CINE OLÍMPIA - Mais antigo em funcionamento no Brasil.

No início do século XX, Belém ainda vivia a Belle Époque e usufruía os últimos anos da fase áurea da borracha, e em 1912 com o declínio das exportações deste bem, a cidade perdia aos poucos o luxo e a riqueza característicos da época. O grande circuito cultural da época era o Largo da Pólvora, onde se localizavam construções como o Theatro da Paz e o Grande Hotel, que eram freqüentados pela high society belenense. 
Com a propagação do cinema e a difusão de filmes pelo mundo, considerada por muitos, no início do século, como uma das grandes invenções do futuro (o que se prova atualmente), surge o Cinema Olímpia.

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O Olímpia, na ocasião escrito com "Y" (resgatado atualmente), foi fundado no dia 24 de abril de 1912 pelos empresários Carlos Teixeira e Antonio Martins, donos do Grande Hotel (onde hoje está o Hilton Hotel no centro de Belém, no Bairro Comércio) e do Palace Theatre (na mesma quadra). Eles queriam fazer do cinema um ponto “chique” para atrair os freqüentadores do Theatro da Paz e, obviamente, os hóspedes de seu hotel. Uma das atrações foi a colocação da tela logo na entrada, com os espectadores passando pelas laterais. Desta forma, as mocinhas burguesas (e por que não os mocinhos?) poderiam desfilar os seus mais belos trajes para quem pudesse deslumbrá-los.

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No correr dos anos pouco se fez pelo prédio e suas instalações. Durante o tempo em que gerenciou a empresa Ribeiro, o Sr. Adalberto Augusto Affonso foi incansável pedindo recursos para mantê-lo digno de uma tradição. O cinema atravessava uma fase sem brilho, embora ainda atraísse os fãs. Depois da medida extrema de Ribeiro Neto, o prefeito Duciomar Costa, FAZENDO NADA A MAIS DO QUE SUA OBRIGAÇÃO, resolveu atender aos apelos da sociedade que compareceu em massa à sessão de despedida, assinando um contrato com o proprietário da casa para mantê-la, por três anos, como espaço cultural.