INFORMATIVO

PALACETE PINHO

Mais do que um belo prédio, ele é um registro da época mais abastada da história da nossa cidade. O Palacete Pinho, na Cidade Velha, bairro onde possui vários outros prédios históricos foi construído em 1897, auge da Belle Époque. Este período de bonança alavancado pela economia do látex na Amazônia é representado na arquitetura do casarão.

Ao contrário da maioria das casas do bairro, que seguiam o desenho colonial português de fachadas rentes à rua, o palacete vem da influência dos palácios e vilas italianas do século 16. Ele inova ao adotar áreas abertas e jardins. Os azulejos seguem a linha eclética e as escadarias empregam calçamento de lioz, pedra importada de Portugal, que também adorna as colunas do Theatro da Paz.

Projetada pelo engenheiro Camilo de Amorim, a casa pertenceu ao flamboyant comendador Antônio José de Pinho, um abastado comerciante de borracha. “O local refletia os exageros da burguesia da época: era formado por um salão de jogos, de música, uma biblioteca e uma capela. A casa era conhecida pela vida social agitada, com saraus de poesia e apresentações de orquestra, concertos de cravo e de piano”, descreve a arquiteta e urbanista Elna Trindade, professora do curso de Arquitetura da Universidade Federal do Pará (UFPA), mestra em patrimônio histórico.
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Imagem que ilustra o postal de hoje da série “Casarões Históricos”, a homenagem do DIÁRIO vem celebrar o atual resgate do prédio após anos de abandono. Na década de 1970, o prédio foi vendido pela família. Foi transformado em depósito de mercadorias por um supermercado, para depois ser tomado por moradores de ruas.

O Palacete Pinho foi tombado em 1986 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Apenas em 2003, a Prefeitura Municipal de Belém iniciou as obras de restauração, concluindo-as sete anos depois. (DOL)

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