do nome do local. Rica historicamente, por conta de nesta parte da região do salgado paraense ter sido feito a primeira Romaria do Círio, guarda curiosidades religiosas, o que aumenta o fluxo de turistas na região. A começar da Igreja das Pedras, uma construção dos jesuítas, datada do século XVIII (1739)
, a Capela do Senhor dos Passos, sua denominação “oficial”, foi construída, em frente ao rio Guajará-mirim, com mão de obra dos indígenas, toda em pedras sobrepostas e sem reboco.
Também conhecida, hoje, como Igreja do Bom Jesus, onde guardavam a imagem do Bom Jesus, venerada por Frades Carmelitas que se instalaram no município de Vigia em 1734. O que pouca gente sabe é que esse belo e curioso templo religioso, hoje conhecido com uma das sete maravilhas do estado do Pará, por ordem de um intendente local, (prefeito), na década de 30, teve o que restava das paredes laterais derrubadas, para que suas pedras fossem usadas na construção do cais de arrimo da cidade.
A Igreja revela estrutura de pedras lavradas, peças de mármore e imagens antigas. O templo aparece em cartões postais e miniaturas que são vendidas como lembrança. Sendo escolhida (em voto popular) umas das 7 Maravilhas do Estado do Pará.
Também a Igreja da Madre de Deus, teve parte de sua construção demolida e suas pedras aproveitadas para construção pública. Foi por volta de 1930, que o Padre Alcides Paranhos e o prefeito da cidade, tiveram a “grata ideia” em demolir parte do prédio, usando as pedras retiradas para a construção da primeira usina de luz de Vigia. Então aconteceu o inesperado; com a demolição do templo, foram encontrados esqueletos humanos entre as pedras, o que comprovou uma antiga lenda local de que algumas pessoas “condenadas” pelas Ordenações do rei de Portugal foram empaladas nas paredes da Igreja. Incrível!
O templo construído em estilo barroco, com elevados campanários, com varandas sustentadas por colunas, salões, sacristia adornada de painéis com rico altar e retábulos dourados, perpetuaria a memória da Companhia de Jesus na Vigia de Nazaré.
A Igreja da Mãe de Deus, na Vigia, é a única no norte do Brasil, munida de 22 colunas laterais de origem toscana. O templo apresenta alvenaria de pedra, estrutura do telhado em madeira de lei, cobertura com telha de barro, frontispício formado por um corpo central e duas torres com campanários compostos por três janelões sineiros de arco de meio ponto, encimadas por cornijas em que se destacam elementos decorativos. Em sua parte interna, há peças em ouro e prata, crucifixos e imagens originais de Rocca. O forro da sacristia é todo ornado com belíssimas pinturas. O corpo central é marcado pelo frontão que é composto de volutas simétricas. É considerada Patrimônio da Cultura Nacional, em 14 de dezembro de 1954, inscrita no Livro de Belas Artes, folha 80, número 424.
Texto, da redação/ Fotos; Marcos Puff/ Divulgação internet
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