Ao contrário da maioria das casas do bairro, que seguiam o desenho colonial português de fachadas rentes à rua, o palacete vem da influência dos palácios e vilas italianas do século 16. Ele inova ao adotar áreas abertas e jardins. Os azulejos seguem a linha eclética e as escadarias empregam calçamento de lioz, pedra importada de Portugal, que também adorna as colunas do Theatro da Paz.
Projetada pelo engenheiro Camilo de Amorim, a casa pertenceu ao flamboyant comendador Antônio José de Pinho, um abastado comerciante de borracha. “O local refletia os exageros da burguesia da época: era formado por um salão de jogos, de música, uma biblioteca e uma capela. A casa era conhecida pela vida social agitada, com saraus de poesia e apresentações de orquestra, concertos de cravo e de piano”, descreve a arquiteta e urbanista Elna Trindade, professora do curso de Arquitetura da Universidade Federal do Pará (UFPA), mestra em patrimônio histórico.
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O Palacete Pinho foi tombado em 1986 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Apenas em 2003, a Prefeitura Municipal de Belém iniciou as obras de restauração, concluindo-as sete anos depois. (DOL)
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