O Mercado de São Brás é uma construção histórica localizada na cidade de Belém, no estado brasileiro do Pará. Situado distante do centro histórico da cidade, foi erguido durante época áurea do ciclo da borracha amazônica – Belle Époque , a sua construção foi iniciada no dia 1º de Maio de 1910 e foi concluído em 21 de Maio de 1911.
O Mercado foi construído em função da grande movimentação comercial gerada pela ferrovia Belém/Bragança. Como o ponto final do trem era em São Brás, com muitas pessoas embarcando e desembarcando ali, a área se tornou atrativa para a comercialização de produtos. O mercado foi projetado também para ampliar o abastecimento da cidade, que até então ficava concentrado apenas no mercado do Ver-o-Peso. Criado pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, o mercado possui sua estrutura construída em ferro e mescla elementos do art nouveau e neoclássico, com detalhes escultóricos também em ferro e azulejos decorativos.
Antônio Lemos, intendente de Belém na época, cedera a Santoro o terreno para a construção do mercado. Foram importados da Itália materiais e operários para a execução da obra. A obra foi executada pelo engenheiro italiano Filinto Santoro, também responsável por outras grandes construções em Belém, como o Palacete Augusto Montenegro e o Colégio Gentil Bittencourt
Em 1988, na administração do prefeito Fernando Coutinho Jorge, o mercado passa por uma grande reforma, com mudanças significativas nos seus aspectos espaciais e de uso. Após essa intervenção, o prédio atual passa a contar com espaços destinados a teatro, comercialização e oficinas de administração municipal. O uso antes existente como venda de carne, fruta, legumes e produtos de mercearia foram transferidos para este espaço. Devido à acústica e a grande movimentação de veículos, o teatro foi desativado e o mercado fechado temporariamente. O mercado de peixe, ladeado pelos quiosques de mesmo estilo, formam o complexo cultural do Mercado de São Brás.
Com o aumento do trabalho informal nas ruas próximas ao mercado, fez com que o prefeito da época Edmilson Rodrigues na sua segunda administração, remanejasse os trabalhadores para dentro do mercado, incluindo os moveleiros, que antes comercializavam seus produtos nas calçadas das ruas.
Tombado pelo patrimônio histórico municipal e estadual em 1982, a estrutura arquitetônica não é adequada para preservar uma construção histórica de tamanha importância. Depois de pelo menos três grandes reformas, o mercado teve a planta redesenhada e sua estrutura interna foi despida de muitas das suas características originais.
“Ele foi pensado para ser um mercado moderno, no início do século XX, e poderia ser, como em outras cidades, um mercado cuidado e até sofisticado”.
Atualmente prédio sofre com a má conservação por parte do poder público, há sinais evidentes de deterioração do espaço, também é visível problemas como goteiras, infiltrações na parede e acúmulo de lixo em algumas partes do mercado. O mau estado de conservação da praça também afeta diretamente o mercado, pois a praça é usada como abrigo por moradores de rua. O prédio ainda é importante para o abastecimento da capital. Constituído por setores que incluem: feira, mercado de peixe ,carne e praça de alimentação.São cerca de 500 trabalhadores que atuam no mercado. Além de frutas, verduras, carne, peixe e camarão, o Mercado é conhecido pela comercialização de artesanato, ervas, artigos de umbanda, vestuário, sebos e o mais forte atualmente que é a mercearia. O mercado encontra-se em lugar estratégico, pois ocupa o ponto de confluência de importantes vias de Belém: avenidas Almirante Barroso, José Bonifácio e Magalhães Barata
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