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ARTESANATO PARAENSE: CESTARIA

A cestaria paraense é uma atividade artesanal herdada dos nossos ancestrais indígenas. A técnica usada na sua confecção é passada de geração a geração, através do uso de fibras de árvores nativas da Amazônia. Além de valorizar a nossa cultura, a cestaria ainda fortalece a nossa economia, gerando renda e emprego a artesãos e comerciantes do Pará.
Guarumã, tururi, jupati, miriti, cipó titica e tucumã são nomes indígenas dados a algumas fibras naturais da Amazônia que dão forma à arte da cestaria paraense. Numa magia de trançados de talas e pinturas, num instante os artesãos fazem surgir belas cestas, peneiras, leques, bolsas e outros adereços usados na decoração de ambientes, como utensílios de cozinhas e até mesmo como acessórios da moda. Artesanato muito popular na região, as técnicas da feitura de cestos são passadas de gerações a gerações de artesãos, sobretudo os que vivem ou têm origens no interior do Estado.

A tradição de trançar fibras foi herdada dos índios, nossos primeiros habitantes, e está impregnada em quase todos os municípios do Pará. A produção de maior destaque está situada em Santarém, na região do Médio Amazonas, origem de outra cultura indígena muito peculiar: a cerâmica tapajônica. O local abriga polos de fabricação artesanal de cestaria, além de lojas que exportam os produtos para todo o Brasil e para o mundo. Se você for passear em lojas de artesanato de Copacabana, no Rio de Janeiro, certamente encontrará um objeto dessa arte. Se estiver em Nova York, é capaz que se depare com um produto desse em algum estabelecimento de venda de artigos decorativos.


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O patchuli, fibra perfumada que é um dos símbolos mais marcantes da cultura paraense, é usada para composição de leques e ventarolas.

A delicadeza das peças são altamente atrativas porque ainda ganham ornamentos com bordados feitos à mão, fitas coloridas e arremates de tecido, além da plumagem, outra tradição dos povos indígenas do médio e baixo amazonas. Outras fibras muito usadas na cestaria são a juta, o jupati e o tururi. A primeira, ao contrário do que se possa pensar, tem origem japonesa e não amazônica. Foi introduzida no Pará através dos colonos nipônicos. Completamente adaptada ao nosso clima, esta fibra é retirada dos caules e das hastes das árvores. Daí são cortadas e maceradas em água por vários dias com a finalidade de facilitar a separação das fibras, as quais absorvem facilmente qualquer tipo de tintura. O resultado do artesanato feito com esse material são peças multicoloridas e bonitas aos olhos de quem aprecia artesanato.


Sabe aqueles chapéus usados pelos ribeirinhos da amazônia e as coberturas de garrafas, sobretudo as de água ardente? Pois é. São fabricados com o jupati, uma palmeira baixa e de folhas compridas. Com suas talas mais grossas dá para fazer os tradicionais cestos baianos, usados como depósitos de roupas e outros objetos. Já o tururi é muito usado para confeccionar vestimentas étnicas paraenses como shorts, saias, sutiãs de cuia, além de sacolas e bolsas. A fibra tem utilidade importante na navegação ribeirinha, sendo utilizada para calafetar embarcações e ainda fazer a cobertura de palhoças.

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